segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Bispo Macedo ora e unge Bolsonaro no Templo Salomão


Presidente se ajoelhou diante do altar e se emocionou com a oração.
Edir Macedo unge Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução / Youtube)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, visitou o Templo de Salomão neste domingo (1), da Igreja Universal do Reino de Deus, em São Paulo.
Bolsonaro recebeu uma oração do bispo Edir Macedo, que afirmou que através do presidente da República estava orando por toda a nação.


“Eu queria convidar o nosso presidente da República, sua excelência presidente Jair Bolsonaro, por favor. Eu vou fazer uma oração por ele, e orando por ele eu estarei orando por 210 milhões de brasileiros. Amém!”, disse Macedo.

Bolsonaro está em São Paulo para ser submetido a nova cirurgia, para correção de hérnia incisional, segundo nota divulgada pelo doutor Ricardo Peixoto Camarinha.
MEU COMENTÁRIO: Como um cristão eu oro pelo presidente Jair Bolsonaro para que faça um bom governo, pela cirurgia que terá que ser submetido. 
Agora, penso que estamos assistindo uma situação diferente em nosso Brasil, no que tange a relação de um presidente da República e os evangélicos. Interessante é que Bolsonaro não é evangélico, sua esposa Michele sim. Mesmo tendo sido batizado no Jordão pelo Pr. Everaldo, Bolsonaro quando perguntado diz que é católico. 
O presidente nos últimos 13 anos se aproximou da chamada bancada evangélica quando era ainda deputado federal e juntamente com eles defenderam algumas bandeiras em comum como luta contra projeto de Lei sobre a Homofobia, Kit Gay, Família, e depois lutaram contra o PT e a esquerda.
A história diz que o Brasil já teve dois presidentes protestantes: Café Filho (1954/1955) e o militar Ernesto Geisel (1974-1979). O primeiro era presbiteriano e o segundo luterano. Mas esse fato não é de conhecimento geral, nem todo mundo sabe disso. A maioria no Brasil pensa que o país nunca teve um presidente protestante.
Nos Estados Unidos é comum ver pastores sendo conselheiros espirituais de presidentes, orações nas posses, influência em temas religiosos. No Brasil, isso é visto como novidade. 
Bolsonaro que até a sua posse tinha como cicerone no meio evangélico, o ex-senador Magno Malta, que depois foi escanteado agora tem muita gente querendo tirar uma casquinha, para não dizer outra palavra, como por exemplo Silas Malafaia, o próprio pastor da igreja da esposa dele, e agora o Macedo.
Um bispo evangélico ungir e dizer que está consagrando um presidente da República como se fosse um profeta do Antigo Testamento ungindo um rei de Israel, eu achei exagerado, mais jogada de marketing do que algo espiritual, sem fundamento nenhum dentro do contexto do Novo Testamento. Mas falar isso para o Macedo que criou uma igreja com ênfase em exorcismos, e foi logo misturando elementos protestantes, católicos e até de cultos amerindios é chover no molhado.


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