sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Subsídio para EBD: Zacarias - Proteção divina sob o reinado messiânico

Zacarias narra a libertação sistemática dos inimigos nacionais vizinhos dada por Deus a Judá e a vinda do Messias para estabelecer o seu reino (9.1―11.17). Ele revela as circunstâncias angustiantes, ainda que revigorantes, que precedem a vitória definitiva do Rei messiânico e o estabelecimento do reino (12―14).

Zacarias conta que todas as nações batalharão contra o povo judeu, e a sua capital Jerusalém será cercada de todos os lados por uma coalizão internacional (cap. 14). No entanto, o Senhor intervirá em favor do seu povo e incapacitará os seus inimigos (12.2-3).

Quando as nações parecerem estar prontas para derrotar completamente Jerusalém (com metade da população da cidade tendo sido levada cativa e deportada, e o restante tendo visto suas possessões pilhadas e suas mulheres, brutalmente violentadas; 14.1,2) e parecer que as nações completarão a sua vitória com uma “solução final”, o Senhor entrará pessoalmente na batalha e engajará as nações em favor do seu povo (14.3). Ele chega a leste da cidade, no monte das Oliveiras, acompanhado por exércitos de anjos sob seu comando.

O Messias é poderosamente revelado como o próprio Deus que se manifestou abertamente. Com a sua aparição, o monte das Oliveiras se dividirá em dois (uma lembrança da divisão do mar Vermelho), criando um vale que servirá como rota de escape (14.5). A vitória conclusiva do Senhor levará à bênção suprema para o seu povo, o estabelecimento do seu reino, e o cumprimento final de todas as promessas do concerto.

Quando a ameaça que representam os inimigos nacionais de Israel for finalmente neutralizada, o Senhor infundirá no povo judeu convicção espiritual e contrição. Ele capacitará o povo a perceber a sua necessidade do perdão divino, e toda a nação de Israel se arrependerá de sua rejeição anterior ao Messias, o representante da liderança amorosa do Senhor.

Zacarias integra a identidade do Senhor com a do Messias. Ele declara que, quando o povo judeu vir o Senhor, repentinamente compreenderá que, quando feriram mortalmente o Messias, tinham ferido fisicamente o próprio Senhor. Depois de perceber isto a sua angústia será enorme (12.10). Após este período de tristeza e arrependimento, o Senhor perdoará o povo judeu pela rejeição da sua liderança e conduzirá a sua purificação espiritual (13.1).

Bibliografia: Texto extraído da obra “Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica”, editada pela CPAD.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Billy Graham - O embaixador de Deus


Esse é o título do documentário que tem como capa a imagem acima. Distribuído aqui no Brasil pela Comev, esse documentário também pode ser visto na internet através do Youtube. Recomendo o vídeo, pois o achei muito inspirador. Mostra um pouco da vida e ministério do famoso evangelista norte-americano. Trás depoimentos de quem conheceu Graham e sua esposa Ruth.  

Hoje aos 94 anos, embora lúcido, enfrenta as debilidades da idade e algumas doenças. Atualmente, seu filho, Franklin Graham cuida da instituição e das cruzadas e seu neto, Will Graham, organiza cruzadas entre os jovens. Porém mesmo com essa idade, o evangelista Billy Graham e a equipe de seu ministério planejam uma ação de evangelismo durante o ano de 2013, e pretendem fazer com que essa edição do “Minha Esperança” seja reconhecida como o maior evento evangelístico já realizado nos Estados Unidos. A ideia do ministério Billy Graham é utilizar a tecnologia de forma a ampliar o alcance do sermão que será pregado por Billy Graham no dia 07/11/2013, dia de seu aniversário de 95 anos. Devido à sua avançada idade, comenta-se que essa poderá ser a última participação de Billy Graham no Minha Esperança

Mais do que um líder espiritual reverenciado e influente, conselheiro de presidentes americanos e de chefes de estado pelo mundo todo, Billy Graham foi, acima de tudo, um pescador de homens. Seu rosto e sua voz são reconhecidos mundialmente. Mas Billy sempre preferiu que as atenções estivessem voltadas ao seu mestre Jesus Cristo. Está produção mostra o que Deus é capaz de realizar através de quem dedicou sua vida a cumprir Sua soberana vontade.

