O PSC quer transformar o deputado federal de São Paulo Marco Feliciano no “novo Tiririca”. A mudança não é profissional, não existe o interesse do partido em fazer do pastor um novo palhaço. A ideia é repetir o feito do humorista cearense nas urnas nas eleições de 2014. Desde sua eleição para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, na qual defendeu projetos polêmicos como a “cura gay”, os dirigentes da legenda social-cristã acreditam que o parlamentar conquiste mais de 1,2 milhão de votos.
“Feliciano virou um pop star. É o deputado mais citado do país, acho que é o evangélico que mais tem CDs rodando por aí e já deve ser o mais procurado (por candidatos a deputado estadual) para fazer dobradinhas em 2014”, comemora o presidente do diretório regional da sigla e pastor, Gilberto Nascimento. Nas contas do religioso, com sua votação expressiva Feliciano deverá “puxar” até cinco deputados em São Paulo. Na última eleição, o PSC elegeu apenas dois parlamentares.
O deputado polêmico evita comemorar antes do tempo, mas mostra segurança quando o assunto é resultados. “Não acredito nesse número alto, espero o suficiente mais um”, disse Marco Feliciano ao jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (11). “A mídia acabou me colocando em destaque e o efeito esperado foi o contrário: acharam que eu iria morrer politicamente, mas agora eu venho com força total”, completou.
Grande votação
Em 2010, Tiririca (PR) foi o candidato a deputado mais votado do país com 1,35 milhão de votos, 4,3 vezes o quociente eleitoral do estado de São Paulo. Com isso, garantiu e própria vaga e outras três cadeiras para colegas de sua coligação. O partido, no entanto, não “comemorou” a votação. Até porque os beneficiados foram de outros partidos. Naquele ano, o PR coligou com outras legendas e acabou levando os deputados Otoniel Lima (PRB), Protógenes Queiroz (PCdoB) e Vanderlei Siraque (PT).
A expectativa em torno da grande votação de Feliciano preocupa, ironicamente, os líderes da igreja Assembleia de Deus. O receio consiste em que a votação maciça acabe prejudicando a bancada evangélica na Câmara. Isto ocorreria porque os fiéis que costumam votar de forma pulverizada nos candidatos religiosos resolverem concentrar a votação nele. Assim, Feliciano acabaria ajudando a eleger os candidatos do PSC não necessariamente evangélicos por conta do quociente eleitoral.
Fonte: Estado de Minas
http://www.em.com.br/
http://www.em.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário