De vez em quando, vejo nos blogues e sites, alguém dizendo que deveria haver uma nova Reforma, em face dos absurdos que vem ocorrendo no meio. Durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto Hitler dizimava seis milhões de judeus, muitos pastores e líderes cristãos ficaram calados. Mas houve também os que agiram, arriscaram suas vidas, não se curvaram diante do sistema com a desculpa de que deveriam obedecer cegamente às autoridades.
Entre esses, estava o pastor luterano Dietrich Bonhoeffer que não ficou calado. Ele decidiu enfrentar os desafios de seu tempo, ainda que isso tenha lhe custado a liberdade e, por último, sua própria vida.
Quando negros estavam sendo tratados como animais no sul dos Estados Unidos, o também jovem pastor batista Martin Luther King decidiu confrontar o racismo e se manifestar por igualdade de direitos civis. Suas manifestações pacíficas foram acusadas de promover distúrbio da ordem. Sua família foi ameaçada, ele foi perseguido e morreu sonhando com uma sociedade mais justa. Foi porque ele não ficou calado que seus filhos e netos podem hoje viver o que ele sonhou e um negro se tornou Presidente dos Estados Unidos.
Martin Luther King disse: "O que me preocupa não é o grito dos maus. É sim o silêncio dos bons."
Os nomes de Martin Luter King e Bonhoenffer, Oscar Romero, Gandhi e Leonardo Boff, são lembrados pelas lutas memoráveis que travaram contra sistemas. Mas já parou para pensar que três deles não são evangélicos? Será que somos mais coopitáveis ao sistema?
E o que dizer de Sadraque, Mesaque e Abedenego, jovens companheiros de Daniel no exílio Babilônico? Eles poderiam simplesmente ter se curvado diante da estátua de ouro sob a desculpa de ter que obedecer as autoridades superiores. Mas não foi isso que fizeram. Pelo contrário, eles escolheram obedecer a Deus em vez de se curvar diante de homens ambiciosos e seus ídolos dourados. É por isso que a história deles nos inspira hoje, não é mesmo? Gostamos de ensiná-la nas escolas bíblicas para incentivar nossas crianças e jovens a não se curvar diante do sistema do mundo, não se render às tentações, não ceder às pressões a sua volta. Sugiro que a menos que estejamos dispostos a não nos curvar diante do sistema religioso profanado pela política e embriagado pelo poder, devemos parar de ensinar essa história em nossas igrejas e escolas bíblicas.
Quando a história da Igreja de nossos dias for escrita, o que será dito a nosso respeito? Como seremos retratados? Será como homens e mulheres de coragem e honra, dispostos a confrontar as potestades, arriscar nossa segurança e nos empenhar por uma igreja melhor, livre da política e do evangelho deturpado da prosperidade? Uma igreja comprometida com a Missão de Deus no mundo?
Será que podemos ouvir ecos do que disse Mordecai?
"Se você se calar, Deus levantará socorro de outro lugar... Mas quem sabe não foi para um momento como este que Deus lhe colocou aqui?"
Estamos dispostos a responder como a jovem Ester?
"Ore por mim... Eu falarei, não me calarei... Se perecer, pereci."
Com toda certeza precisamos de uma nova reforma. Os problemas que afetavam a Igreja medieval, quais sejam: misticismo, indulgências, adoração de relíquias, ritualismo, analfabetismo bíblico e papismo resurgem agora com toda a força; com uma roupagem nova, porém, com o mesmo espírito.
ResponderExcluirMisticismo - Assim como o povo medieval era propenso a acreditar em qualquer história fantasiosa contada pelos prelados, também os evangélicos atuais, rejeitando a racionalidade que Deus lhes deu, se deixam levar pela louca imaginação de alguns pregadores que dizem a crentes pecadores e carentes de arrependimento que "um anjo está passeando pela igreja com bençãos materiais numa bandeja." A operação de poderes celestiais no culto é legítima desde o momento em que se baseia em fatos reais e não em envencionices.
Indulgências: Assim como Tetzel atravessava a Alemanha prometendo tirar do purgatório e levar para o céu os parentes daqueles que contribuíssem para a Igreja, também os pastores mercenários da atualidade prometem bençãos inimagináveis àqueles que tirarem o pão de suas crianças para dar ofertas, com a seguinte diferença: esses pastores não só oferecem o céu, mas um paraíso terrestre imediato que só está reservado para o final da história universal.
Adoração de relíquias: Assim como eram oferecidas nas igrejas medievais um pedaço da arca de Noé, uma pena da asa do anjo Gabriel, no contexto evangélico brasileiro vendem-se: um azeite barato de mercado como o óleo de Israel, a água do rio Guandú como a água do rio Jordão, rosas abençoadoras, envelopes da prosperidade, etc.