Nascido em uma fazenda leiteira em Charlotte, Carolina do Norte, Billy Graham foi levado pelos pais para a Associação de Igrejas Presbiterianas Reformadas, Frank Graham e Morrow Coffey Graham, que mudou a denominação Batista Sulista em 1934 durante um encontro presbiteriano, conduzido pelo pastor Mordecai Ham. Graham foi ordenado no ministério Batistas Sulista em 1939. Billy Graham casou-se em 1943 com Ruth Bell que depois passou a se chamar Ruth Graham, filha de missionários presbiterianos na China, o pai dela L. Nelson Bell era cirurgião geral e destacado membro na história da antiga Presbyterian Church in the United States. Poucas pessoas tiveram mais influência em Billy Graham do que o Dr. Bell. O casal tem 5 filhos, 19 netos e 28 bisnetos. Em 14 de junho de 2007, faleceu em Montreat, Carolina do Norte, na casa do casal Graham, a Sra. Ruth Bell Graham.

Após graduar em Wheaton, Graham foi co-fundador da Youth for Christ (Mocidade para Cristo) junto com o evangelista Charles Templeton. Ele viajou como evangelista por todo os Estados Unidos e Europa levando os ensinamentos cristãos. Graham planejou uma série de missões em Los Angeles em 1949 e as missões levaram 8 semanas, mais do que o planejado que eram 3 semanas. Ele liderou as missões em Londres que duraram 12 semanas, e uma missão na cidade de Nova York na Madison Square Garden em 1957 que durou 16 semanas. Do começo até o fim do seu ministério, Graham desfrutou de uma reputação privilegiada devido às suas cruzadas serem feitas em lugares onde outros evangelistas consideravam impossível. Durante a Guerra Fria, Graham falava a grandes multidões em países da Europa Oriental e na União Soviética. Durante o Apartheid, Graham foi constantemente recusado à visitar a África do Sul, até que o governo finalmente permitiu que podessem fazer a cruzada. A primeira cruzada de Graham na África do Sul ocorreu a partir de 1973. Ele usou a cruzada para denunciar o Apartheid ocorrido no mundo. Graham foi um dos poucos pregadores que conseguiram falar na Coréia do Norte. Graham se opôs a segregação racial durante os anos 60 e pagava fiança de Martin Luther King, sempre quando era preso nas cadeias do sul dos Estados Unidos durante a era dos direitos civis nos anos 60.

Em suas cruzadas, eventos evangélicos de massa que organiza desde 1948 em estádios, parques e outros locais públicos, Billy Graham já alcançou uma audiência direta de quase 210 milhões de pessoas em 185 países. O foco de seus sermões geralmente é "Jesus Cristo é o único Caminho de Salvação.“

O NATAL E A REVELAÇÃO AOS MARGINAIS DA RELIGIÃO


Os textos chamados natalinos são todos de natureza revolucionária e marginal. José é maior que o machismo, e aceita sua mulher, sem poder explicar para ninguém a gravidez dela (isso se alguém tivesse descoberto), mas apenas aceita o testemunho de um anjo, e, ainda pior: num sonho. José torna-se marginal. Deflagra as chamas da revolução da dignidade.

Os magos do oriente chegam conforme a Ordem de Melquizedeque, pois, sem terem nada a ver com a genealogia de Abraão, seguem uma estrela que anda no interior deles, e, caminhando nessa simplicidade discernem aquilo que os teólogos de Jerusalém só sabiam como “estudo bíblico”. Os que tinham a Escritura (os escribas), não tinham a Revelação. E quem nada sabia da Escritura tinha sabido o necessário acerca do Verbo pela via da Revelação. Uns sabiam o endereço: “Em Belém da Judéia...”, mas não tinham a disposição de sair do lugar... amarrados que estavam à idéia de que conhecer o texto leva alguém a qualquer lugar. Já os que perguntavam (os magos), estavam no caminho... seguiam... e são eles os que chegam onde Jesus estava. Eles dão testemunho do potencial revolucionário do Evangelho para qualquer alma da Terra. Esta é a revolução supra religiosa, conforme a Ordem de Melquizedeque.

