sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Não olhe para trás, vença o passado (parte 02) - Pr. Juber Donizete


Não olhe para trás, vença o passado (Parte 01) - Pr. Juber Donizete


“Devemos amar os muçulmanos”, lembra Irmão André da Missão Portas Abertas


Durante décadas, o missionário conhecido como Irmão André dedicou sua vida a levar o Evangelho até alguns dos lugares mais ‘escuros’ do planeta. Conhecido como o ‘contrabandista de Deus’, em 1955, ele começou a transportar Bíblias para os países comunistas e apoiar a Igreja nos lugares onde ela era proibida.

Surgia a Missão Portas Abertas, uma das mais conhecidas do mundo quando se fala sobre cristãos perseguidos. No início da década de 1970, ele percebeu que o comunismo estava morrendo e um novo mal estava tomando seu lugar no quesito perseguição: o Islã.

Desde então o Portas Abertas ampliou seu raio de atuação e hoje o ministério apoia a Igreja sofredora em mais de 60 nações. Anualmente, a missão publica uma lista com um ‘ranking’, mostrando onde a perseguição aumentou ou arrefeceu. Também faz continuamente campanhas de oração e distribuição de material de conscientização, além de ajudar centenas de cristãos que passam por esse tipo de problema no mundo todo.

O irmão André já se reuniu com líderes de grupos radicais como Hezbollah, Hamas e Talibã, e pede que a igreja lembre: “Devemos amar os muçulmanos, tanto quanto amamos os outros cristãos”.
“Acho que até o mais radical dos muçulmanos precisa receber a Palavra de Deus. Eles estão provavelmente à espera de alguém que quebre a barreira e diga-lhes que Deus os ama também”, assegura.

Diante da crescente onda de atentados realizados por muçulmanos extremistas, ele pede que os cristãos não se deixem levar pela onda de rejeição das pessoas que professam a fé islâmica. “Minha experiência me mostra que quanto mais radical uma pessoa é, mais receptiva está à Palavra de Deus”.

Ele explica que os cristãos não podem perder o foco nem deveriam ter medo dessas pessoas, mas lembrar-se que só nós temos a ‘resposta’. “O que estamos fazendo com ela? Que Deus tem misericórdia de nós”. Com informações Christian News, via Gospel Prime.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Estado Islâmico - Afinal quem são eles?

Também conhecido como Isis, sigla em inglês para Estado Islâmico do Iraque e da Síria, o Estado Islâmico (EI) é um grupo muçulmano extremista fundado em outubro de 2004 a partir do braço da Al Qaeda no Iraque. É formado por sunitas, o maior ramo do islamismo. Entre os países muçulmanos, os sunitas são minoria apenas entre as populações do Iraque e do Irã, compostas majoritariamente por xiitas. Em janeiro de 2014, o Estado Islâmico declarou que o território sob seu controle passaria a ser um califado, a forma islâmica de governo.
grupos islamicos
Os sunitas radicais do EI consideram que os xiitas são infiéis e devem ser mortos. Aos cristãos, os extremistas dão três opções: a conversão, o pagamento de uma taxa religiosa ou a pena de morte.
No Iraque, o EI tenta se aproveitar da situação conflituosa entre curdos, árabes sunitas, cristãos e xiitas, que atualmente governam o país, para ampliar sua área de controle. Lá, tem a simpatia dos iraquianos sunitas, que estiveram no poder durante as décadas de governo Saddam Hussein, perseguindo a maioria xiita. Atualmente, os sunitas são perseguidos pelo governo xiita. Na Síria, o EI também tem a simpatia de parte dos rebeldes que lutam contra o governo de Bashar Al Assad.


etnias islamicas
“Eles não reconhecem a legitimidade dos Estados que foram implementados no Oriente Médio, a partir dos interesses ocidentais, e então, simbolicamente, por exemplo, queimam os passaportes, as identidades nacionais. Eles querem criar uma identidade árabe, mas com base numa sustentação sunita do Islã”, explica o professor da Universidade de Brasília (UnB) Pio Penna, diretor-geral do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (Ibri).
Segundo Penna, a desestabilização do governo xiita no Iraque, que não soube se articular com os sunitas, outro ramo do islamismo, e com os curdos, etnia que vive no Norte do país, foi o cenário propício para a expansão do Estado Islâmico. “O governo xiita não soube fazer uma composição adequada e sua legitimidade foi erodida. O Estado Islâmico foi explorando essas brechas, principalmente na região Norte do país”, disse. Para o professor, os Estados Unidos não conseguiram cumprir a promessa de levar democracia ao Iraque após a invasão de 2003, que resultou na queda de Saddam Hussein, e o Estado iraquiano foi se “esfacelando”.
“O nome inicial era Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que é a região da Síria. Eles ganharam tanta confiança que mudaram o nome para Estado Islâmico, tirando a dimensão regional. A noção do califado é voltar ao império árabe muçulmano”, diz Penna.
Grandes potências, como os Estados Unidos, a Alemanha, o Reino Unido e a França, elevaram suas preocupações e anunciaram a ampliação do apoio, com efetivos militares e armas, à resistência contra o EI – composta por curdos e xiitas, no Iraque.
Desde 8 de agosto do ano passado, o governo norte-americano realiza ataques aéreos a alvos do Estado Islâmico. Apesar das ameaças do grupo de matar outro jornalista refém, caso os ataques não fossem interrompidos, os Estados Unidos mantêm as ofensivas no Norte do Iraque, em apoio às forças curdas.

Financiamento

Embora ainda não haja comprovação, as suspeitas indicam que boa parte dos recursos que financiam o grupo vêm de doadores privados de países do Golfo Pérsico. Apesar do apoio de combatentes de várias nacionalidades, o extremismo e a crueldade com que o Estado Islâmico atua é visto como ameaça pelos próprios sunitas moderados, que detêm o poder político em outros países da região, como Jordânia, Arábia Saudita e Turquia.

Militantes

A maior parte dos militantes do Estado Islâmico vem de nações árabes, entre elas, a Arábia Saudita, o Marrocos e a Tunísia. Estima-se que cerca de 3 mil cidadãos de países ocidentais também estejam entre os combatentes. Alguns levantamentos indicam que as nacionalidades dos voluntários do EI chegam a mais de 80.

Fonte: http://www.ebc.com.br/noticias/internacional/2015/01/estado-islamico-entenda-origem-do-grupo