Ritualismo: Assim como as liturgias medievais se transformaram em rituais áridos, formais, com desdobramentos meramente mecânicos, assim também o que mais se vê nas igrejas evangélicas são os chamados "cultos hipócritas", prestados por crentes irreverentes, que cantam sem emoção, vestidos com roupas decorosas, mas imundos interiormente. Cultos que tem um roteiro "engessado", isto é, predeterminado e inflexivel, nos quais não acontecem novidades espirituais.
Analfabetismo bíblico: Assim como a sociedade medieval vivia uma alienação espiritual em virtude da inacessibilidade da Palavra de Deus na língua materna, alienação esta intensificada pela a realização das missas em latim, assim os evangélicos atuais sofrem com o chamado analfabetismo bíblico, com a diferença de que a alienação atualmente é fruto de uma escolha deliberada de próprio crente. Nunca se venderam tantas bíblias como agora. Entretanto, os indicadores da estatística sobre o conhecimento bíblico dos crentes permanece como uma curva tendende para baixo. A Biblia tornou-se um mero amuleto.
Papismo: Assim como havia a pretensão papal ao reinado universal com a necessária submissão de reis e imperadores à sua majestade, também testemunhamos em nossos dias a existência de líderes evangélicos que absolutizaram o poder eclesiástico. Não se trata apenas de um, mas de vários "papas", cada um tentando prevalecer sobre o outro, com o uso, inclusive, de nefastas alianças políticas. Suas verdades são absolutas e incontestáveis. Qualquer oposição por menor que seja é atribuída a Satanás. A perpetuação no poder para eles é uma questão de honra. Seus liderados evitam qualquer tipo de insubmissão sob pena de serem "excomungados" da panelinha eclesiástica.
Cristiano Santana
http://cristisantana.blogspot.com
A reforma não reformou quase nada, continuamos com um clero profissional, continuamos com "templos" como casas de Deus sem falar de outras coisas mais, não precisamos de reforma, precisamos sim voltar para o cristianismo de base, um cristianismo de movimento como no inicio e não viver esse cristianismo institucionalizado.
ResponderExcluirAntonio J. Tolissano
antoniotolissano.blogspot.com
Pelo Reino e para o Reino
Parabéns pelo post e pela atitude!
ResponderExcluirUma reforma necessária nos nossos dias é a da visão dos crentes. Temos que parar de olhar somente para o interior do nosso templo e estender os olhos para a comunidade que nos cerca, buscando ser efetivamente sal no meio de uma geração corrompida. Como expressou o apóstolo Paulo em epístola aos Efésios, temos que condenar as obras das trevas (Ef 5)e não ser cúmplices dos que as praticam. A Palavra de Deus tem orientação segura para todos e aqueles que a estudam devem levar estas orientações às autoridades, aos empresários e onde mais houver oportunidade. Não podemos deixar de falar, dentro ou fora da igreja, as verdades sagradas, nem viver como hípocritas, pregando uma coisa e vivendo outra.
Kleber Maia
www.doutrinas.blog.br
Irmão Cristiano,
ResponderExcluirObrigado pela rica exposição, fazendo um paralelo entre o século XVI e nosso tempo. Chegou o tempo para quem tiver coração, fé, e corajem, e romper em sua própria vida todos os grilhões do medo e da catividade que sobre nossos ombros foram postos por aqueles que da Reforma quiseram manter apenas a cisão com a Igreja Católica, vindo eles próprios a tornar-se algo muito pior e mais feio do que o que havia na Idade Média. Ora, é verdade que já não se pode matar com o descaramento daqueles dias. No entanto, o que se faz em nome de Deus é muito pior, visto que é absolutamente incompatível não só com a Palavra, mas com os tempos e suas luzes de esclarecimento. Hoje não se vende mais o céu, mas sim a Terra. As nossas indulgências já não têm a ver com a salvação, mas com a prosperidade terrena. Assim, não busque por relíquias sagradas entre nós, e nem busque por bulas papais, mas sim enxergue o sal grosso, as campanhas de prosperidade, as barganhas com Deus, e sobretudo, veja como tudo era e continua a ser movido pela dinheiro e pelo poder. Entendo, que mais do que nunca se precisa de uma Revolução Espiritual entre nós, sob pena de que vejamos a Nova Era e todas as filosofias orientais dominarem a Terra, e isto apenas porque o Cristianismo insiste em não se converter à Graça de Deus, pois, prefere o poder que alcançou na Terra do que os tesouros do Reino de Deus. Temos que ver Lutero e tentar discernir o nosso tempo.
Graça e Paz.
