Pela terceira vez, tenho a oportunidade de ser entrevisdo por outro blogueiro, desta feita pelo irmão Ednelson Sales do blog Voltando ao Gênesis (http:edmaisbom.blogspot.com/), a quem desde já, agradeço pela oportunidade concedida. Antes dele, a Mayalu Felix e o Matias Borba, também postaram uma entrevista comigo. Aqui está a entrevista:
Dados Pessoais: Nome: Juber Donizete Gonçalves, Estado Civil: Casado, Esposa: Ana Cristina. Filhos: Estamos aguardando o primeiro para o início do ano que vem, se Deus quiser.
Igreja que é filiado: Assembléia de Deus, filiado a CGADB.
Formação Teológica: Fiz meu curso de Teologia durante 4 anos, dos 20 aos 24 anos, depois me graduei em geografia e fiz pós-graduação em psicopedagogia.
Residindo: Uberlândia/MG
Perguntas:
1) Como se deu sua conversão? Nasci em um lar católico não praticante. Num momento de crise familiar, começamos a freqüentar a religião dos Testemunhas de Jeová. Depois de dois anos, quando estávamos próximos para batizar lá, me converti no início da minha adolescência juntamente com minha família em uma igreja Assembléia de Deus. Além de ter um histórico desde a infância de bronquite asmático, tendo muitas crises, passei a sofrer desmaios no primeiro ano, que estávamos na igreja. Mas Deus me curou no final daquele ano, logo em seguida fui batizado.
2)Qual é a área de atuação sua na igreja? Sou pastor, tendo já passado pela experiência do pastoreio de algumas igrejas. Atualmente trabalho como diretor do Ibadetrim – Instituto Bíblico das Assembléias de Deus do Triângulo Mineiro.
3)Como você enxerga a atual situação que se encontra as igrejas evangélicas no Brasil? A igreja evangélica no Brasil cresce numericamente, mas enfrenta assim como outros setores da sociedade brasileira, uma crise de ética e falta de conteúdo genuíno da Palavra de Deus.
4) Qual sua opinião sobre o “cair no espírito”, “dente de ouro”, “emagrecimentos repentinos”, haja vista o enorme número de pessoas que testemunham tais manifestações? Modismo evangélico, ventos de doutrinas conforme diz Paulo aos Efésios.
5) Qual o seu posicionamento acerca da salvação? (eleição, livre arbítrio, predestinação). Eu fico lendo as pessoas que brigam em suas apologias pelo calvinismo ou arminianismo. Esse tipo de discussão, na maioria das vezes é infrutífera, até porque, a discussão é antiga, vem desde Agostinho/Pelágio, depois Calvino/Armínio. A polarização mais atrapalha do que ajuda, principalmente quando se age de modo radical com a dinâmica da Salvação. Precisamos refletir em todos os assuntos bíblicos exegeticamente, para que entremos pelo caminho dos pós-modernos anti-dogmáticos, onde não se possui pensamentos fixos. O respeitado e ortodoxo teólogo James Packer, disse:
“É preciso atribuir a aparência de contradição à deficiência da nossa própria capacidade de compreensão; encarar estes dois princípios não como duas alternativas rivais, mas como algo que, de alguma forma, você não consegue compreender no presente momento, mas que são mutuamente complementares”. Minha formação teológica foi armeniana, mas admito que tenho dificuldades com ambas as teorias teológicas. Não consigo compreender uma salvação fácil de perder, mas também resisto à ideia de uma predestinação fatalista.
6) Teologia da Prosperidade, direito nosso ou heresia? Um ensino deturpador, importado dos Estados Unidos, que cresceu como erva daninha no Brasil.
Os dons do Espírito são ainda para o nosso tempo? Sim. Creio na contemporaneidade dos dons espirituais, pois conforme disse o apóstolo Pedro: “a promessa é para vós, vossos filhos e a todos quantos Deus nosso Senhor chamar” Atos 2:39.
7)De zero a dez, qual sua nota para o governo Lula? Apesar de nunca ter votado no Lula, reconheço que ele acertou ao dar continuidade da política econômica do governo FHC, nota 7. Não dou 10, devido à política externa, que eu não concordo, pois está claro que os responsáveis pela condução da política externa brasileira, estão fazendo-a mais de acordo as ideologias de esquerda do que pensando nos interesses do país. Isso ficou claro, quando o Brasil, fez concessões a Bolívia a Argentina, ao Paraguai. Sem contar o apoio a Hugo Chaves, ao líder do Irã e agora, nessa questão confusa de Honduras.
