sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Missionários brasileiros são presos no Senegal


O pastor José Dilson da Silva, da Igreja Presbiteriana Betânia, e a missionária Zeneide Moreira Novaes ( foto acima) estão presos em Mbour, no Senegal, desde o dia 6 de novembro. Líderes do projeto Obadias, voltado à assistência e ao acolhimento de crianças de rua, os dois, segundo o Itamaraty, foram denunciados por formação de quadrilha, aliciamento e tráfico de menores.

Segundo o pastor Josué Oliveira, da Igreja Presbiteriana em Niterói, as duas instituições em que os missionários atuam, uma na cidade de Dacar e outra em Mbour, oferecem abrigo a talibés - crianças que acabam nas ruas após fugirem de internatos controlados pelos marabus, líderes muçulmanos e professores de Corão.

A prisão temporária dos dois foi decretada após a denúncia do pai de uma das crianças atendidas pelo projeto. O homem teria acusado os missionários de maus-tratos e de acolherem seu filho sem que ele tenha autorizado. Após a denúncia, a polícia realizou uma operação de busca e apreensão e, após interrogados, Silva e Zeneide foram presos. Eles estão na prisão de Thiès, capital da região homônima.

O Itamaraty afirma que um advogado teria sido contratado pelos missionários para obter autorização judicial para a guarda de novas crianças. Mais tarde descobriu-se, no entanto, que o profissional era apenas um funcionário da firma de advocacia - sem registro como advogado. Isso invalidou o processo e deixou as instituições irregulares.

Silva faz parte do corpo de missionários enviados ao exterior pela Agência Presbiteriana de Missões Transculturais, que mantém 130 missionários em 30 países - 9 no Senegal. Ele trabalha há 22 anos em projetos missionários na África, tendo passado a maior parte deles em Guiné-Bissau. Em 2005, foi para o Senegal com a mulher e os três filhos.

O porta-voz da instituição, reverendo Marcos Agripino, nega os crimes e diz que só houve uma denúncia, mas não uma acusação formal da Justiça. A prisão, diz, deu-se por causa de uma especificidade do sistema senegalês, que prevê a prisão do acusado enquanto a investigação é conduzida. "Quando Silva se apresentou à delegacia, ficou retido. Não teve tempo de apresentar sua defesa. Mas temos todo o apoio do governo brasileiro para que se resolva rápido e para que haja a preservação da integridade física de ambos."

Segundo Agripino, que deve ir para o Senegal na próxima semana, as crianças procuram voluntariamente a instituição. "O projeto é um trabalho social e educacional que oferece alimentação, cursos profissionalizantes e atendimento médico. São esses meninos moradores de rua que procuram a equipe."

Uma comissão formada por um senador e dois deputados da bancada evangélica - Magno Malta (PR-ES), Ronaldo Fonseca (PR-DF) e Paulo Freire da Costa (PR-SP) - foi também criada para tentar resolver a situação.

Em discurso nesta quarta-feira no Senado, Malta disse estar acompanhando o caso a pedido da comunidade evangélica e informou que se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e com o embaixador do Senegal no Brasil, El Hadji Abdoul Aziz Ndiaye, para encontrar uma solução. Na próxima terça-feira, Malta irá ao Senegal conversar com o ministro da Justiça, o delegado que recebeu a denúncia e a comissão de direitos humanos do país. Também visitará os missionários na prisão.

Silva é diabético e não pode se alimentar da refeição oferecida no presídio. Para que sua saúde não seja prejudicada, sua mulher Marli, foi autorizada a lhe levar uma marmita todos os dias.


Fonte: Estado de Minas - http://www.em.com.br/

Meu Comentário: O Senegal é um país da África Ocidental, limitado a norte pela Mauritânia, a leste pelo Mali, a sul pela Guiné-Bissau e a oeste pelo Oceano Atlântico e Gâmbia. É o mais próximo vizinho de Cabo Verde, arquipélago que se espalha pelo Atlântico. Sua capital é Dakar. Possui uma particularidade que é a de abrigar dentro do seu território a República de Gâmbia como se fosse uma ilha dentro do Senegal. Com relação a sua população, 94% dos senegaleses são muçulmanos, sendo os animistas só um 1%. O 30% da população é urbana. A parte oriental do país está quase deserta. A medicina tradicional é legal, sendo praticada pelos serins ou marabus.

