terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Cristãos devem se tornar minoria nos EUA, e religião está cada vez mais americanizada

 ‘Heresias’ como a teologia da prosperidade, a religião da autoajuda e o nacionalismo cristão chauvinista se mantêm fortes

Ross Douthat

Alexandria Beightol, democrata, em frente à igreja metodista que frequenta na Flórida Scott McIntyre/NYT

THE NEW YORK TIMES – Em setembro, o Centro de Pesquisas Pew elaborou modelos de quatro futuros potenciais para a religião nos Estados Unidos, a depender de diferentes taxas de conversão e desafiliação das fés do país.

Em três das quatro projeções, a porcentagem de cristãos na população americana, que girava em torno de 90% nas décadas de 1970 e 1980, ficou abaixo de 50% para o próximo meio século. Em dois cenários, a participação cristã cai abaixo de 50% muito antes, por volta de 2040, e depois continua caindo.

Esta é uma transição potencialmente histórica, mas que tipo de transição? Em direção a uma América verdadeiramente secular, com “Imagine” de John Lennon como seu hino nacional? Ou em direção a uma sociedade repleta de formas de espiritualidade novas ou remixadas, todas competindo pelas almas dos antigos católicos, dos ex-metodistas unidos, dos infelizes sem igreja?

Dez anos atrás, publiquei um livro intitulado “Bad Religion: How We Became a Nation of Heretics” (religião ruim, como nos tornamos um país de hereges), que oferecia uma interpretação da mudança do cenário religioso do país, o acentuado declínio da fé institucional depois dos anos 1960.

Antes que o aniversário do livro passe despercebido, pensei em revisitar o argumento, para ver como ele funciona como um guia para nossa sociedade hoje mais descristianizada.

O que o livro propunha era que “secularização” não era um rótulo útil para a transformação religiosa americana. Em vez disso, a cultura americana parece “tão obcecada por Deus hoje quanto sempre” –ainda fascinada pela figura de Jesus de Nazaré, ainda em busca do favor divino e da transcendência.

Mas é muito menos provável que esses interesses e obsessões sejam canalizados por meio de igrejas, protestantes e católicas, que mantêm alguma conexão com as ortodoxias cristãs históricas.

Em vez disso, o antigo impulso nacional em direção à heresia –a revisões personalizadas da doutrina cristã, atualizações americanizadas do evangelho– enfim completou sua vitória sobre instituições e tradições cristãs. O resultado é um cenário dominado por ideias cristãs populares que “enlouqueceram”, como disse G.K. Chesterton, “pois foram isoladas umas das outras e estão vagando sozinhas”.

Essa América tem uma igreja de amor-próprio, com profetas como Oprah Winfrey pregando um evangelho do eu divino, uma espiritualidade do “Deus Interior” que arrisca transformar o egoísmo em virtude.

Tem uma igreja da prosperidade, com figuras como Joel Osteen, que insiste que Deus não deseja nada mais a seus eleitos do que o sucesso capitalista. E tem igrejas pregando a redenção por meio do ativismo político –um nacionalismo cristão de direita, alternadamente messiânico e apocalíptico—, e um utopismo de esquerda, convencido de que o arco da história sempre se curva a seu favor.

Essas heresias, argumentei, são mais importantes para entender a verdadeira influência da religião na América do que qualquer coisa que saia da Igreja Católica Romana ou da Convenção Batista do Sul.

Você pode entender nossa situação espiritual mais completamente lendo “O Código Da Vinci”, “Comer, Rezar, Amar” e “Sua Melhor Vida Agora” do que folheando uma encíclica papal (ou, nesse caso, uma polêmica ateísta). E você pode ver mais da influência duradoura, mas agora deformada, do cristianismo nos hinos à celebridade de will.i.am a Barack Obama em 2008, ou nos reavivamentos direitistas de Glenn Beck alguns anos depois, do que em qualquer autoridade cultural ainda ligada ao Novo Testamento ou ao Credo Niceno. Essa era minha tese em 2012. Dez anos depois, a estrutura se manteve?

De certa forma, obviamente sim. Considere o fenômeno peculiar de Donald Trump, um aparente pagão que de alguma forma conseguiu assumir a liderança do partido político mais religioso do país e depois ser tratado por alguns de seus membros mais zelosos como uma espécie de rei ungido.