8) Pastor na política, você concorda? Não. Pastor deve se dedicar ao seu chamado que é pregar, ensinar e pastorear. Outra pessoa com outra função da igreja, que tenha vocação política e queira candidatar é livre para isso, mas que faça isso em nome da cidadania e não em nome de Deus ou da igreja.
9)O que você achou das profecias de Morris Cerullo no Programa Vitória em Cristo, do Pastor Silas Malafaia? Olha, em 1986, participei de um seminário de Morris Cerullo, via telão, transmitido para várias cidades do Brasil. Na época, achei bom, mas apesar de estar com apenas 17 anos, achei estranho quando ele falou em transferência de unção, dele para as pessoas. E o pior, era que não era de graça, tinha que dar uma “polpuda” oferta, para ter a dita “unção”. Isso há 23 anos atrás! Muitos evangelistas, depois copiariam a moda no Brasil. Em 1993, eu comprei um livro dele, chamado “As cinco ondas que viriam nos anos 90”. O que teve de profecia furada nesse livro! Agora, vem o Malafaia e faz aquele programa, que para mim foi um desastre, com o Cerullo e a oferta de 900 reais. Aí foi terrível.
10) Caio Fábio, lobo em pele de cordeiro ou cordeiro em pele de lobo? Uma pessoa que foi considerado referência como pregador e líder evangélico nos anos 80 e 90. Que cometeu erros, mas segue caminhando com Cristo, exercendo seus dons dados por Ele, afinal de contas “os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” Romanos 11:29.
11)Edir Macedo e R. R. Soares, qual sua avaliação desses dois nomes do cenário evangélico? R.R. Soares é mais discreto, pelo menos não se vê notícias espalhafatosas de seu patrimônio pessoal. Ou seja, todo mundo sabe que ele é rico, que é o líder da igreja internacional da graça, dono da RIT, compra horários na TV aberta, mas não se vê divulgação de mansões e aviões, dele. Apesar do estilo simpático na TV, no entanto ele prega mais cura e prosperidade do que salvação em Cristo. Edir Macedo como um empresário é um sucesso, se tornando o modelo de outros. No sentido espiritual, o que ele faz e ensina é a antítese do Evangelho de Jesus de Nazaré, misturando elementos do cristianismo, catolicismo e até mesmo das religiões afro-brasileiras.
12) Homossexualismo, doença espiritual, emocional ou fator genético? Sinceramente, eu não sei. Muita coisa ainda pode vir a ser esclarecida sobre isso. Pode ser uma conjunção de fatores, como a indução quando criança por um adulto, os abusos físicos, envolve também a área psicológica. Acredito que até o momento, ainda não ficou definitivamente provado por estudos científicos, que o homossexualismo é de origem genética.
13) Você é a favor do uso de camisinha e de propagandas que estimulem principalmente os jovens a usá-la? Sou a favor do sexo seguro que deveria ser o sexo dentro dos laços do matrimônio. As propagandas feitas, acabam sendo um estímulo para a prática do sexo.
14) Aborto, você é a favor em caso de estupro e em perigo de vida á mãe? Sou contra o aborto, uma decisão nesses dois casos deve ser avaliada com muito cuidado.
15) Você é a favor do uso de células-tronco para a cura de doenças? As células-tronco, também conhecidas como células-mãe ou, erradamente, como células estaminais, são células que possuem a melhor capacidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras. Há duas possibilidades de extração das células estaminais. Podem ser adultas ou embrionárias:
•Embrionárias – São encontradas no embrião humano.
•Adultas – São encontradas em diversos tecidos, como a medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical, placenta, e outros.
Dada esta definição, eu diria que sou a favor do uso de células-tronco adultas, mas contra o uso das mesmas na forma embrionária.
16) A que você atribui à decadência moral e espiritual dos líderes evangélicos? A busca desenfreada de poder, status e dinheiro.
17) Qual a avaliação que você faz do presidente da CGADB, pastor José Wellington Bezerra da Costa? Me limito a dizer que, depois de mais de 20 anos de liderança quase contínua, a exceção do período de 1993 a 1995, talvez fosse o momento de renovação, de passar o bastão para outro.
