sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pastores políticos. O que você acha?

Esse de eleições, tem bispo evangélico se tornando coordenador da campanha da Dilma, enquanto cantores gospel, pastores de igreja e evangelistas itinerantes se lançam como candidatos a deputado federal, estadual e senador.

O texto abaixo foi escrito em 08 de julho de 2004, portanto há 6 anos atrás, mas nem por isso, deixa de ser tão atual no momento em que vivimos. Nele há sérias denúncias de coisas que já estavam acontecendo nos bastidores da política eclesiástica brasileira. Uma pessoa faz uma pergunta e o Pr. Caio Fábio responde em seu site. Leia o texto:

Pergunta:
Estamos nos aproximando de mais um ano de eleições, e como é de se esperar, vários Pastores se candidatam a cargos políticos. Na Igreja onde congrego, estão lançando um Pastor como candidato para um cargo político. O que o senhor acha de Pastores ocuparem cargos Políticos?
O Pastor como sacerdote pode se submeter a concorrer cargos políticos? Porque na maioria dos casos ou em todos eles somente os Pastores podem se candidatar e não uma pessoa de confiança deles? (algum membro ou obreiro) Creio que precisamos de pessoas comprometidas com Deus para serem luz, sal no governo, mas somente Pastores? Porque somente eles? Que Deus continue abençoando o Senhor ricamente em nome de Jesus.

Resposta:
Meu amigo e irmão: Jesus Reina! O reino de Deus não é deste mundo e não está entre nós com visível aparência, visto que está em nós. Faz anos que tenho deixado a minha posição clara e pública a respeito do assunto.

Inicialmente gostaria de dizer que o pastor não é um sacerdote como a palavra era entendida no Velho Testamento—e que atualmente, por ignorância do povo, e má intenção de muitos pastores, está sendo ressuscitada, contra a Palavra e seu ensino—, mas apenas um sacerdote como qualquer outro irmão em Cristo.

O que passar disso é falácia, é o velho catolicismo seduzindo a consciência reformada para a adesão à velha ordem, é que no caso dos pastores é mais que conveniente, pois lhes dá poder autoritativo, e, portanto, manipulador, como a gente vê acontecendo em quase todos os lugares.

Em segundo lugar eu quero dizer que a "igreja" já perdeu há muito sequer a desculpa de que "nós precisamos da presença-sal e da presença-luz da igreja no cenário político". Dizer isso, hoje, só se for para produzir gargalhada. Esse era o discurso nas décadas de sessenta e setenta. De lá pra cá já vimos o que os evangélicos podem fazer na política, e o que temos visto é feio, é muito feio, é horrível mesmo.

Portanto, não dá nem mais para se ter o auto-engano de que a presença evangélica em qualquer coisa possa significar um salto de qualidade. A terceira coisa que quero dizer é que se o sal evangélico tivesse sabor, o melhor lugar para senti-lo seria na própria comunhão da igreja, onde, de fato, o gosto não é de sal, mas de absinto; e a luz não é nada além de luz negra. Ao contrário, na maioria dos casos, os evangélicos já provaram que são tão ou mais corrompidos que os demais, sem falar que em geral são uns malandros burros, oportunistas, despachantes de pequenos interesses, moralistas, e sem qualquer qualidade ética e de consciência.

No atual quadro político não nos faltam evangélicos em todas as instancias do poder, e a presença deles nada significou além de vergonha, despreparo, ufania, e incapacidade de se enxergarem e oferecerem um mínimo de lucidez a qualquer coisa.

Portanto, respondendo a sua pergunta, eu digo o seguinte: 

1. Nenhum pastor deve se candidatar como pastor, e muito menos em nome de Deus. Quem desejar pleitear um cargo desses, deve fazê-lo em nome de sua própria consciência como indivíduo, e nunca em nome da igreja e muito menos em nome de Deus. Fazer isto é ideologizar a Deus e a igreja, e o fim é sempre blasfemo e corrompido.

2. A maioria dos pastores que se candidatam acabam sendo apenas aqueles oportunistas que concluíram que a igreja é o melhor curral eleitoral que pode existir. São uns lobos explorando a ingenuidade do rebanho.