A ascensão de Trump foi um testemunho da força das principais heresias –a teologia da prosperidade, a religião da autoajuda e um nacionalismo cristão chauvinista– dentro da direita religiosa.

Notavelmente, a principal conexão institucional de Trump com o cristianismo foi sua presença há muito tempo na igreja de Norman Vincent Peale em Manhattan, na época em que Peale era famoso como o guru da autorrealização espiritual, autor de “O Poder do Pensamento Positivo”.

Como um empresário celebridade e vendedor agressivo, Trump acabou se tornando um defensor natural dos herdeiros mais direitistas de Peale, reunindo aliados do reino de pastores famosos e pregadores da prosperidade. Enquanto isso, como um tribuno da grandeza americana, ele acabou apelando para as partes mais nacionalistas do evangelismo –incluindo eleitores que eram mais propensos a se identificar com o cristianismo como um marcador cultural de “americanidade” do que a realmente frequentar a igreja.

Enquanto o trumpismo estava sendo aprovado por heresias de direita, o liberalismo na era Trump acabou infundido pela heresia em um grau que nem eu esperava. A ideia de despertar não aparecia em “Bad Religion”, que surgiu antes da nova onda de ativismo no campus, antes de Vidas Negras Importam e #MeToo e da era da diversidade-equidade-inclusão. Mas o “Grande Despertar” é um exemplo perfeito de energias espirituais cristãs separadas da crença ortodoxa –uma versão do revivalismo protestante despojado da dogmática protestante, mas mantendo um zelo cruzadista, uma retórica de conversão, confissão e transformação moral, uma necessidade às vezes frenética de expulsar o mal e o impuro.

O progressismo da justiça social tem muitas influências, é claro. Mas deve ser entendido, em parte, como um descendente espiritual do puritanismo, ocupando o “locus” do poder puritano (as velhas cidadelas protestantes da Ivy League e do establishment do nordeste americano), adaptando o velho espírito do perfeccionismo moral a um novo conjunto de questões e demandas.

Assim, tanto para a direita quanto para a esquerda, a estrutura da nação dos hereges ainda parece útil. Mas então a questão, e o desafio para minha tese agora, é exatamente até onde o declínio do cristianismo pode ir antes que um termo como “heresia” deixe de ser analiticamente apropriado. Porque em algum ponto, presumivelmente, a influência do cristianismo torna-se meramente genealógica, e você tem que dar crédito aos experimentadores espirituais por alcançar um território religioso diferente.

Um núcleo da prática e da crença cristã neste país parece relativamente resiliente. Mas a ideia de uma “nação de hereges” partia do pressuposto de muitos americanos com laços frouxos com o cristianismo– frequentadores de igrejas no Natal e na Páscoa, pessoas criadas com pelo menos alguma ideia dos princípios da fé. E são os menos afiliados que mais se distanciaram nos últimos anos, atenuando ainda mais as conexões entre o cristianismo e seus possíveis rivais ou sucessores.

Quando eu estava escrevendo “Bad Religion”, ainda havia interesse pelos vários projetos do “Jesus histórico”, as reconstruções acadêmicas que prometiam entregar um Jesus mais adequado aos pressupostos espirituais dos Estados Unidos da era moderna. E parecia haver um forte incentivo cultural para recrutar alguma versão do Nazareno –como fez Dan Brown em “O Código Da Vinci”, por exemplo– para seu projeto espiritual pessoal, para ganhar a bênção de Jesus por deixar a ortodoxia cristã para trás.

Hoje, porém, minha sensação é de que o próprio Jesus é menos central culturalmente, menos necessário para os empreendedores religiosos –como se aonde os americanos estivessem indo agora, em suas explorações pós-cristãs, eles não quisessem ou precisassem de sua bênção. Essa mudança de prioridades não nos diz exatamente para onde eles estão indo. Mas basta dizer agora que o rótulo “pós-cristão” se encaixa na tendência geral da espiritualidade americana mais do que uma década atrás.

Esse tipo de mudança mostra a imprevisibilidade do futuro religioso, tanto quanto sua inevitabilidade. O relatório Pew, notavelmente, trata um cenário hipotético de “status quo” –ninguém mudando de religião– como seu melhor caso para o futuro do cristianismo na América. Não há um cenário em que o crescimento cristão retorne, em que uma parcela maior da América seja cristã em 2050 do que hoje.