18) Pastor Silas Malafaia, bipolaridade ou lobo em pele de cordeiro? O termo mais apropriado talvez seria o de demonstrar posições dúbias, com relação a alguns assuntos. Silas Malafaia defende com ênfase seus posicionamentos, o que muitos admiram. No entanto, ele mudou o discurso dos anos 90 para cá. Antes ele criticava o movimento G12, hoje ele posa em fotos com seus líderes. Sua pregação também mudou, pois agora conta com elementos da Teologia da Prosperidade.
19) Porque tantos jovens hoje têm aversão em freqüentar alguma igreja? São muitos fatores, mas alguns são decepção com as pessoas, inclusive liderança, ao verem julgamentos sem misericórdia, autoritarismo e na falta de bom testemunho cristão, com exemplos negativos.
20) Usos e costumes, ajuda na santificação ou é apenas legalismo? Os usos e costumes, variam de uma região para outra, de uma igreja para outra. Não são ruins em si. Mas os usos e costumes, tem que ser tratados à luz de Romanos 14 e Colossenses 2.
21) O que vem a ser a Graça de Deus? É o favor imerecido oferecido por Deus aos homens, a definição clássica mesmo. É aceitar o que Cristo fez por nós, sem precisarmos viver fazendo barganhas Deus. “Está consumado”, ou como diz no grego “Tetelestai”.
22) Um recado a geração on-line – Que continuem a utilizar esse recurso tremendo que é a internet, mas que faça-o com prudência e sabedoria, não se esquecendo da vida real, se entregando apenas ao virtual.
SEJA BEM VINDO. Este blog nasceu da vontade de poder compartilhar, pensamentos e reflexões sobre os acontecimentos atuais e a aplicação da Palavra de Deus a nossa vida.A escolha deste título para o meu blog, foi porque acredito que se não for para vivermos o Evangelho de Cristo conforme Ele viveu e ensinou, nada vale a pena. INDIQUE ESTE BLOG A MAIS ALGUÉM E DEIXE UM COMENTÁRIO JUNTO A MATÉRIA QUE PORVENTURA TENHA GOSTADO.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO PARA NÓS HOJE
A gente costuma associar a vida a uma estrada... Há aqueles jargões cansativos que toda hora nos acomete do tipo: na estrada da vida. E é, sem dúvida alguma, algo útil para nós, pensar que a vida é alguma coisa que se assemelha a uma estrada.
No caminho de Deus que a gente anda, não existe uma estrada fixa, de modo algum. Na mente da gente, na maioria das vezes, quando se pensa em andar com Deus, o que se apresenta é uma idéia de uma estrada fixa. Aí alguém chega e diz assim: "Jesus é o caminho". Aí o sujeito imagina Jesus como sendo a BR-1 de Deus, um caminho fixo. Então você diz: "Como é esse caminho?". Aí te apresentam o manual de normas da igreja.
A estrada física não muda com os caminhantes, ela permanece a mesma. Mas a estrada espiritual é feita pelo andar do caminhante, é produzida pelos teus pés. Por isso não se pode apenas dizer para alguém: "Olha só, vê ali, Jesus é o caminho, anda nele". Porque isso não vai significar absolutamente nada para pessoa, a menos que a pessoa ande e experimente. A grande questão do caminho, é como você anda no caminho.