3. Se eu tiver que atribuir responsabilidade ao presente momento de corrupção da igreja, eu diria que 30% vem do envolvimento da igreja com a mais sórdida forma de fazer política—tem pastor mandando matar irmão para ficar com o cargo; e não são apenas dois casos; mas vários—, usando e abusando do nome de Deus de modo nauseante e asqueroso.
Além disso, eu atribuo mais uns 40% da presente caotização da fé às igrejas neo-pentecostais, e que são casas de comercio da fé, e verdadeiros covis de salteadores, exploradores, e lobos vestidos de pele de ovelha. O que eles querem é poder, e seu espírito é pior do que o do incrédulo.
E o que sobra de responsabilidade, tenha certeza, ponha na conta dos apóstolos da maldição hereditária, da confissão positiva, da neuro-lingüistica cristã, da teologia da prosperidade, na ênfase ao crescimento numérico à qualquer preço, e ao espírito de marketing e empresariado que entrou na igreja e lhe corrompeu a alma.

4. Para eu votar num crente, apenas se ele não se apresentar como crente, mas apenas como um cidadão, e isto vai depender das boas idéias e da capacidade dele (a) mostrar coerência como parte de sua decisão de ingressar na carreira política. Portanto, não sou contra cristãos na política, porém sou veementemente contrário à utilização da igreja para essa finalidade.

5. Hoje tudo não passa de um grande nojo. Se Jesus entrasse nessas igrejas o faria com azorrague e de lá expulsaria esses cambistas da corrupção.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Mistérios da Bíblia: Os evangelhos perdidos

http://tvuol.uol.com.br/permalink/?view/id=misterios-da-biblia-os-evangelhos-perdidos-04021C3960D08983A6/mediaId=5814098/date=2010-08-04&&list/type=user/codProfile=yaq680z51683/

Especialistas examinam os livros perdidos da Bíblia. Do deserto do Egito aos laboratórios do Instituto Smithsonian, o programa revela os segredos dos Evangelhos banidos de Maria Madalena, do apóstolo Pedro e de Judas Iscariotes. (Click no link acima para ver o vídeo).
Fonte: uol.com.br
Meu comentário:
Não tive o menor interesse de ler o livro “O Código da Vinci”, mas vi o filme, pois seria mais rápido do ler o livro e eu perderia menos tempo. Assim, desde o início, Dan Brown deixa claro que creu em algo e saiu pra procurar. Ora, ele encontrou material farto para justificar suas decisões preestabelecidas; visto que as lendas européias e os textos — a maioria deles de inspiração gnóstica — que formam o corpo dos evangelhos apócrifos de Tomé, Madalena, Filipe, e outros; são fartos nesse tipo de informação ambígua.
As necessidades psicológicas e religiosas do Século XXI estão sendo chamadas de “descobertas históricas”. Esta, entretanto, é muito mais uma questão para uma analise de natureza psico-social-religiosa do que um debate histórico que possa ser chamado de sério ou relevante do ponto de vista do Novo Testamento.
Quem, todavia, prega o Evangelho, nem deve parar para debater tais questões, mas apenas prosseguir anunciando a Boa Nova, e nunca esquecendo que Paulo disse que dentre as coisas que muito corrompem a fé simples e pura, estão as discussões infrutíferas, e fundadas em lendas e fábulas.
Quem lê os evangelhos apócrifos, a menos que esteja sem qualquer informação procedente dos 4 evangelhos do NT, ou a menos que deliberadamente creia que o que eles dizem é algo de natureza fantasiosa, ou, pelo menos, tendenciosa — não tem como considerar os “evangelhos” e outros textos Coptos ali achados como sendo algo que tenha qualquer valor histórico quanto a “corrigir” os 4 Evangelhos.
Ao contrário, tais textos são úteis apenas para que se saiba como pensavam os membros daquelas seitas, as quais, no primeiro século, tiveram em Paulo seu maior adversário, posto que algumas cartas do apóstolo davam respostas à questões levantadas pelos gnósticos, os quais, de fato, propunham algo que não pode ser chamado de nada que não seja “anti-evangelho”.
Se o tal evangelho tivesse qualquer verdade, ter-se-ía que dizer que os evangelhos, como um todo, seriam obras de uma ficção perversa contra um inocente Judas; o qual, hoje, se pretende ressucitar como um discipulo arrependido, e que não se enforcou em Alcedema, mas que teria sido enviado a peregrinar pelo deserto conforme uma inventada “ordem dada por Jesus” a ele.
Esse “novo Judas” teria sido, portanto, o mais obediente e virtuoso de todos os apóstolos, posto que fez o trabalho sujo, porém imprescindível, e que nenhum outro apóstolo de Jesus teria nem a coragem ou o entendimento para fazer!
Assim, mesmo que me julguem “careta” ou qualquer outra coisa, que todos saibam: para mim tudo isto é COISA DO DIABO; e revela mais um sinal dos tempos, no qual, o filho da perdição, tem que se tornar herói do evangelho, em óbvia preparação mundial para o Judas dos Judas; e que só Deus sabe quando haverá de se levantar na Terra. Ora, esse Judas dos Judas é chamado por Jesus de “abominável da desolação”, por Paulo de “homem da iniquidade”, por João de “anti-cristo”, e pelo próprio João, no Apocalípse, é também chamado de “a Besta”.
De fato um mundo besta como este só pode estar se preparando para seguir a Besta! O fundamento foi posto e é um só! Paulo diria que esse tal evangelho é fruto de inspiração de Satanás vestido de anjo de luz. Estamos assistindo a volta do poder dos Nicolaístas e dos discípulos de Balaão, conforme diz Judas, o irmão de Jesus; e conforme também nos informa João nas 7 cartas contidas na introdução do Apocalípse, nas quais ele usa tais terminologias a fim de descrever o feitiço das seitas gnósticas daqueles dias.
“Passarão os céus e a terra, porém as minhas palavras não passarão”, disse aquele que foi traído pelo Judas histórico! Nele, em Quem o Judas histórico é o filho da perdição, embora somente Ele saiba o que aconteceu entre Ele mesmo e Judas nos momentos finais da existência desse que se tornou a figura arquetípica da traição,