Eu não esperaria que um cientista social previsse esse tipo de reversão. Mas o Advento e o Natal não são sobre tendências que se prolongam, como antes; são sobre ruptura, renovação, renascimento. É disso que o cristianismo americano precisa agora –agora como sempre, agora como naqueles primeiros dias, quando todo o seu futuro estava contido no mistério e na vulnerabilidade de uma mãe e um filho.

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

Fonte: https://universomovieforward.com/2022/12/26/cristaos-devem-se-tornar-minoria-nos-eua-e-religiao-esta-cada-vez-mais-americanizada/


quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Pr. Ciro Sanches Zibordi ministra na EBOL em Uberlândia

 


Foto com o Pr. Ciro Sanches Zibordi que ministrou hoje (14/12/2022) na EBOL realizada na sede da ADMP em Uberlândia. Acompanho o ministério do Pr. Ciro desde quando na década de 90 escrevia colunas no jornal Mensageiro da Paz. A partir de 2008 quando criei o blog Cristianismo Radical passamos a enteragir via blog porque ele também é blogueiro. Foi um prazer reencontrá-lo novamente. É a segunda vez que o Pr. Ciro ministra em nossa igreja, a primeira vez foi por volta do ano de 2010.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Haverá templo judeu, sacerdócio levítico e sacrifícios no milênio?

 


Na presente revista da CPAD que trata sobre escatologia como também nos comentários e subsídios feitos pelos blogueiros, percebi que ninguém animou a falar de uma polêmica que envolve o dispensacionalismo e o milênio e defensores famosos como J. Dwight Pentecost, onde é defendida a tese de que no milênio haverá um templo judeu com classe sacerdotal, sacrifícios e um Rei Davi ressurreto como regente milenial.


O Dispensacionalismo como já foi dito aqui  no blog em outras postagens, é um sistema doutrinário recente no seio do cristianismo, tendo em vista seu sistema codificado, ele possui cerca de 250 anos ao passo que a história do cristianismo tem 2.000 anosPossui vertentes brandas e exageradas. Equilibrados e extremados, isso no âmbito da Lei e da Escatologia.

A versão mais recente desse teoria é a do dispensacionalismo progressista, que em alguns pontos se afastou de alguns posições da versão clássica e se aproximou um pouco do amilenismo, do pré-milenismo histórico e do pós-milenismo. Por isso, o tema abordado nesta postagem, não significa que é compartilhado por todos os dispensacionalistas. O comentário da lição da CPAD sobre essa lição, prefiriu omitir essa parte, para evitar polêmica.

A questão de se no Milênio haverá sacrifícios.


O Absurdo - O Templo, com seu sistema sacerdotal e sacrificial, serão restaurados no milênio! A interpretação nasce de um equívoco em considerar as profecias de Ezequiel, em sua maioria, literal e aplicando ao milênio.

I. O Templo: O dispensacionalista J. Dwight Pentecost, no Manual de Escatologia afirma a respeito da interpretação ‘correta’ das visões de Ezequiel: “[...] temos aqui uma previsão do templo construído na era milenar. Essa parece ser uma sequencia adequada e inteligente às profecias precedentes.” (p.519), cita então Merril F. Unger para corroborar sua posição de que: “O templo de Ezequiel é um santuário literal e futuro a ser construído na Palestina como esboçado durante o milênio.” (Manual de Escatologia, p.521).

As dimensões do templo das visões de Ezequiel são levadas a sua literalidade (p.521), sendo assim demonstrado que tal interpretação está bem definida nessa direção. Até o local para a sua construção, “uma montanha que será miraculosamente preparada para esse propósito” (Manual de Escatologia, p. 520)

II. O sistema sacerdotal: O sistema sacerdotal que será restaurado no milênio, segundo os dispensaccionalistas, é semelhante ao arônico, mas não necessariamente o mesmo. Existem diferenças e semelhanças. Que semelhanças são essas? J. D. Pentecost usa texto de Ezequiel e afirma:

“Existem certas semelhanças entre os sistemas arônico e milenar. No sistema milenar encontramos o centro da adoração num altar (Ez 43.13-17), onde o sangue é aspergido (43.18), e são oferecidos holocaustos, ofertas pelo pecado e culpa (40.39). A ordem levítica é restituída, já que os filhos de Zadoque são escolhidos para o ministério sacerdotal (43.19). A oferta de manjares está incorporada ao ritual (42.13). Existem rituais prescritos para a purificação do altar (43.20-27), dos levitas que ministram (44.25-27) e do santuário (45.18). Haverá observação das luas novas e dos sábados (46.1). Sacrifícios serão oferecidos diariamente pela manhã (46.13). Heranças perpétuas serão reconhecidas (46.16-18). A Páscoa será novamente observada (45.21-15) e a festa dos tabernáculos torna-se um acontecimento anual (45.25). O ano do jubileu observado (46.17). Há semelhanças nos regulamentos dados para governar o modo de vida, o vestuário e o sustenta da ordem sacerdotal (44.15-31). O templo no qual esse ministério é executado torna-se novamente o local onde se manifesta a glória de Jeová (43.3-5). Percebemos então que a forma de adoração no milênio terá grande semelhança com a velha ordem arônica.” (Manual de Escatologia, pp. 524,525).

Embora segundo Pentecost, o que mais importa são as diferenças e não as semelhanças, mas ambas são preocupantes. Achar que por ter diferenças, torna mais sublime, é um meio de nublar toda a problemática. Até mesmo nas diferenças, algumas coisas estranhas são apresentadas. Pois sugerem até que tal Templo e sacerdócio terá um “rei-sacerdote da ordem de Melquisedeque, talvez Davi ressurreto [...]” (p. 529)!!!

III. O sistema sacrificial: Segundo os defensores dessa visão, os sacrifícios serão comemorativos e não expiatórios. Diz J. D. Pentecost que nem no VT os sacrifícios eram expiatórios, pois apontavam a Cristo, assim também serão os sacrifícios no milênio dispensacional: “Que insensatez argumentar que um ritual poderia realizar no futuro o que nunca pôde ser realizar, ou realizou, ou foi projetado para realizar no passado.”(Manual de Escatologia, p. 530). Os sacrifícios, então, “serão memoriais quanto ao caráter” escreveu o dispensacionalista. Enquanto no VT era algo que apontaria para o futuro, os sacrifícios do milênio dispensacionalista, serão em retrospectiva (p. 531).

Os sacrifícios de animais durante o milênio, proposto na escola dispensacionalista, talvez guiado por Davi, exercerá uma mesma função semelhante da santa ceia. Veja:

“o pão e o vinho da ceia do Senhor são, para o crente, símbolos e memoriais físicos e materiais da redenção já adquirida. E esse será o caso com os sacrifícios reinstituídos em Jerusalém; eles serão comemorativos, como sacrifícios antigos se davam em perspectivas.” (Manual de Escatologia, p. 532).


Refutações:

1. "Assim também as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. A Escritura não diz: "E aos seus descendentes", como se falando de muitos, mas: "Ao seu descendente", dando a entender que se trata de um só, isto é, Cristo". Gálatas 3:16.

2. "De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?
12 Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.
13 Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence a outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar,
14 Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio.
15 E muito mais manifesto é ainda, se à semelhança de Melquisedeque se levantar outro sacerdote,
16 Que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível.
17 Porque ele assim testifica: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque.
18 Porque o precedente mandamento é abrogado por causa da sua fraqueza e inutilidade
19 (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus.
20 E visto como não é sem prestar juramento (porque certamente aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes,
21 Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque,
22 De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador.
23 E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer,
24 Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.
25 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.
26 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus;
27 Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.
28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre".  A carta aos Hebreus capítulo 7:11-28.

3. O problema seria totalmente resolvido se os dispensacionalistas aceitassem que o NT nunca fez uma aplicação dessas. A interpretação neotestamentária é totalmente diferente a respeito de realidades sacrificiais, sacerdotais e do templo, não tendo nunca um cumprimento futuro, em uma roupagem escatológica. Mas sempre como sombras, algo passageiro, envelhecido e que desapareceria, (Hebreus 8:13).

4. Qualquer menção que a Bíblia faça de reis e sacerdotes sobre a terra (Ap 5.10), e no chamado milênio (Ap 20.4-6), deve ser norteada pela revelação posterior a Ezequiel, que é o Novo Testamento: "Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo,
9 "Que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço;
10 Consistindo somente em comidas, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção.
11 Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
12 Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção". Hebreus 9:8-12.