E aí eu queria que você pensasse comigo no seguinte: Lembra da parábola do bom samaritano? Ela ilustra perfeitamente o que estou querendo dizer. O que a gente tem ali é um caminho, uma estrada, que ia de Jerusalém para Jericó... mesma estrada... está fixa lá até hoje. Você pode fazer o caminho romano antigo dos dias de Jesus até os dias de hoje, ela esta lá, com pedras daquele tempo, com cenários que não mudaram, uma estrada. Aí Jesus disse que, naquela estrada aconteceu uma coisa que envolveu cinco pessoas. Uma mesma estrada, cinco caminhos diferentes, uma mesma estrada que foi alterada pelo caminhar dos caminhantes. Um mesmo chão que virou chão diferente de acordo com a diferença da caminhada de cada um. O primeiro indivíduo que a gente encontra naquela estrada é um homem honesto, que saiu de casa e foi trabalhar. E no caminho para levantar o sustento para a vida, uma tragédia o acometeu. E ele foi deixado - largado, caído, assaltado, ferido, roubado, depravado e privado dos seus bens e do que tinha - ali abandonado. Caminho de um homem honesto roubado e largado na estrada. Tem um segundo homem nessa história, nessa estrada, é aquele que encontra o honesto que vem andando, querendo levantar o sustento para levar para casa e o assalta. Mesma estrada, um segundo caminho, caminho de violência, de expropriação, de covardia, de aproveitamento, de roubo, de engano. Mesma estrada, um homem honesto caído, um assaltante que se aproveitou da vida dele, e fez o seu próprio caminho. Aí passa uma terceira figura, um sacerdote, mesma estrada um terceiro caminho. O sacerdote vem e olha o homem, passa de largo, segue o seu caminho, caminho da indiferença, o caminho da incapacidade de se solidarizar, o caminho daquele que tem a sua agenda tão definida, que não tem espaço para qualquer parada. Esse é, sobretudo, o indivíduo que achava que a finalidade de cultuar a Deus num lugar sagrado, cumprindo uma liturgia, lhe era mais importante do que a parada para exercer a misericórdia com aquele que estava ali deitado, ele é indiferente à vida. Uma mesma estrada, um outro caminho. Aí tem um quarto indivíduo que passa na mesma estrada, um levita. Ele viu o sacerdote passar e não fazer nada, e não fez nada também. Assumiu o caminho da omissão homicida, largou o indivíduo, fez que não viu, alienou-se, ligou o botão do auto-engano e se foi, insensível e impermeável. Ele sempre olha para quem ele acha que lhe é superior na hierarquia, e diz: "Se ele não fez, porque que eu tenho que fazer". Aí vem um quinto indivíduo. Mesma estrada, um quinto caminho. Era um samaritano considerado herege pelos judeus, abominado pelo sacerdote e pelo levita. Mas ele passa e ele olha, e ele vê e ele se abaixa, ele socorre, ele cuida, ele pensa as feridas, trata delas, derrama sobre elas óleo e vinho. Cuida do indivíduo e o leva e o coloca numa estalagem e diz para o estalajadeiro: "Eu estou deixando aqui dinheiro, e se não for o suficiente, bota tudo na minha conta, porque quando eu passar de volta eu vou quitar tudo". Há um aqui, para quem o caminho é o lugar de misericórdia, é o lugar onde a graça pode se manifestar e aonde o amor de Deus pode ser encarnado. Uma única estrada com caminhos diferentes. Isso nos ajuda entender e a discernir uma coisa fundamental para nós hoje: O caminho é chamado à existência pelo modo como eu ando.
A estrada vira caminho de vida também, quando eu levo em mim a consciência da mutualidade como mandamento da jornada. O Salmo 84:7 diz: "Vão indo de força em força, cada um deles aparece diante de Deus em Sião". É um ajudando o outro. Nesse caminho, infelizmente, o que a gente mais encontra é um passando a perna no outro, julgando o outro, medindo o outro, avaliando o outro, por isso que não é caminho, é só estrada. O que a gente precisa admitir é que a maioria de nós não está no caminho, a gente está na estrada da religião, e na estrada da religião é assim olho aberto. Conforme Jesus disse: símplices como as pombas e prudentes como as serpentes, porque tem fariseu na estrada. Agora nós estamos falando de caminho, e no caminho “um ao outro ajudou e ao seu próximo disse: Sê forte!” No caminho um levanta o outro. No caminho a gente não quer saber quem é o indivíduo caído, a gente só quer saber que ele está caído. No caminho o samaritano é o herói da história do amor fraternal. E ele não faz perguntas. No caminho não existe discussão religiosa, no caminho ninguém diz: "Você aceita Jesus, antes de eu lhe fazer este bem?". No caminho ninguém diz: "Os assaltantes o assaltaram, porque você não estava com o anjo do Senhor, acampado ao seu redor". No caminho ninguém diz: "Olha se você fizesse a confissão positiva e dissesse: Eu declaro bandido, tu estás amarrado. Ele não teria te assaltado". No caminho a gente levanta, a gente se dobra, a gente cuida, a gente não faz perguntas, a gente carrega, a gente leva. No caminho não tem proselitismo, não tem prosa, não tem conversa fiada, tem ação, tem amor, tem misericórdia, tem graça, tem vida, tem gesto. É só quando nos dermos conta disso, que temos alguma chance de ser salvo da estrada, para poder, no chão da vida, ver o caminho mudar debaixo de nossos pés. Porque eu não quero ser um indivíduo, da estrada religião que é física e é fixa. Eu quero caminhar no caminho da vida e da verdade em Jesus.