A velha Isabel dá a luz um filho. Seu velho marido não pode nem contar a história, pois fica mudo. É a revolução dos estéreis e mudos. O rei dos judeus não tem onde nascer! Esta é a subversão dos poderes! Pastores distraídos são visitados por miríades de anjos—e eles representam os homens de boa vontade. É a marginalidade da Glória!

Nenhum dos sábios de Jerusalém discernem o Príncipe Eterno quando seus pais o levam ao templo para a circuncisão, mas apenas uma profetiza velha e um ancião sem significado religioso. A revelação não sabe os nomes dos sacerdotes!

Ou seja: a começar da Encarnação como Natal (nascimento), o Evangelho é para aqueles que não se esperava que fossem discerni-lo.

A Revelação é quase sempre marginal!
Os grandes atos de Deus não acontecem em Palácios, mas em choupanas e estrebarias. E a voz mais veemente do natal é a voz da virgem, da Maria simples, e que troveja a justiça de Deus sobre as nações. Ela é quem anuncia a grande subversão divina. E faz isto como um Cântico.

Dedico este texto a todos os que hoje se sentem afastados da religião, e que ainda carregam a culpa de assim estarem afastados. Deus não é oficial. A vida não é oficial. O amor não é oficial. A Graça de Deus é sempre subversão e marginalidade. Na oficialidade são feitos os julgamentos. Na marginalidade explode a vida.

Abra seu coração e siga o Guia, conforme os magos. Seja generoso como José. Corajoso como Maria. Fértil como a estéril Isabel. Convicto como o mudo Zacarias. Alegre como aqueles que são acordados nos campos pela voz de anjos. Capaz de antever a salvação como esperança mesmo que você seja velho como Simeão e idoso como Ana.

Nas narrativas do Natal nas Escrituras não são as pessoas que vão a Deus, mas Deus que vai às pessoas. O Natal acontece como afirmação de que em Jesus, Deus se reconciliou com os homens. Assim, não se sinta excluído, pois, eu sei, nestes dias, Deus enviará corais de vozes interiores, e nos ajudará a discernir o caminho interior da estrela, e nos fará contentes com a Graça de Hoje, e que será a esperança de amanhã, para nós e para todos os humanos.

No Natal Jesus é a alegria dos homens!


 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

The Voice Brasil: Ellen Olério vence o programa e os preconceitos


A mais nova voz do Brasil é de uma negra homossexual gordinha. A brasiliense Ellen Oléria, de 29 anos, eleita a vencedora do “The voice Brasil” com 39% dos dez milhões de votos da final, conquistou o coração dos brasileiros com seu vozeirão. E, após ter anunciada a presença de sua namorada Poliana Martins, de 26, nos créditos da TV Globo, a cantora também virou musa da torcida arco-íris nas redes sociais.

— Demoramos muito tempo para evoluirmos em nossa sociedade. Estou fazendo a minha parte, como muita gente que se deu a oportunidade de viver seus amores e seus desejos. Não foi minha intenção levantar qualquer bandeira, eu apenas sou. A casa (TV Globo) fez justiça ao mostrar o nome da minha convidada como sempre escrevi — explicou ela, que namora Poliana há dez meses: — Ela é vegetariana vegana e sempre prepara surpresas para mim.

‘A ficha ainda não caiu!’
Com uma vigorosa interpretação de “Anunciação”, de Alceu Valença, Ellen levantou o público logo na sua primeira apresentação. Na última etapa, enfrentou Liah Soares, Maria Christina e Ju Moraes. E, ao cantar “Taj Mahal”, de Jorge Ben Jor, ela já podia correr pro abraço. Acompanhada pelo Monobloco, seu canto deu início a uma espécie de carnaval.

Mas a vitória de Ellen foi construída ao longo do programa. A escolha por um repertório brasileiro foi fundamental para isso. Atriz, formada pela Universidade de Brasília, ela faturou R$ 500 mil, um contrato com a Universal Music, um Citroën, e ainda vai cantar num dos palcos montados na Praia de Copacabana, no réveillon.

