Hoje de manhã ministrei uma aula de escola dominical, onde se falava na lição sobre Jó e José do Egito. Depois fiquei fazendo comigo mesmo algumas reflexões, que eu quero compartilhar com todos neste blog.
Nestes dias de "teologias de prosperidade", o Livro de Jó, não é muito compreendido dos cristãos. Jó tornou-se um personagem desinteressante no meio do circo cristão das teologias do sucesso. Sua profundidade, ofende a irreflexão daqueles que acham que tudo se resolve com palavras de ordem fortes, ditas em nome de Deus; e especialmente, insulta e afasta os supersticiosos que vêm o pecado-pessoal-comportamental-moral, como sendo sempre a causa-efeito de todos os sofrimentos inexplicavéis. Assim, a não compreensão da mensagem de Jó, faz as pessoas fugirem dele e do realismo que ele traz à Graça de Deus na dor da vida. Para muitos, parece que "dá azar" ler o Livro de Jó.
Quem é cristão e pensa assim, está como que inconscientemente, apostatando da fé em Jesus e optando pelo hinduísmo ou por qualquer credo que estabeleça uma relação de causa e efeito, em todo sofrimento humano. A fé em Jesus, não comporta tais conteúdos!
O livro de Jó foi escrito para relativizar o juízo de um homem contra outro!
Sim, o que nos custa a crer é que todo o esforço de Jó foi para “despadronizar” o juízo!
Ele cria na inescrutabilidade da relação de Deus com cada indivíduo.
E, justamente por isso, ele também afirma que se de um lado o homem pode alterar as leis universais; o que ele, de fato, sozinho, não consegue, é entender, e, muito menos ainda, alterar o seu próprio coração.
Jó, portanto, crê que cada indivíduo é julgado sozinho e de acordo “com suas próprias obras”.
E mais: ele crê que esse julgamento apenas compete a Deus, pois, de fato, a complexidade humana não admite padronizações exteriores ou morais para o julgamento.
O dia da perplexidade é sempre solitário. E nele todo gemido é verdade e toda verdade é gemido perplexo!
Os cristãos ainda não se deram conta de que sua “teologia” da Graça não coincide com suas interpretações cotidianas do sofrimento humano e, muito menos, não retrata com realismo os fatos da vida. E assim, sem o saberem, tornam-se parte do fluxo religioso universal, que entende a questão da dor e de tudo o que seja inexplicável, a partir de um encontro de contas exatas entre Deus e o homem, anulando, assim, a Graça. É muito comum no meio evangélico, se dizer que a pessoa "tem pagar o preço".
Na Graça o “encontro de contas” acontece, mas quem paga a diferença contra o homem é Aquele que disse: “Está consumado!”. Melhor dizendo o preço já foi pago, e foi pago na cruz.
Paz do Senhor Pr Juber,
ResponderExcluirJó não é muito interessante aos que não gostam de um Evangelho cristocêntrico, não dá pra levar público ao delírio e encher templos levando-os a refletir acerca das provações que o servo de Deus passa, não necessariamente que tenhamos que passar pelo que passou Jó é , mas que estamos sujeitos aquilo e que nos sobrevém e sempre sobrevirão provações, isso é claro o divino.
Gostaria que em nosso meio, assembleiano principalmente, fossessemos conhecidos por aqueles que saem da igreja não com a "certeza" de ter recebido a vitória ou a chave da benção, mas com a certeza de termos sido confrontados pela Palavra de Deus para nos aproximarmos dEle e termos a certeza de que em qualquer situação, de prosperidade $$$$$ ou não,O serviremos e nEle confiaremos assim como o nobre Jó.
Em Cristo
Joao Paulo
Irmão João Paulo,
ResponderExcluirQuando a paz com Deus se estabelece dentro de mim, o benefício é todo meu. Já está feito, eu é que não sabia. Mas quando eu creio, o benefício vem para mim como paz. E ai, surge dentro de mim, uma dimensão completamente nova, que transcende o imediato. Eu continuo vivendo na terra, mas já me glorio na esperança da glória de Deus. Já não existem mais fatalidades. Já não existe mais absurdo. Já não existe mais interrupção da vida. Quem crer na minha palavra já passou da morte para a vida. Já há uma âncora firme e forte jogada para além de todos os véus, plantada em Deus, e que me garante que eu, conquanto esteja aqui, já estou lá, assentado nas regiões celestiais em Cristo Jesus. Morri com Ele, ressuscitei com Ele, estou sentado nos lugares celestiais com Ele, apesar de estar suando aqui na frente de vocês... Tá feito! E eu me glorio nessa esperança! Agora, tem uma segunda manifestação de gloria que essa paz com Deus gera na gente, que esse caminho de pacificação com Deus gera em nós, e que a maioria de nós não gosta. Isso porque Paulo prossegue, e diz: “... e gloriemo-nos, também, nas próprias tribulações”. Ai quando chega nessa parte tem gente que diz: “Vira essa boca para lá, pelo amor de Deus!”—e começa a fazer oração contra, iniciando-se aquele processo de “tá amarrado”. Ou seja ficaram viciados na Confissão Positiva, infelizmente.
Abraço.
O interessante de Jó não é Sátanas e sim a fidelidade dele para o Senhor, pois o Diabo aparece no inicio e some,nunca mais é mencionado... o que temos que aprender é ser fiel ao Senhor, onde triunfalistas não querem nem chegar perto da história dele, pois hoje ninguem quer sofrer, eles preferem logo ir para o 42 onde o Senhor dá tudo em dobro para Jó...
ResponderExcluirDeus te abençoe Pr
Em Cristo
Edson Dorna
www.santodosantos.blogspot.com
Irmão Edson,
ResponderExcluirVocê disse muito bem, que Satanás, aparece no início do livro de Jó e depois some. Até porque com "amigos" iguais aos que Jó tinha, quem precisa de inimigos? Na verdade na Bíblia o inimigo das nossas almas é uma daquelas criaturas que Paulo diz aos Romanos, que não podem nos separar do Amor de Deus. Obrigado pelo comentário.
Graça e Paz.