5. A mesma palavra usada em hebraico usada em Ezequiel 45.15, etc., é usada em Levítico 16.6, etc. E o que sabemos, é que a palavra “expiar”significa “cobrir, reconciliar, propiciar, pacificar” (Dicionário Vine, p.122). Não significa, por certo, “celebrar, relembrar, comemorar”, como desejam os defensores do dispensacionalismo.
6. O NT classifica a Igreja como templo de Deus, seus membros como sacerdotes, seus serviços como adoração, seus sacramentos como memorial e sinal, o sacrifício de Cristo, como único e suficiente. Há diante de Deus há um povo (Efésios 2:14).

7. Quanto a regência de Davi no milênio, deve-se lembrar que quando o apóstolo Tiago fez menção da profecia de Amos 9:11 onde está escrito que o Tabernáculo caído de Davi seria levantado, ele faz uma aplicação da passagem direto para a igreja ao falar da inclusão dos  gentios dentro da comunidade cristã (Atos 15:13-21). Paulo vai na mesma linha ao falar das bençãos de Abraão, dizendo que as mesma chegaram aos gentios através de Cristo, (Gálatas 3:16,28,29). Ou seja, assim como em Efésios, novamente em Gálatas noção de um só povo - Igreja, não mais judeu nem gentio.

Agora, para advogar a construção de um templo judeu, justamente onde estão a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha é querer que ali inicie a Terceira Guerra Mundial.

monte do Templo (em hebraico: הר הבית, transl. Har Ha-Bayit), em alusão ao antigo templo, conforme é conhecido pelos judeus e cristãos, também chamado Nobre Santuário (الحرم الشريف, transl. al-Ḥaram al-Šarīf) pelos muçulmanos, é um lugar sagrado para judeuscristãos e muçulmanos, sendo também um dos locais mais disputados do mundo. Lá se encontram a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, construídos no século VII e que estão entre as mais antigas estruturas do mundo muçulmano. Por essa razão, o lugar é também referido pela imprensa como Esplanada das Mesquitas.

Trata-se do local mais sagrado do judaísmo, já que é no monte Moriá que se situa a história bíblica do sacrifício de Isaac. Para os muçulmanos, lá teria ocorrido o sacrifício de Ismael. O lugar da "pedra do sacrifício" (a Sagrada Pedra de Abraão) foi eleito pelo rei David para construir um santuário que albergasse o objeto mais sagrado do judaísmo, a Arca da Aliança. As obras foram terminadas por Salomão no que se conhece como Primeiro Templo ou Templo de Salomão e cuja descrição só conhecemos através da Bíblia, já que foi profanado e destruído por Nabucodonosor II em 587 a.C., dando início ao exílio judaico na Babilónia.

Anos depois foi construído o Segundo Templo, que voltou a ser destruído em 70 d.C. pelos romanos, com a exceção do muro ocidental, conhecido como Muro das Lamentações, que ainda se conserva e que constitui o lugar de peregrinação mais importante para os judeus. Segundo a tradição judaica, é o sítio onde deverá construir-se o terceiro e último templo nos tempos do Messias.

É o terceiro lugar mais sagrado do islamismo, por se referir à jornada de Maomé de Meca a Jerusalém e sua ascensão ao paraíso . O local é também associado a vários outros profetas - assim considerados tanto por judeus quanto por muçulmanos.

A maioria dos evangélicos no Brasil são oriundos das igrejas pentecostais e neopentecostais. As assim chamadas históricas ou reformadas estão em menor número. Como os pentecostais abraçaram o ensino dispensacionalismo/pré-milenista e pré-tribulacionista, creem que Israel tem um papel central a desempenhar na escatologia.

O dispensacionalismo diga-se de passagem é algo relativamente novo na história do cristianismo, algo em torno de 200 anos. Já a idéia de construir em Jerusalém o terceiro templo, é mais recente ainda, vem sendo difundida depois da fundação do moderno Estado de Israel em 1948.

 Assim, na linha dispensacionalista ensinam que Israel construirá o terceiro templo onde está hoje o Domo da Rocha dos muçulmanos, que o Anticristo se assentará nesse templo durante a Grande Tribulação e que no Milênio, Israel voltará a ter sacrifícios de animais, ministério levítico e o falecido Rei Davi ressurgirá e será o regente. Nesta forma de pensar, seria como dizer que para Jesus voltar novamente, esse templo o tem que estar pronto ou pelo menos em construção.

 Essa interpretação não encontra respaldo no Novo Testamento, pois quando Jesus conversa com a mulher samaritana em João capítulo 4, e em vez de enfatizar a vinda do Messias relacionada ao templo ele diz que ” a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”. João 4:21,23.