Nossa igreja aqui em Uberlândia, através da secretaria local de missões (SEMAP), em parceria com a Secretaria de Missões do Estado do Ceará (Semadec), também está presente no Senegal, desenvolvendo um trabalho na área de formação de obreiros africanos, evangelismo e educação infantil.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Subsídio para EBD: Miquéias - A importância da obediência

Uma das declarações comumente repetidas da Bíblia se encontra em I Sm. 15.22 “eis que obedecer é melhor do que o sacrificar”. Miquéias, através da mensagem profética, chama a atenção a esse respeito. Para aprendermos a respeito desse assunto, estudaremos, na aula de hoje, sobre a importância da obediência. Inicialmente apontaremos os aspectos contextuais de Miquéias, em seguida sua mensagem, e por último, a aplicação para a igreja contemporânea.

1. ASPECTOS CONTEXTUAIS
Miquéias, cujo nome significa “quem é como Deus?”, natural de Moresete, nas proximidades de Gate, cerca de 32 quilômetros a sudoeste de Jerusalém, profetizou para Israel (Reino do Norte) e Judá (Reino do Sul). Miquéias foi contemporâneo do profeta Isaias, o estilo inclusive assemelham-se. O propósito central do seu livro é mostrar ao povo que o julgamento de Deus estaria próximo, bem como o perdão divino para aqueles que se arrependessem dos seus pecados e se dispusessem a obedecer a Palavra do Senhor. O versículo-chave do livro se encontra em Mq. 6.8: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?”. O livro foi escrito por volta de 742 a 687 a. C., durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias, em um período de prosperidade sem precedentes, mas politicamente conturbado, registrado em II Rs. 15-20 e II Cr. 26 -30. Israel e Judá viviam com base na ostentação, davam pouco interesse a Deus. Enquanto isso Tiglate-Pileser III (745-727) expandia o território da Assíria, que viria a se tornar uma potência mundial. A mensagem é caracteristicamente poética, constituindo-se em um clássico da literatura hebraica, repleta de paralelismos. O livro pode ser assim dividido: 1) o julgamento que virá sobre o povo e a liderança (Mq. 1-3); 2) a restauração que virá através do reino do Messias (Mq. 4-5); e 3) dois apelos ao arrependimento e a promessa de salvação de Deus (Mq. 6,7).

2. A MENSAGEM DE MIQUÉIAS
O profeta inicia sua mensagem descrevendo o julgamento que sobreviria sobre Samaria, a capital de Israel. Ainda que este seja temível, deveria ser visto como parte da justiça divina, pois Seus atos são corretos (M1.1.1-16). Um dos pecados do povo era social, pois os ricos defraudavam os mais pobres, arrebatavam as suas terras, causando fome e necessidade (Mq. 2.1-5). Os falsos profetas se levantaram contra o profeta de Deus, motivados por interesses financeiros, já que recebiam salários dos líderes corruptos (Mq. 2.6-11). Essa liderança corrupta, juntamente com os religiosos, ignorava a justiça divina, e proclamava uma paz aparente (Mq. 3.1-12). Mesmo assim, o juízo de Deus sobreviria sobre a nação, mas Ele não permitiria que Seu povo fosse totalmente destruído. Haveria esperança, pois no futuro haverá um mundo onde reinará a verdadeira paz, em que não haverá mais guerra (Mq. 4.1-4). Um Rei, que nasceria em Belém (Mq. 5.1-4), triunfará, depois que o povo for purificado pelo castigo, uma alusão ao período da Tribulação (Mq. 5.5-15). Esse Rei é Jesus, que nasceu em Belém (Lc. 2.4-7), e que no futuro virá como o Príncipe da Paz (Is. 6.9; Ap. 19-22). Antes disso Israel precisará se arrepender dos seus pecados (Mq. 6.1-2), fazer o bem e andar humildemente diante do Senhor (Mq. 6.3-8), pois Deus não terá o culpado por inocente (Mq. 6.9-16). Miquéias lamentou a derrota de Israel e a corrupção da sociedade na qual vivia (Mq. 7.1-7), mas concluiu com uma mensagem de esperança, pois um dia a nação se voltará para o Senhor (Mq. 7.11-17). O Deus de Israel é compassivo e perdoador, e fiel para cumprir as Suas promessas (Mq. 7.18-20).