No caminho de Deus que a gente anda, não existe uma estrada fixa, de modo algum. Na mente da gente, na maioria das vezes, quando se pensa em andar com Deus, o que se apresenta é uma idéia de uma estrada fixa. Aí alguém chega e diz assim: "Jesus é o caminho". Aí o sujeito imagina Jesus como sendo a BR-1 de Deus, um caminho fixo. Então você diz: "Como é esse caminho?". Aí te apresentam o manual de normas da igreja.
A estrada física não muda com os caminhantes, ela permanece a mesma. Mas a estrada espiritual é feita pelo andar do caminhante, é produzida pelos teus pés. Por isso não se pode apenas dizer para alguém: "Olha só, vê ali, Jesus é o caminho, anda nele". Porque isso não vai significar absolutamente nada para pessoa, a menos que a pessoa ande e experimente. A grande questão do caminho, é como você anda no caminho.
E aí eu queria que você pensasse comigo no seguinte: Lembra da parábola do bom samaritano? Ela ilustra perfeitamente o que estou querendo dizer. O que a gente tem ali é um caminho, uma estrada, que ia de Jerusalém para Jericó... mesma estrada... está fixa lá até hoje. Você pode fazer o caminho romano antigo dos dias de Jesus até os dias de hoje, ela esta lá, com pedras daquele tempo, com cenários que não mudaram, uma estrada. Aí Jesus disse que, naquela estrada aconteceu uma coisa que envolveu cinco pessoas. Uma mesma estrada, cinco caminhos diferentes, uma mesma estrada que foi alterada pelo caminhar dos caminhantes. Um mesmo chão que virou chão diferente de acordo com a diferença da caminhada de cada um. O primeiro indivíduo que a gente encontra naquela estrada é um homem honesto, que saiu de casa e foi trabalhar. E no caminho para levantar o sustento para a vida, uma tragédia o acometeu. E ele foi deixado - largado, caído, assaltado, ferido, roubado, depravado e privado dos seus bens e do que tinha - ali abandonado. Caminho de um homem honesto roubado e largado na estrada. Tem um segundo homem nessa história, nessa estrada, é aquele que encontra o honesto que vem andando, querendo levantar o sustento para levar para casa e o assalta. Mesma estrada, um segundo caminho, caminho de violência, de expropriação, de covardia, de aproveitamento, de roubo, de engano. Mesma estrada, um homem honesto caído, um assaltante que se aproveitou da vida dele, e fez o seu próprio caminho. Aí passa uma terceira figura, um sacerdote, mesma estrada um terceiro caminho. O sacerdote vem e olha o homem, passa de largo, segue o seu caminho, caminho da indiferença, o caminho da incapacidade de se solidarizar, o caminho daquele que tem a sua agenda tão definida, que não tem espaço para qualquer parada. Esse é, sobretudo, o indivíduo que achava que a finalidade de cultuar a Deus num lugar sagrado, cumprindo uma liturgia, lhe era mais importante do que a parada para exercer a misericórdia com aquele que estava ali deitado, ele é indiferente à vida. Uma mesma estrada, um outro caminho. Aí tem um quarto indivíduo que passa na mesma estrada, um levita. Ele viu o sacerdote passar e não fazer nada, e não fez nada também. Assumiu o caminho da omissão homicida, largou o indivíduo, fez que não viu, alienou-se, ligou o botão do auto-engano e se foi, insensível e impermeável. Ele sempre olha para quem ele acha que lhe é superior na hierarquia, e diz: "Se ele não fez, porque que eu tenho que fazer". Aí vem um quinto indivíduo. Mesma estrada, um quinto caminho. Era um samaritano considerado herege pelos judeus, abominado pelo sacerdote e pelo levita. Mas ele passa e ele olha, e ele vê e ele se abaixa, ele socorre, ele cuida, ele pensa as feridas, trata delas, derrama sobre elas óleo e vinho. Cuida do indivíduo e o leva e o coloca numa estalagem e diz para o estalajadeiro: "Eu estou deixando aqui dinheiro, e se não for o suficiente, bota tudo na minha conta, porque quando eu passar de volta eu vou quitar tudo". Há um aqui, para quem o caminho é o lugar de misericórdia, é o lugar onde a graça pode se manifestar e aonde o amor de Deus pode ser encarnado. Uma única estrada com caminhos diferentes. Isso nos ajuda entender e a discernir uma coisa fundamental para nós hoje: O caminho é chamado à existência pelo modo como eu ando.