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Profetas maiores e menores - Lição n° 06

Texto Auréo:
“E começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”. (Lc 24:27).

VERDADE PRÁTICA
Embora sejam classificados em maiores e menores, os profetas do Antigo Testamento foram todos, de igual modo, inspirados verbal e plenariamente pelo Espírito Santo de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 9:25-29

COMENTÁRIO:

“Os profetas são divididos entre “profetas escritores”, cujas mensagens estão preservadas como livros no AT, e “profetas oradores”, cujo ministério é descrito, mas não escreveram livros como é o caso de Elias e Eliseu.

No Novo Testamento, foram mencionados por nome os seguintes profetas: Maiores – Isaías, Jeremias e Daniel. Menores – Oseias, Jonas e Joel. Houve profeta, que o seu nome não foi mencionado, mas sim sua profecia, como é caso de Miquéias (Mat 2:5, 6); Amós (Atos 15:15,16).

Em Romanos 9, o apóstolo Paulo cita dois profetas, Isaías e Oseias. Esses dois profetas, não apenas transmitiram a mensagem. Acima de tudo – ELES, foram a própria mensagem.

OSÉIAS
Quem é Deus para nós hoje? Eu o vejo como o Deus de Oséias. O nome de sua esposa é Gomer, uma adultera contumaz, e que aproveita as horas do trabalho do marido para se entregar a todos os prazeres...com outros, muitos outros, especialmente com os inimigos dele. Depois de um tempo Oséias já não era poupado pela esposa. Ela fazia as coisas de modo aberto, sem nenhum pudor.

Gomer não tinha pudor, nem discrição! Ela era capaz de deixar o marido em casa e ir para um motel, recebendo, pela ordem, homens a noite inteira. A paga eles supostamente deveriam deixar na saída, numa caixa. Mas como quase todo homem que busca tais mulheres sonha com a possibilidade de que ele seja tão especial, e melhor do que todos os anteriores, que adoraria ouvi-la dizer: “Esta foi por conta da casa”—; nada ouvindo como cobrança, nada deixavam na caixa, à saída.

Oséias era padeiro. Saía para trabalhar e fazer pão para todos, até para a clientela de sua mulher... Quando ia passando, via a caixa quase vazia. Então, vinha e enchia a caixa de Gomer por ordem do Senhor. Pela manhã ela se gabava de que os seus dotes femininos haviam conquistado todas aquelas coisas... E acrescentava: Só você é que não me dá nada. Se eu dependesse dessa sua honestidade estaria morta de fome.