Antonio J. Tolissano,
ResponderExcluirObrigado pela participação. A Reforma foi importante dado o que estava acontecendo naquelo momento histórico. Lutero foi o pivô, o elemento histórico e fenomenológico de uma força Inconsciente Coletiva que estava pronta para derramar-se sobre a Europa já fazia alguns séculos; embora nos últimos cem anos antes de Lutero a tal força tivesse ganhado mais intensidade com os pré-reformadores. O que os Reformadores parecem não ter compreendido é que o “rompimento
protestante” rompeu apenas com “doutrinas”, mas não com o “método” grego de sistematização, de tal forma que o “fundamento” não foi devidamente afetado pelo “protesto” feito pelo
Protestantismo. Pelo contrário, protestamos contra os sintomas, fizemos uma cirurgia plástica na “igreja”, mas não tratou de seu
problema “orgânico”, do ponto de vista teológico, e, menos ainda, não conseguimos identificar as sutilezas e as “mutabilidades” do vírus mortal que viaja no corpo de pensamento da “igreja” desde o tempo dos Gálatas e dos Hebreus.
Ambas as epístolas foram escritas para que os cristãos não se tornassem aquilo no que nos tornamos. A doutrina protestante do “livre exame da Escritura” é totalmente bíblica. O problema não é ter liberdade para “examinar”. O problema é conseguir não examinar
a partir de uma “teologia sistemática”. Daí em diante, mesmo na Bíblia, acha-se o que
se desejar achar. Afinal, as “sistematizações” só se utilizam das evidências que
“fecham o sistema” da filsofia grega. Ora se Paulo já
dizia que a Cruz é loucura para os gregos. Como, então, seria um “método grego” que nos ajudaria a entender a Palavra? O que o “método” fez foi nos ajudar a criar “doutrinas”, incapacitando-nos a fazer “síntese” da revelação!
Abraço.
Carlos Kleber Maia,
ResponderExcluirConcordo com você, fazendo como disse, já estaria sendo feita uma grande Reforma. Obrigado pela participação.
Graça e Paz.
Nobre Pastor Juber;
ResponderExcluirGraça e paz!
Concordo com sua postagem; o grande problema é que está faltando muitos Martins , Dietrich, homens realmente corajasos para combater principalmente os desmandos que vez por outra ocorrem.
Pastor Juber é o que falar do nepotismo, favores, pano quente , arrumações, pecados para deibaixo do tapete , por ser esse ou aquele , homem de reconhecimento e que pode causar escandâlo , mas pode pecar e ficar numa boa, isso ninguem fala.... Então corroboro sua postagem:
NÃO PODEMOS CALAR!!!!!!
nEle - Marcos
Pr. Graça e paz!
ResponderExcluirConcordo plenamente com o Senhor.Tenho me engajado nessa luta na minha Igreja.Confesso que não é das mais fáceis,mas Deus sempre nos consola,mesmo quando somos vetuperados,mal entendidos e chamados de donos da verdade.Já me disseram pra mim olhar mais pra minha vida,deixar pra lá que Deus vai julgar tudo,quem sou eu pra mim julgar,porque só Deus julga,etc...Não é facil viver em uma geração protituida,mas pela misericordia de Deus estou firme e forte com Jesus e fazendo sua vontade,levando a palavra para os de dentro como os de fora da Igreja.Tenho um blog tambem pastor,sua visista muito me honraria.Graça e paz!
www.edmaisbom.blogspot.com
Não há dúvidas pastor Juber, não podemos nos calar, ainda que isso nos custe. o que importa acima de tudo é Deus e Sua glória!
ResponderExcluirUm forte abraço e Paz do Senhor!
A entrevista com o Pr. Samuel Câmara foi muito boa, esclarecedora, desmistificadora:
ResponderExcluirhttp://www.melodia.com.br/novo/pages/podcast.php?canal=98
Sugiro que os que se preocupam com essas eleições e os fatos que a envolvem acessem e ouçam.
Há dois movimentos (quanto à Reforma): caos e ordem. O caos leva a uma nova ordem, que depois de algum tempo tende à estabilização e à acomodação. Assim, é preciso sempre renovar a ordem, para que os vícios naturais não se instalem.
Pr. Marcos Serafim,
ResponderExcluirOs desmandos são muitos mesmos e de várias naturezas. Quando Eliseu sucedeu o profeta Elias ele perguntou: "Onde Está o Deus de Elias?". Essa pergunta hoje não é mais necessária, pois sabemos que Deus está em todo lugar, inclusive em nosso coração. A grande pergunta hoje é: "Onde estão os Elias de Deus?"
Grande abraço.
Ednelson,
ResponderExcluirObrigado pela visita e pela participação. É isso continue nessa luta. Conheci seu blog e gostei do mesmo, deixei um comentário lá.
Graça e Paz.