A estrada vira caminho de vida também, quando eu levo em mim a consciência da mutualidade como mandamento da jornada. O Salmo 84:7 diz: "Vão indo de força em força, cada um deles aparece diante de Deus em Sião". É um ajudando o outro. Nesse caminho, infelizmente, o que a gente mais encontra é um passando a perna no outro, julgando o outro, medindo o outro, avaliando o outro, por isso que não é caminho, é só estrada. O que a gente precisa admitir é que a maioria de nós não está no caminho, a gente está na estrada da religião, e na estrada da religião é assim olho aberto. Conforme Jesus disse: símplices como as pombas e prudentes como as serpentes, porque tem fariseu na estrada. Agora nós estamos falando de caminho, e no caminho “um ao outro ajudou e ao seu próximo disse: Sê forte!” No caminho um levanta o outro. No caminho a gente não quer saber quem é o indivíduo caído, a gente só quer saber que ele está caído. No caminho o samaritano é o herói da história do amor fraternal. E ele não faz perguntas. No caminho não existe discussão religiosa, no caminho ninguém diz: "Você aceita Jesus, antes de eu lhe fazer este bem?". No caminho ninguém diz: "Os assaltantes o assaltaram, porque você não estava com o anjo do Senhor, acampado ao seu redor". No caminho ninguém diz: "Olha se você fizesse a confissão positiva e dissesse: Eu declaro bandido, tu estás amarrado. Ele não teria te assaltado". No caminho a gente levanta, a gente se dobra, a gente cuida, a gente não faz perguntas, a gente carrega, a gente leva. No caminho não tem proselitismo, não tem prosa, não tem conversa fiada, tem ação, tem amor, tem misericórdia, tem graça, tem vida, tem gesto. É só quando nos dermos conta disso, que temos alguma chance de ser salvo da estrada, para poder, no chão da vida, ver o caminho mudar debaixo de nossos pés. Porque eu não quero ser um indivíduo, da estrada religião que é física e é fixa. Eu quero caminhar no caminho da vida e da verdade em Jesus.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
DISCERNINDO OS ESPÍRITOS SE PROCEDEM DE DEUS
"Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo". I João 4:1
Nenhuma geração anterior viveu com a complexidade como a nossa. Discernir os espíritos, não é para ver quem é o possesso da área. Tem gente hoje que, expulsa demônio é dando pancada com bíblia na cabeça dos outros. E ainda diz que com Bíblia grande e de capa dura expulsa melhor. Aí dão um grito: “Essa é a espada do espírito”!
Mas há os que se disfarçam de anjo de luz, esses são espíritos para serem discernidos. O pessoal gosta de tentar discernir os de fora: Bin Laden, Sadam Hussein (quando era vivo), Hugo Chaves, Bush, Obama, todos já foram candidatos ao posto de Anticristo.
Só que, quando no nosso meio, aquele que é dragão, mas fala como cordeiro, conforme está em Apocalipse, se manifesta, nós não discernimos.
Os anticristos, segundo o apóstolo João saem do nosso meio. E é provável que, o anticristo também sairá do meio fragmentado e controvertido que hoje no mundo tem o nome de Cristianismo. Tem gente que acha que o falso profeta vem com uma faixa na testa, escrito falso profeta. Se ele é falso, é porque vai parecer com o verdadeiro, fala como profeta, se veste como profeta, conforme o profeta Zacarias diz, (com vestes de couro como Elias). Jesus disse que se possível, enganaria até os eleitos.
O que não é do amor, da inclusão, não é de Deus. Mas, ao invés disso, nós ficamos procurando anticristo na ONU, no Iraque, na Europa. Temos de discernir os espíritos a partir de nós, não sob o guarda-chuva da religião.
Os discípulos Tiago e João, que eram chamados de “filhos do trovão”, disseram para Jesus: “Quer que nós façamos como Elias e mandamos fogo descer do céu e consumir estes samaritanos. Jesus disse: “Vós não sabeis de que espírito sóis, o Filho do Homem, não veio destruir, mas salvar as almas dos homens”, Lucas 9:55,56. Esse mesmo João, anos depois, transformado pelo amor de Jesus, diria: “filhinhos”, “amados”. E ele mesmo juntamente com Pedro, oraria, impondo as mãos para que os samaritanos recebessem o Espírito Santo. (Atos 8).
