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Pr. Juber
ResponderExcluirOs 144 mil são os salvos de todas as eras ou judeus do período da tribulação que ainda está por vir?
Gevanildo, observe que os filhos de Deus são selados em “suas frontes”. No capítulo 14 encontramos outra vez essa mesma multidão selada em suas frontes, os 144.000. Ali lemos que eles têm em suas frontes o nome do Cordeiro e o nome do Pai. Esse nome, com toda probabilidade é o selo cf. Também Ap 22:4).
ResponderExcluirJoão ouve o número dos selados. Ele não vê seu número exato, pois esses selados estão ainda na terra. Só Deus sabe quantas pessoas realmente seladas há sobre a terra. O número é 144.000. Esse, é claro, é um número simbólico. Primeiro o número três, indicando a Trindade, é multiplicado por quatro, indicando o número de toda a criação, pois os selados vem do leste, do oeste, do norte e do sul. Três vezes quatro resulta em doze. Esse número indica: a Trindade (3) operando no universo (4). Quando o Pai pelo Filho no Espírito executa sua obra salvadora na terra – o divino (3) operando no universo (4) – vemos na antiga dispensação os doze (3 x 4) patriarcas e, na nova, os doze apóstolos. Para chegar à compreensão da Igreja da antiga e da nova dispensações temos de multiplicar doze por doze. Isso nos dá 144.
Em completa harmonia com essa representação, lemos em Apocalipse 21 que a cidade santa de Jerusalém tem doze portões e doze fundamentos. Sobre os doze portais estão escritos os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. Nas doze fundações estão escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro (21:9-14). Lemos, também, que o número é de 144 cúbitos de altura (21:17).
É bem claro, portanto, que a multidão dos selados de Apocalipse 7 simboliza a totalidade da Igreja da antiga e da nova dispensações. A fim de enfatizar o fato de que não é pequena a referida porção da Igreja, mas toda a Igreja militante, esse número 144 é multiplicado por mil. Um mil é 10x10x10, que indica um cubo perfeito, isto é, uma completa reduplicação. (Ver Apocalipse 21:16) Os 144.000 indivíduos selados das doze tribos de Israel literal simbolizam o Israel espiritual, a Igreja de Deus na terra.
É errado dizer que o símbolo significa, em última instância, Israel segundo a carne. O apóstolo, certamente, sabia que dez das doze tribos haviam desaparecido na Assíria, ao menos em grande parte, enquanto que Judá e Benjamim haviam perdido sua existência nacional quando da queda de Jerusalém, em 70 A.D. Além disso, se o texto dizia respeito a Israel segundo a carne, por que Efraim e Dã seriam omitidos? Certamente, nem todos os da tribo de Dã estariam perdidos. Novamente, observe a ordem na qual as tribos estão organizadas. Não a tribo de Rubem, mas Judá é mencionada primeiro. Lembre-se de que nosso Senhor Jesus Cristo era da tribo de Judá (Gn 49:10). Mesmo o fato de esse número exato, doze mil, ser selado de cada tribo – harmonia em meio à variedade – deveria se suficiente para indicar que estamos lidando com um símbolo, como já indicado. Quanto ao significado desse símbolo, também não somos deixados no escuro. Em primeiro lugar, o próprio número, sendo o produto de 144 vezes um mil, é plenamente explicado em Apocalipse 21, conforme já demonstramos. Segundo, esse capítulo ele deve indicar a Igreja da antiga e da nova dispensações. Além disso, no capítulo 14 vemos, novamente, essa mesma multidão, os 144.000. Aí nos é dito explicitamente que esses são os que foram comprados da terra. Representam aqueles que seguem o Cordeiro por onde quer que vá, e a totalidade da Igreja militante, portanto, tal como também é claramente ensinado em Apocalipse 22:4. Cristo, havendo-os comprado com seu precioso sangue, possui-os, e o Pai (por Cristo, no Espírito) protege-os. Deixe que os ventos soprem; eles não causarão dano ao povo de Deus. Deixe que venham os juízos; eles não causarão mal aos seus eleitos!