quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A MARCHA PARA "JESUS", É PARA JESUS MESMO?



Em 2009, a Marcha trouxe o tema: "Derrubando Gigantes". O Guia-me perguntou então aos ministros de louvor quais os gigantes que a Igreja brasileira precisava derrubar.
Essa edição também foi a primeira para o vocalista da banda Praise Machine, Ricardo. Para o cantor, a Igreja tem hoje muitos obstáculos a vencer: "Os gigantes maiores são a desunião, que é algo que o Senhor está tratando; e o descaso dos governantes. A Igreja está saindo de um status de um 'movimento' e vai acabar tornando-se um grande mover de transformação em nosso País", disse.
A falta de integridade foi apontada por Kako, baterista do Militantes, como o principal alvo da luta da Igreja: "O pior gigante que a gente tem é a falta de integridade. Infelizmente a gente vê muita coisa errada por aí, tanto na política como dentro das igrejas. Acho importante você não olhar para o erro do seu irmão, o maior desafio é ser servo de Deus e não viver de aparência. A gente vê muito por aí, principalmente no meio da música. Pessoas que vivem por aparência, não vivem verdadeiramente o Evangelho. Está ali, tem um status, faz cara de adorador, de crente, e na verdade o cara é todo torto e errado".
Para o vocalista do Katsbarnea, Paulinho Makuko, os gigantes a serem vencidos não estão apenas no âmbito eclesiástico: "A gente tem que vencer tanta coisa: a hipocrisia, os fariseus, a desigualdade social e a corrupção no País".

Durante a Marcha para Jesus, o Apóstolo Estevam Hernandes, presidente nacional do evento, destacou que a celebração não carrega a bandeira de nenhuma instituição ou igreja.
Neste ano, o público evangélico marchou apoiado pela Lei Federal N° 12.025, assinada pelo presidente Luiz Inácio da Silva, em agosto último. A Marcha para Jesus agora é lei e entrou para o calendário oficial da nação e acontecerá todo ano 90 dias após a Páscoa.
Sobre o tema da Marcha Derrotando Gigantes, o Apóstolo comentou sobre o principal gigante que a igreja cristã brasileira deve derrotar: o da discriminação e dos estereótipos. "Temos uma herança de discriminação, contou ele, referindo-se a um passado de perseguições que a igreja sofreu no país. Meu pastor foi apedrejado e queimaram a Bíblia dele. Quando era criança, o folclore que corria era que os meninos evangélicos não podiam tirar o sapato porque tinham a unha fendida, relembrou referindo-se a outras formas de discriminação que o povo evangélico ainda sofre nestes dias".

Fonte:Guia-me e Igospel.

MEU COMENTÁRIO: Estive acompanhando o que alguns blogs escreveram sobre a última Marça para Jesus. Concordei com os artigos do Pr. Ciro Zibordi (Blog do Ciro), Gutierres (Teologia Pentecostal) e Matias Borba (Encontro com a Bíblia), referente a esse assunto. O que esperar de uma marcha comandada por um casal, com inúmeros processos na justiça? Com certeza, muito show, profetada, empurra-empurra de cantor querendo aparecer mais do o outro, alianças políticas (partidárias ou eclesiásticas). O que representa a Marcha para Jesus hoje no Brasil? Um evento onde os evangélicos, tentam mostrar que ajuntam mais gente do que as missas-show dos padres cantores e a Parada Gay? Minha opinião é que as Marchas, as Mega-Igrejas e Mega-templos, são reflexos de uma igreja rica financeiramente, influente politicamente, que fala, prega e vende em nome de "Jesus". Mas no fundo, ela é o inverso disso tudo e cujo verdadeiro Jesus de Nazaré, está "de fora", batendo a porta.

4 comentários:

  1. Graça e Paz, Pr. Juber


    Este povo não precisa marchar, mas caminhar com uma nova consciência no Evangelho de Cristo. Chega de tanto engano e perversão! É show, pirotecnia, conchavos políticos, tudo liderado por um casal líder de uma igreja cheia de processos na justiça e alvo do ministério público. Triste e lamentável!

    Um abração!

    ResponderExcluir
  2. Marcos Wandré,

    Meu irmão, consciência do Evangelho, é o que parece que não está havendo. Porque ver o Senador/Bispo Marcelo Crivella dizer que a Marcha era um desagrafo a prisão dos Hernandes, foi demais. Me lembrei do "Celebrando Deus com o Planeta Terra" de 1992, quando meio milhão de pessoas, caminharam e fizeram um culto no Rio de Janeiro. Um dos organizadores do evento, foi o Pr. Túlio Barros, da AD de São Cristóvão (já falecido). Programado para coincidir com a Conferência de Meio Ambiente Rio 92, no final acabou sendo interpretado pela mídia como um ato de desagrafo pela prisão do Edir Macedo, que havia sido solto naqueles dias.

    Grande abraço.

    ResponderExcluir
  3. Caro Pr. Juber Donizete,

    A Paz do Senhor!

    Realmente as coisas a cada dia estão se complicando mais e mais.

    A Marcha para Jesus, sempre foi um evento interdenominacional e realizada em muitas cidades com a maior seriedade possível.

    Por exemplo, aqui em nossa Região Metropolitana da Baixada Santista, quase todas as cidades realizam e em algumas, já faz parte do calendário oficial de eventos do município, como é o caso de Cubatão, onde resido e é a sede das minhas atividades ministeriais.

    Aqui ninguém é dono da Marcha para Jesus. Dirige o evento quem estiver liderando o Conselho de Pastores da cidade.

    Acontece que a Marcha de São Paulo, é dirigida sempre pelo casal que dirige a Renascer em Cristo, e pelo que me parece agora patentearam o evento em seu nome. Isso não pegou bem, pois sectarizou em evento que é de todos.

    Sem dúvida alguma, de maneira tácita, isso compromete todas as Marchas, principalmente pelo deserviço por eles prestado ao evangelho quando da prisão nos EUA, o que por mais que digam, não conseguem justificar o que é óbvio na cabeça de todos.

    Seria mais bonito e honesto, se assumissem a sua culpa e pedissem perdão à igreja evangélica brasileira. Seria menos ruim, e ainda deixariam um exemplo bíblico para todos aqueles que caem em tentação e erram.

    Enfim amado, vigiemos e oremos para que o Eterno tenha miseircórdia de nós!

    Um grande abraço!

    Seu conservo,

    Pr. Carlos Roberto

    ResponderExcluir
  4. Pr. Carlos Roberto,

    Aqui em Uberlândia, assim como em Cubatão, o evento também é liderado pelo Conselho de Pastores local. Cheguei a participar de um ou duas marchas, no início. Agora a Marcha em São Paulo, como o irmão bem lembrou, foi "patenteada" pelo casal Hernandes. Agora, culpa e perdão, são o que eles menos estão demonstrando, pois ficam falando que são vítimas de preconceitos. O referido casal deveria observar o que um apóstolo de verdade disse certa vez: "Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios;
    Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte", I Pedro 4:15 e 16.

    Abraço.

    ResponderExcluir