 No mesmo livro de João no capítulo sete, fala que Jesus vai a Jerusalém e era o último dia da festa dos Tabernáculos. A Festa dos Tabernáculos tinha dois aspectos distintos na época do Templo. Uma parte da festa era consagrada ao louvor e ações de graça. Era um cortejo glorioso de sacerdotes vestidos de branco, instrumentos musicais, corais. Os levitas se faziam acompanhar por músicos em instrumentos de corda, sopro e percussão durante a recitação dos Salmos 113 a 118.

 O toque das trombetas convocava o povo, que se postava nas ruas para assistir à marcha dos sacerdotes que iam ao tanque de Siloé, enchiam uma vasilha de prata de água e depois rumavam para o templo e a derramavam no altar.

 E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado. João 7:37-39.

 A Festa dos Tabernáculos tem um significado profético. O profeta Amós, antevendo a vinda do Messias, escreveu: “Naquele dia levantarei o tabernáculo caído de Davi, repararei as suas brechas, e, levantando-o das suas ruínas restaurá-lo-ei como fora nos dias da antiguidade”. (Amós 9.11). Quanto a regência de Davi no milênio, deve-se lembrar que quando o apóstolo Tiago fez menção da profecia de Amos 9:11 onde está escrito que o Tabernáculo caído de Davi seria levantado, ele faz uma aplicação da passagem direto para a igreja ao falar da inclusão dos gentios dentro da comunidade cristã (Atos 15:13-21).

Paulo vai na mesma linha ao falar das bençãos de Abraão, dizendo que as mesma chegaram aos gentios através de Cristo, (Gálatas 3:16,28,29). Ou seja, assim como em Efésios, novamente em Gálatas noção de um só povo - Igreja, não mais judeu nem gentio.

 O povo judeu ainda hoje aguarda a vinda do Messias. A preservação misteriosa de Israel pode ser para o cumprimento do propósito de Deus de Israel se tornar o “tabernáculo de Davi, seu Rei”. A Festa dos Tabernáculos fala da alegria do Messias tabernaculando em nosso meio. É época de regozijo, de plenitude.

 Ali estava em pessoa Aquele de quem os profetas haviam falado. Ele era o cumprimento de todas as promessas. O Messias veio e tabernaculou entre nós. (João 1.14). Ali estava se cumprindo Isaias 12:3;, 44:3; 55:1-3.

Israelitas havia, com seriedade de pensamento, que reconheciam que no Tem­plo, apesar de todo o seu esplendor e do aparatoso equi­pamento para os sacrifícios, não havia fonte para alivi­ar-lhes a sede - falta esta simbolizada pelo fato de os sacerdotes terem de sair do Templo a fim de trazer a água. Queriam saber quando se cumpririam as palavras dos profetas, tais como: “Sairá uma fonte da casa do Senhor” (Jl 3.18); e que um grande e profundo rio sairia debaixo do limiar do templo (Ez 47.1-5). Decepciona­dos com a mera forma exterior, tinham sede da realida­de.

 Ezequiel 40 a 43: 17 O contexto histórico é o do exílio de Israel em Babilônia, na geografia do atual Iraque, quinhentos anos antes de Cristo (40:1). A experiência é espiritual, portanto, de natureza subjetiva (40: 2; 43: 1-6).

A primeira visão é do Templo construído por mãos humanas, onde as vaidades dos construtores, dos sacerdotes, dos ricos e dos reis ganhava sua simbolização; e emprestava à esses personagens da vaidade um sentimento de importância: valia a pena até mesmo ser enterrado nas imediações (43: 7-9). O Templo dos Homens era lugar de ideologia, política e auto-afirmação!

Então vem Deus e diz: “Tu, pois, ó filho do homem, mostra à casa de Israel este templo, para que ela se envergonhe de suas iniqüidades; e meça o modelo” (43:10). A questão é: que Templo? Ora, Deus havia mostrado antes o modelo a Ezequiel (40: 6 a 42:20). Tratava-se de um edifício impossível de caber nos padrões de matemática, física e arquitetura da Terra! Talvez à partir da Física Quântica se pudesse ter um vislumbre melhor do projeto. E por quê? Porque na Física Quântica tempo e espaço perdem sua significação linear!