3. PARA HOJE
Miquéias tem muito a dizer para a igreja destes dias, a começar pelo seu nome: Quem é igual a Deus?. Essa é uma pergunta que as igrejas evangélicas precisam fazer constantemente. De vez em quando esquecemos que Deus exige exclusividade, e O substituímos por ídolos (Mt. 4.10). As seduções do presente século estão conquistando muitas igrejas, que estão se distanciando dos princípios bíblicos (Gl. 1.7-9). A corrupção está invadindo muitas igrejas evangélicas, a liderança, a fim de tirar proveito financeiro, está fazendo concessões com a verdade (Ap. 2.10,15). A mensagem de Deus continua sendo a mesma, por isso não podemos deixar de fazer o bem (Gl. 6.9). Esta geração volúvel precisa aprender a se manter firme e constante na obra do Senhor, ciente que tudo o que fazemos para Ele não é vão (I Co. 15.58). A sociedade moderna endeusou o dinheiro, não busca outra coisa senão a prosperidade financeira (Mt. 6.24). Mas a igreja, em obediência à Palavra de Deus, deve ser rica perante Deus (Lc. 12.16-21), e não se fundamentar nas riquezas materiais (Ap. 3.17,18). Ao invés de pactuar com a corrupção, deverá denunciá-la, somente assim estará cumprindo seu ministério profético (I Tm. 3.15). O reino da igreja não é deste mundo, pois Jesus, o Rei dos reis, que nasceu em Belém, já governa sobre seus súditos (Jo.18.36). Ele também é o Bom Pastor, pois entregou Sua vida pelas ovelhas, e as conhece individualmente, chamando-as pelo nome (Jo. 10.11-14). Suas ovelhas O obedecem, pois escutam a Sua voz, nela se comprazem, sabem que nEle há vida abundante (Jo. 10.4,10).

CONCLUSÃO
O Senhor é o nosso Pastor, por isso de nada temos falta, Ele nos é suficiente (Sl. 23.1). Essa agradável revelação nos motiva à obediência, não como um fardo pesado a ser carregado, mas por amor (Jo. 14.21). A obediência a Deus é resultado de um andar constante com Deus, por meio do qual o Espírito Santo produz o Seu fruto (Gl. 5.22). Aqueles que seguem por esse caminho não estão imunes ao pecado, mas quando pecam, se arrependem e o confessam, buscando o Senhor, que é misericordioso para perdoar (I Jo. 1.9; 2.1).


BIBLIOGRAFIA

BOICE, J. M. The minor prophets. Grand Rapids: Bakerbooks, 2006.
BAKER, D. W., ALEXANDER, T. D. STURZ, R. J. Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2001.



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Levitas, sacerdotes e sacrifícios dos “judeus evangélicos”


Quando no inicio da década de 90 chegaram aqui essas “restaurações ministeriais” e suas nomenclaturas, logo me manifestei em pregações, artigos, falas em Congressos para Pastores e Líderes, etc.

Eu conhecia os irmãos que estavam propagando isto, e sabia que alguns eram sinceros, embora ignorantes do espirito do Evangelho, enquanto outros eram oportunistas de temas e movidas... Uma questão mercadológica e de marketing apenas!

Meu coração se revoltou...Ninguém que leia o NT pode fazer um retrocesso desse tamanho!

É pisar na Cruz! É minimizar o que O Sacerdote eterno já consumou!
É ofensa contra o ensino apostólico!
É epístola Anti-Hebreus!
É a reedição da Sombra contra o Realizado!
É o retorno aos bodes e touros como sacrifício!
É Velhotestamentização da outrora “igreja”!
É rolar a pedra para a porta da tumba da ressurreição!
É vitória de Caifás contra Jesus!
É a supremacia do Templo sobre o Cordeiro!

É a volta à adoração em Jerusalém ou no monte Geresin ... — anulando a Hora de todos os que adoram em espirito e em verdade!

É a supremacia do sacerdócio profissional sobre a espontaneidade e a alegria voluntaria do louvor de TODOS!
É a justificação do levita e do sacerdote sobre o Samaritano... — afinal, o “culto” não pode parar!...

Ontem ouvi alguém dizer que a família dele é uma família de sacerdotes...— isto para diferenciarem-se dos demais crentes, pois eles são bem pagos para oferecer a Deus, pelos irmãos, aquele culto.

Pensei:
“Que ardil sutil! Qual a família humana consciente de Jesus em fé que não é parte do reino de sacerdotes?”
Mas os crentes são pagãos!...

Gente de Deus! TODOS somos sacerdotes em Cristo. A ordem levítica morreu na Cruz. Não ressuscitem o que Jesus quis matar. Seria calcar aos pés o sangue da aliança, como diz Hebreus falando acerca da MESMA COISA.

UM DESAFIO: Leia apenas a Epistola aos Hebreus e me diga:

Existe ainda, depois de Jesus, do Sumo-sacerdote, da Ordem de Melquizedeque, que anulou e removeu a obsolescência das leis/sombras dos judeus — espaço ou sugestão de que se volte ao judaísmo pré-cruz? A menos que Jesus não seja o Messias; e, portanto, nada esteja consumado!

O Cap. 6 de Hebreus foi escrito como advertência aos que faziam essa viagem de volta!
Crer hoje como se cria antes da revelação de Deus em Jesus e no Evangelho — tendo-se consciência de tudo — é cair da Graça; é colocar-se no lugar difícil de renovar alguém para arrependimento.

LEVITAS,
Convertem-se ao Cordeiro!

Todos somos Um Nele!