O que a gente mais vê hoje, são pessoas praticando um evangelho que mais parece com a macumba, virando uma “boacumba evangélica”. Vejamos o que diz o texto na Epístola de João:
1-Não nos ouve, I João 4:6, Deus é amor, misericórdia. Quem quer que Deus julgue alguém e tome o que ele tem é me dê. Destrua o outro, mesmo que seja feito em nome de Deus. É o espírito do anticristo. Jesus no Evangelho de João, capítulo 8, impediu que um pessoal que se dizia “filhos de Abraão” matassem a pedradas uma mulher, apanhada em adultério, e no seu discurso no mesmo capítulo, chamou aquele desejo deles, mesmo que você em nome de Deus e de limpeza moral de espírito homicida, é o que o patrono disso era o diabo.
2- Ama o próximo. Não aquele amor abstrato, platônico, para o nada, que cheira Jesus, anjos. Deixa eu sentir as vibrações desse lugar ou dessa pessoa.
Com Deus não tem conversa fiada, quem me ama, ama o próximo. Eu não sou ódio, sou amor. Quem não ama, não é nascido de novo. Não conhece a Deus.
Nenhuma geração anterior viveu com a complexidade como a nossa. Discernir os espíritos, não é para ver quem é o possesso da área. Tem gente hoje que, expulsa demônio é dando pancada com bíblia na cabeça dos outros. E ainda diz que com Bíblia grande e de capa dura expulsa melhor. Aí dão um grito: “Essa é a espada do espírito”!
Mas há os que se disfarçam de anjo de luz, esses são espíritos para serem discernidos. O pessoal gosta de tentar discernir os de fora: Bin Laden, Sadam Hussein (quando era vivo), Hugo Chaves, Bush, Obama, todos já foram candidatos ao posto de Anticristo.
Só que, quando no nosso meio, aquele que é dragão, mas fala como cordeiro, conforme está em Apocalipse, se manifesta, nós não discernimos.
Os anticristos, segundo o apóstolo João saem do nosso meio. E é provável que, o anticristo também sairá do meio fragmentado e controvertido que hoje no mundo tem o nome de Cristianismo. Tem gente que acha que o falso profeta vem com uma faixa na testa, escrito falso profeta. Se ele é falso, é porque vai parecer com o verdadeiro, fala como profeta, se veste como profeta, conforme o profeta Zacarias diz, (com vestes de couro como Elias). Jesus disse que se possível, enganaria até os eleitos.
O que não é do amor, da inclusão, não é de Deus. Mas, ao invés disso, nós ficamos procurando anticristo na ONU, no Iraque, na Europa. Temos de discernir os espíritos a partir de nós, não sob o guarda-chuva da religião.
Os discípulos Tiago e João, que eram chamados de “filhos do trovão”, disseram para Jesus: “Quer que nós façamos como Elias e mandamos fogo descer do céu e consumir estes samaritanos. Jesus disse: “Vós não sabeis de que espírito sóis, o Filho do Homem, não veio destruir, mas salvar as almas dos homens”, Lucas 9:55,56. Esse mesmo João, anos depois, transformado pelo amor de Jesus, diria: “filhinhos”, “amados”. E ele mesmo juntamente com Pedro, oraria, impondo as mãos para que os samaritanos recebessem o Espírito Santo. (Atos 8).
O que a gente mais vê hoje, são pessoas praticando um evangelho que mais parece com a macumba, virando uma “boacumba evangélica”. Vejamos o que diz o texto na Epístola de João:
1-Não nos ouve, I João 4:6, Deus é amor, misericórdia. Quem quer que Deus julgue alguém e tome o que ele tem é me dê. Destrua o outro, mesmo que seja feito em nome de Deus. É o espírito do anticristo. Jesus no Evangelho de João, capítulo 8, impediu que um pessoal que se dizia “filhos de Abraão” matassem a pedradas uma mulher, apanhada em adultério, e no seu discurso no mesmo capítulo, chamou aquele desejo deles, mesmo que você em nome de Deus e de limpeza moral de espírito homicida, é o que o patrono disso era o diabo.
2- Ama o próximo. Não aquele amor abstrato, platônico, para o nada, que cheira Jesus, anjos. Deixa eu sentir as vibrações desse lugar ou dessa pessoa.
Com Deus não tem conversa fiada, quem me ama, ama o próximo. Eu não sou ódio, sou amor. Quem não ama, não é nascido de novo. Não conhece a Deus.
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