Victor,
ResponderExcluirE as vezes o preço é caro, por não se calar, não é mesmo? Mas não podemos desistir. Mas continuemos o caminho proposto, levando a Palavra em sã consciência, pois Deus está conosco.
Abraço.
Maya,
ResponderExcluirDepois eu vou acessar e ouvir a entrevista com o Pr. Samuel Câmara. Espero que Deus o abençoe e guie, caso seja o vencedor deste pleito. Apesar dos excessos que está ocorrendo nesta eleição, eu votaria nele, caso pudesse estar em Vitória. Não vou estar por motivos de compromissos profissionais. Votaria, porque não sou de votar em branco nem nulo, e também sei que ninguém é perfeito, como eu também não sou. Tenho simpatias por várias pessoas que apoiam a outra chapa, mas alguém ficar 21 anos na direção de um órgão, é muita coisa, gente. Tem que dar oportunidade para outras pessoas também. Sobre a Reforma concordo com você, porque ela provoca esta desistação mesmo no início e depois começa a acomodação. Tem que reformar sempre.
Abraço.
Caro Juber Donizete,
ResponderExcluirGraça e Paz!
Parabéns pelo texto!
E lógico que quando discordamos e falamos, não podemos esperar simpatia unânime, mas isso é o preço, assim sempre foi e sempre será.
E o que não pode acontecer é abandonarmos nossas convicções, desde que sejam baseadas nas sagradas escrituras, e com muita paz interior, e essa é o Espírito Santo que nos proporciona.
Um grande abraço!
Pr. Carlos Roberto
Pr. Carlos Roberto,
ResponderExcluirTambém concordo meu prezado. Temos que aprender a manter a unidade no vínculo da paz apesar das diferenças. O livro de Gálatas mostra como dois líderes da igreja primitiva fizeram isto. Depois da repreensão de Paulo a Pedro em Antioquia, houve o Concílio em Jerusalém, onde o livro de Atos 15, mostra o discurso de Pedro sendo favorável a Paulo e Barnabé em contraposição aos judaizantes cristãos. Depois em atos 2, Paulo diz que os três que eram considerados as "colunas da igreja", Pedro, Tiago e João, deram-lhe a destra da comunhão, combinando que Paulo estaria desenvolvendo seu projeto missionário com os da incircunsição, enquanto Pedro estaria com os da circunsição. Não houve racha na igreja. Houve unidade apesar da diversidade. Uma grande aula para os dias de hoje.
Grande abraço.
Irmão Cristiano Santana,
ResponderExcluirObrigado de coração pela indicação do meu blog a este prêmio. Sinto afinidade de pensamento com você, pelo seu modo claro e objetivo de expressar suas opiniões. Fico grato também pela inclusão do meu link nos blogues que você acompanha. Estou honrado com a indicação.
Graça e Paz sobre sua vida.
Juber,
ResponderExcluirRealmente "NÃO PODEMOS NOS CALAR" e é por essas e outras que tem um selo para você lá no blog.
O selo "Melhores Blogs da Cristandade".
Grande Abraço.
Wander,
ResponderExcluirEstou feliz e honrado com a indicação. Fico muito grato pela lembrança do meu blog neste selo. Esses selos são importantes tanto no reconhecimento do trabalho dos blogues como também no sentido de confraternização entre os mesmos.
Grande abraço.
Interessante a citação que se faz do texto de Éster. A palavra Deus não consta no livro, se bem que Ele esta presente em cada fato e ação dos que Nele confiam. Hoje, meu querido Pr. Juber, textos como o de Éster são torcidos para levar o povo a um ritual de “sacrifício”. Por exemplo: se inventa que foi devido ao “decreto que ela fez para que todos os judeus jejuassem por ela”(imagine so isto) que Deus livrou o povo do extermínio. Já procurei esse “decreto” por todo o livro de Éster e não achei. Outra distorção é interpretar que foi ela quem descobriu a “pólvora do jejum mágico”, creio que a Bíblia desses interpretes não deve conter os versos do cap 4:1 a 3. São inúmeras interpretações particulares, cada qual visando um fim que a Palavra não confirma e nem deixa qualquer duvida.
ResponderExcluirEsses mesmos interpretes, pulam por completo a repreensão de Mardoqueu para Ester no verso 13 e 14 com agravante de morte. Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus. 14 Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?
Se pudessem extirpariam esses versos, pois ficam sem explicação mediante suas doutrinas distorcidas, e em caso de pergunta a respeito, respondem que Mardoqueu mentiu para Éster. É triste mas é verdade.
Graça e Paz.
Gilson.
Gilson,
ResponderExcluirGeralmente se usa muito os textos do A.T. para quererem deixar o povo ainda em servidão. É como se ainda vivessem na Lei. Como diz Paulo "foi para a liberdade que Cristo nos chamou".
Obrigado pela participação.