— A ficha ainda não caiu! Mas vai ser lindo cantar para aquele povarel, mandando energia boa. Se eu puder levar minha banda, Pret.utu, cariocas, preparem-se pra dançar! — prometeu ela, que já sabe o que fazer com o prêmio em dinheiro: — Vou gastar!

Fonte:  Extra, via Pavablog.

Meu Comentário: Vou confessar aqui no blog, que sou expectador do "The Voice Brasil", para mim um dos melhores programas que a Rede Globo lançou nos últimos anos. Não deu para mim acompanhar todos os programas, mas gostei dos que pude assistir a partir do primeiro. Melhor do que "Fama" (Globo) e "Idolos" (SBT/Record). Aliás, sobre esses dois citados, os programas de calouros do Raul Gil são melhores do que eles. Eu não sou músico, apenas gosto de ouvir boa música e bons cantores, seja ela classificada como gospel ou secular. Não tenho dificuldade de ver o "Imago Dei" em algumas músicas e interpretações da chamada música secular.

Eu não votei em enquetes da internet e nem telefonei para Globo, no momento das votações. A vencedora do The Voice Brasil, não era a minha escolha, caso tivesse votado. Apesar de ter uma voz potente e afinada, estava torcendo pela Liah Soares, Mira Callado e Marquinho Osócio, nessa ordem. O Marquinho na minha humilde opinião deveria estar entre os quatro finalistas, assim como a Mira, pois ele para mim foi a "voz" masculina do programa. A Ellen seria minha quarta opção. Mas reconheço que desde sua primeira apresentação, a vi como uma das mais fortes candidatas ao título. O estilo musical e a forma de interpretadar da Liah Soares e do Marquinho Osócio me agradam mais do que o estilo da Ellen. Questão de gosto e estilo, nada a haver com a aparência física ou escolhas de vida pessoal e religiosa dela (ao que tudo indica mais na linha de Carlinhos Brown).

Quando saiu o resultado: dez milhões de votos e a escolha da vencedora com 39% do total, disse para minha esposa o seguinte: "Das duas uma - ou a emissora manipulou o resultado, ou a população brasileira está menos preconceituosa, porque se esse programa tivesse sido realizado nas décadas de 60,70,80 ou meados de 90, dificilmente a aparência física e a revelação da escolha de vida sexual não teriam influenciado na votação". No livro "O Pequeno Gigante da Canção", o cantor Nelson Ned (dono de uma bela voz), reclama que sofreu muito preconceito no Brasil, por ser anão, dizendo que a aparência conta muito no cenário artístico.

A primeira opção, a da manipulação do resultado, eu descarto pela repercursão nas mídias sociais, antes e depois do último programa de domingo. Ellen ganhou, e ganhou bem, com quase 40% do total dos votos.   Deu para perceber que a orientação sexual de algumas candidatas não prejudicou-as em nada. Maria Cristina, outra finalista, filha de evangélicos, se declarou lésbica desde que apareceu (e nem poderia esconder, por causa de seu visual). Ontem a Globo identificou uma moça na plateia como a namorada de Ellen Oléria. Ambas chegaram entre as quatro finalistas, num sinal de que o público não está preocupado com essas coisas, ou pelo menos não considerou isso na hora de votar.

Ellen, que é atriz formada na Universidade de Brasília, bem conhecida no meio musical do Distrito Federal, disse que "demoramos muito tempo para evoluirmos em nossa sociedade".  O fato é que paradigmas estão sendo quebrados, o termo "diversidade" se tornou a palavra da moda do momento. Num cenário assim, nós como cristãos temos que saber viver em sociedade, não fechados em guetos, mas inseridos como sal, deixando que o Evangelho de Cristo faça a diferença na vida das pessoas através da demonstração do amor de Deus. Em vez de comprarmos brigas com grupos de orientação diferente da nossa, vamos sair com a mensagem do amor de Jesus. Porém eles só irão acreditar, quando verem ele manifesto no amor ao próximo. A epístola de João diz que nesse ponto Deus também está de acordo.