 As razões são simples: 1. As medidas são anti-físicas: o lugar começa mínimo (40: 5-6) e, à medida em que se entra por essa Porta Estreita e nesse Lugar Pequeno, tudo começa a crescer. A seqüência da leitura mostra que as dimensões vão ficando cada vez maiores quando se entra por essa pequena porta. 2. O crescimento é para dentro: do verso 7 ao 41:5 esse é um fato inescusável. Quanto mais se entra, mas o lugar aumenta em suas dimensões e espaços. 3. O lugar não apenas cresce para dentro, mas também para cima (41: 6-7). Portanto, não se está falando de um templo construível por mãos humanas. Ele não é desta ordem de coisas!

 Se você se imaginar entrando no templo descrito por Ezequiel, vai se sentir a semelhança de quem já viu filmes ou desenhos, baseados no famoso livro escrito no século XIX, de Lewis Carrol, “Alice no País das Maravilhas”. Atualmente críticos da história e físicos veem nesse livro elementos da física quântica.

A conclusão divina dada a Ezequiel é dupla: 1. Estou mostrando o meu Lugar Santo para que eles “se envergonhem e meçam o modelo” (43: 10). 2. “Esta é a lei do Templo” (43: 12). Nos nossos templos a vaidade dá lugar a monumentos ao Ego (43:7c). Nossos templos são obras do homem! Já nesse lugar da habitação de Deus, as matemáticas humanas cessam e as medidas do homem são todas elas extrapoladas (Ef 3:14-19).

 “Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundices e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro em voz espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne” (Ez 36:25-26, ver 11:19-20).

Este era o sonho dos profetas! Este é o Templo que Jesus disse que em sendo destruído Ele o reconstruiria em três dias! E nós nos tornamos esse templo em Cristo! Afinal, eu estou Nele, por isto Ele vive em mim! Assim, fica-se sabendo que o único lugar onde o caminho de Deus se realiza é o coração. Isto porque “os céus dos céus” não podem conter a Deus. Ele, no entanto, habita com o quebrantado e com o contrito de coração!

Que referência do Antigo Testamento Jesus tem em mente aqui? Jesus é retratado no Evangelho de João como o tabernáculo (João 1:11) e templo (João 2:13-25). Devemos nos interessar especialmente por textos que ligam o Templo com a Festa dos Tabernáculos, onde essa discussão está ocorrendo.

O texto de Ezequiel descreve o futuro templo do qual flui um rio de água viva (Ez. 47:1). O anjo que acompanhava Ezequiel mediu as águas, que se tornavam cada vez mais profundas (Ez.47 :3-6). Uma passagem paralela a esta do texto de Ezequiel é encontrada em Zacarias 14:14-20. Lemos sobre uma batalha, depois que os rios de água viva começam a fluir em duas direções (oeste e leste) do Templo de Jerusalém.

Aí no contexto da festa dos Tabernáculos com toda aquela simbolização presente Jesus clama: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, “do seu interior fluirão rios de água viva”. João 7:38.

Rejeitar essa interpretação e querer a de linha dispensacionalista que parece em alguns pontos com a dos rabinos judaicos é praticamente ignorar o Novo Testamento e ficar só com o VT. Uma solução mais simples para quem quer tanto um templo de Salomão seria se contentar com que o Edir Macedo construiu em São Paulo, pelo menos evitaria uma guerra.

 





quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

“Chega a ser imoral”: Teólogos comentam exclusão do renomado Robert P. Menzies das Assembleias de Deus

 “Os Executivos determinaram que meu livro violava os estatutos da Assembleia de Deus”

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A decisão das Assembleias de Deus dos Estados Unidos em exluir o renomado teólogo Robert P. Menzies de seus quadros causou um espanto na comunidade acadêmica mundial – Menzies é o teólogo pentecostal mais conceituado atualmente e seu legado (e de sua família) é indiscutível para o segmento assembleiano em todo o mundo.

O desligamento de Menzies veio após seu posicionamento em seu livro chamado “The End of History: Pentecostals and A Fresh Approach to the Apocalypse”, onde ele defende interpretação divergente das Assembleias de Deus acerca do Milênio.

“Os Executivos determinaram que meu livro violava os estatutos da Assembleia de Deus e, como resultado, minhas credenciais como ministro da Assembleia de Deus foram revogadas”, contou o escritor.

Leia também: Teólogo assembleiano alerta para “calvinização” dos pentecostais

Julgado

Em seu posicioamento, o teólogo falou sobre o desligamento e como se portará diante disso.