Oséias nada dizia. Ele apenas ouvia a voz de Deus, que lhe dizia: Sei como tu te sentes, pois é assim que me sinto. Podes tu agora entender a minha dor? Eu amo o meu povo, dou a ele, graciosamente, todas as coisas; mas eles preferem pensar que foram os seus próprios poderes espirituais que os prosperaram. Eu os abençôo apesar deles mesmos, mas eles atribuem a minha benção às suas próprias magias espirituais, inclusive aquelas que eles dizem praticar em meu nome. Sim! eu sou o Deus da Graça e da misericórdia, e demoro imensamente a me irar-me, mas eles me provocam a ira, enganando também aos mais ignorantes do que eles, e em meu nome cobrando remuneração para mim, e por dádivas que eu, o Senhor, dou apenas por minha Graça.

O Deus de Oséias é o marido traído, e que não tem outra saída a não ser continuar amando a sua própria esposa, visto amá-la para além de sua própria dor. O Deus de Oséias é um Deus ferido. Marcado pela tristeza de não se ver reconhecido e percebido, e por amar de tal maneira...mais que tudo. E mesmo assim, não conseguir seduzir aqueles que dizem ter com Ele uma aliança...pois esses tais, amam apenas aquilo que lhes cai na “caixa”.

O Deus de Oséias é amor. Ele não descarta jamais as Suas promessas e nem esquece de ser misericordioso. O Deus de Oséias espera o dia em que Gomer se converta a Ele, e que deixe de lado as suas fantasias, e corra arrependida para os braços Daquele que foi fiel às Suas próprias misericórdias e promessas.

ISAIAS:

Um dia, sem maiores explicações, como costuma fazer, Deus disse ao Seu servo Isaias para andar nu, assim como disse para Ezequiel para cozinhar e comer sua comida sobre fezes humanas.

De vez em quando Deus faz assim. Cria uma cena... e a mensagem é entendida!
Jeremias também teve seu quinhão de “mico a pagar” a fim de fazer a mensagem de Deus ser entendida.

Se alguém quer ser de fato mensageiro de Deus, fique também preparado para a possibilidade de a vida ter que se tornar a parabolização ou a caricatura da própria mensagem — tudo isso para chamar a atenção da consciência das pessoas.

O próprio Ezequiel já havia “desempenhado alguns papéis” conforme o roteiro divino. Recentemente ele havia simulado o cerco de Jerusalém tendo que ficar andando em volta de uma “maquete” da desgraça...

Talvez assim os estúpidos pudessem enxergar... Mas quem creria?
Ao olharmos para o Profeta nu (Isaías) — vemos que Deus, não raramente, usa um tipo de marketing que a “Igreja” jamais aceitaria.

O profeta chama atenção pelo que ele encarna — mesmo que isto o descarne!
A “Igreja” tenta fazer propaganda daquilo que ela não é — e com certeza não está disposta a ser!
O marketing do profeta é o anti-marketing para a “igreja”.

O profeta tem que comer excremento forçado. A “igreja” esconde que come excremento, e faz propaganda de cereja. O profeta anda nu, mas está espiritualmente vestido, a igreja (como Laodicéia) está nua, apesar de estar vestida com muitos moralismos.

Irmãos, sei que é duro ouvir o que falei, mas quem pode dizer que não é verdade?
Hoje, quando vejo toda essa onda de marketing cristão, fico pensando para quê.
De fato, a Igreja não precisa de Propaganda se ela for um fato, uma realidade, e não uma projeção, um holograma!

Ela não está aqui para ser conhecida. Ela está aqui para fazer Jesus conhecido pelo amor com o qual os irmãos amam-se uns aos outros.
Quem faz o marketing da Igreja é o Espírito, quando cura, restaura, consola, estabelece a vitória da Graça sobre a culpa, e expele demônios ocupando Ele mesmo o coração antes mal-habitado.

Não estou dizendo que a igreja não deva usar os meios de comunicação para pregar o evangelho. Problema, é que a “igreja” não usa tais meios para divulgar a Palavra, mas para falar bem de si mesma: seu poder, seu sucesso, sua grandeza, sua capacidade de influenciar na política, sua força espiritual e sua grandeza terrena.

Quando a alma da “igreja” está tão cega assim —que não pode se enxergar—, Deus manda o profeta viver pelado, andar em círculos, usar cinto podre, esconder comida no chão, casar com uma prostituta e perdoá-la sempre, e até comer... fezes humanas, com a graciosa variável de que, quem sabe, dependendo do estômago do profeta, possa haver uma leve troca no cardápio: ao invés de ser ...de gente, pode ser... de boi.