quarta-feira, 19 de junho de 2013

O Brasil está acordando, mas a "igreja" vai ficar dormindo?

Oramos pela paz, marchamos para Jesus em longas marchas, lutamos e nos posicionamos quando o assunto é de cunho ético como questões que envolve temas como aborto, homossexualidade, eutanásia, ou algo que venha ameaçar a nossa liberdade de culto, mas parece que não nos preocupamos com questões sociais que envolve saúde, educação, trasporte publico, segurança, moradia, emprego, etc, ou seja, questões que envolve a vida dos crentes/cristãos como cidadãos fora dos templos.

Sera que estamos com medo de que este movimento respingue na igreja também? Que o povo acorde para algumas questões que envolvem administração dos recursos arrecadados com dízimos e ofertas?

Questionariam o enriquecimento ilícito de um pequenos grupo de mega-pastores que vive muito alem do padrão de bem estar e prosperidade a que tem direito todo servo de Deus que vive em função da sua obra?

Questionariam os ensinamentos que dizem ser bíblicos, mas que não passam de dogmas denominacional que ao invés de libertar oprime o povo, criando a cultura do terror e do medo, dai gerando a manipulação das mentes e massas pelos viés de uma "super espiritualidade" que cheira mais a farisaísmo e ao charlatanismo?

E não estou falando de questionarem princípios bíblicos, estou dizendo das criações humanas, que passam não só pelos usos e costumes das igrejas pentecostais históricas (e muito deles são bons costumes e permanecem ate hoje), mas também pela barganha da "teologia da prosperidade" presente nas igrejas neo-pentecostais e pelos modismos da igrejas chamadas emergentes.

Questionariam o por que que os pastores e lideres não defenderem uma nova forma de fazer politica neste pais, sem o "toma la da cá", com ética, compromisso e coerência, denunciando a corrupção, como fizeram os profetas que vieram antes de nos?

Seria este silencio medo ou prudencia? Não teríamos nos pastores que nos preocupar com o bem estar das ovelhas, não só espiritual, mas como ser humano na sua integralidade?

Eu oro pela paz sem deixar de lutar pela justiça. Sou contra a violência e o vandalismo por parte de poucos civis, que na verdade mancha a beleza de um novo momento histórico que ainda esta nascente e um tanto indefinido, mas também reprovo o abuso de poder e de autoridade por parte do governo que usa uma policia mal paga e em partes despreparada para conter "o andar e o gritar" de um povo que esta acordando para uma nova realidade, na qual o Carnaval, a Copa, as Olimpíadas e a Grande Mídia já não consegue mais manipular e silenciar.

Afinal, Jesus não veio mudar o Sistema, mas o homem, para que o homem transformado dentro do Sistema faca a diferença.

Acorda Igreja!!!!!
 
Fonte:  http://www.jessesobral.com/

2 comentários:

  1. Deveria ocorrer o mesmo que acontece nestes protestos nas ruas.Pois o que se ve na maioria dessas denominaçoes o dinheiro mal empregado nao ta no gibi.Vivi neste meio e durante alguns anos pude presenciar muita pouca ajuda ao irmao necessitado, carente.Em contraste com as festas em suas sedes com muita polpa que se estende aos bairros nao com a mesma polpa mais com a mesma metodologia viciosa como: preparar os uniformes, escolher o tema, escolher o pregador, cantor e por ai vai.

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  2. Webstter,

    Esses ecos das ruas também vai acabar refletindo na igreja. A igreja que deveria influenciar mudanças positivas no mundo e não o contrário. Prova que as coisas estão distantes do ensino do Mestre da Galiléia.

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