“Meu livro, ‘The End of History: Pentecostals and A Fresh Approach to the Apocalypse’, gerou mais interesse do que eu esperava, a maior parte dele positivo. O livro já está sendo traduzido para o espanhol e o português. Também recebi e-mails de muitos pastores da Assembleia de Deus me agradecendo por ter escrito o livro… No entanto, também houve reações negativas. Mais importante ainda, o Presbitério Executivo das Assembleias de Deus dos EUA determinou que meu livro, que clama por uma abordagem mais ampla da escatologia nos círculos assembleianos, é problemático. Em 13 de outubro de 2022, encontrei-me com cinco líderes denominacionais da Assembleia de Deus, incluindo três Presbíteros Executivos (EPs)… Saí dessa reunião com grande respeito pelo grupo e apreço por nossa comunhão. Agradeço por ter tido a oportunidade de falar e pelo clima geral de respeito e amor fraterno que caracterizou o encontro. Ficou claro que todos queriam fazer o que fosse melhor para a igreja como um todo. Nesta reunião, fui solicitado a escrever uma carta explicando meus motivos para escrever o livro… A carta […] e presumivelmente meu livro foram revisados ​​e discutidos em uma reunião do Presbitério Executivo em 15 a 16 de novembro de 2022. Os Executivos determinaram que meu livro violava os estatutos da Assembleia de Deus e, como resultado, minhas credenciais como ministro da Assembleia de Deus foram revogadas. Como minhas visões escatológicas são compatíveis com as declarações doutrinárias das Assembleias de Deus australianas e das Assembleias Pentecostais do Canadá (PAOC), posso buscar a ordenação dentro de um desses grupos. No entanto, qualquer que seja o caminho para a ordenação que agora continua, é claro que nosso relacionamento com as Missões Mundiais das Assembleias de Deus (AGWM) será afetado.” [Robert P. Menzies, dezembro de 2022]

Brasileiros se posicionam

Em um post nas redes sociais, o teólogo assembleiano Gutierres Siqueira criticou o desligamento de Menzies das Assembleias de Deus dos Estados Unidos (AG) e disse que, embora seja lícito a denominação excluir um teólogo que discorda em algum ponto de sua Declaração de Fé, o fato em tela veio de um “erro histórico da AD (tanto nos EUA como no Brasil) em sacralizar uma corrente escatológica”.

Siqueira ainda disse que “Em nome do denominacionalismo, não há o mínimo respeito ao histórico de serviços da família Menzies. Organizações humanas são assim, infelizmente: a sua história normalmente nunca conta diante de uma controvérsia. Por esse motivo, sempre aconselho aos mais jovens: respeitem e sejam fiéis ao seu grupo, mas, se possível, não sejam dependentes financeiramente dele. Sigamos a receita do apóstolo Paulo”.

No mesmo post de Gutierres alguns nomes dentro do pentecostalismo brasileiro se manifestaram sobre o caso.

“Aprendi isso contigo: não sou dogmático em escatologia. A Bíblia é clara nos seguintes pontos: Morte- ressurreição, céu- inferno- Novo céu e nova terra. Ele vem e com ele a gente vai para estarmos onde ele estiver!”, esceveu o pastor Elizeu Rogrigues.

O pastor César Moises disse que concordou “perfeitamente” com o texto de Gutierres.

“Certeiro e pontual, amigo. Subscrevo cada ponto. Lamento e me solidarizo com o Menzies; chega ser imoral tal exclusão”, declarou o pastor Nilson Gomes.

Outros usuários tambem comentaram a decisão e se solidarizaram com Menzies.

“Acho que o ato de exclusão foi exagerado. Talvez uma Nota de um Conselho de Doutrina, informando e reafirmando aos irmãos o Milenismo conforme a Declaração de Fé e que o livro do Menzies é uma interpretação particular não referendada pela instituição, já seria suficiente. Temos agora o Pecado de Hermenêutica”, questionou um internauta.

“Que covardia!!! Menzies é um mestre dos tempos hodiernos. O seu texto falou tudo, Gutierres!”, lamentou outro.

Outro comentou que “ele não vai deixar de ser um Gigante do Pentecostalismo por isso. Mas que o Amilenismo não é possível Logicamente, não é”.

Fonte: https://jmnoticia.com.br/chega-a-ser-imoral-teologos-comentam-exclusao-do-renomado-robert-p-menzies-das-assembleias-de-deus/