Segundo
o Dicionário Bíblico Wycliffe, Moisés, o
grande líder e legislador dos hebreus, sob cuja mão Deus levou os israelitas do
Egito às fronteiras da terra prometida. Moisés foi a maior personalidade na
dispensação do AT, porque foi seu fundador e, como tal, tipificou o Senhor
Jesus Cristo (cf. Hb 3.1-6).
Porém,
para alguns pesquisadores arqueológicos, Moisés pode não ter existido, conforme
sugere pesquisa arqueológica, publicada pelo G1 em 20/04/2008. Segundo a referida
pesquisa, a saga de Moisés, o profeta que teria arrancado seu povo da
escravidão no Egito e fundado a nação de Israel, tem bases muito tênues na
realidade, segundo as pesquisas arqueológicas mais recentes. Continua dizendo
que é praticamente certo que, em sua maioria, os israelitas tenham se originado
dentro da própria Palestina, e não fugido do Egito. Para terminar, diz ainda
que o próprio Moisés tem chances de ser um personagem fictício, ou tão alterado
pelas lendas que se acumularam ao redor de seu nome que hoje é quase impossível
saber qual foi seu papel histórico original.
Para
alguns biblistas, a narrativa do Êxodo exagera um bocado, apresentando um
cenário grandioso para ressaltar seus objetivos teológicos e políticos. O
biblista Airton José da Silva, professor de Antigo Testamento do Centro de
Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP), resume a situação: "O
Moisés da Bíblia é claramente 'construído'. Pode até ter existido um Moisés lá
no passado que inspirou o dos textos, mas nada sabemos dele com segurança. Nas
minhas aulas de história de Israel, começo com geografia e passo para as
origens de Israel em Canaã [antigo nome da Palestina], não trato mais de
patriarcas e nem do Êxodo". Para quem quiser conferir a pesquisa, o link é:
http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL418821-9982,00-MOISES+PODE+NAO+TER+EXISTIDO+SUGERE+PESQUISA+ARQUEOLOGICA.html
Meu
Comentário: A história que nos orienta como povo de Deus, conquanto seja
legitimamente história, e nos dê a sensação de que em função dela o mundo tenha
outro centro; não é o ponto pelo qual os historiadores seculares fazem qualquer
interpretação da História. A História Secular não é a história da fé, da
esperança e da perseverança. Ao contrário, é a história do poder econômico,
político e militar. Não é a história dos fracos e oprimidos. É a história dos
poderosos e dominadores.
Os
fracos e oprimidos só têm história, nos registros do povo de Deus e de sua
caminhada de fé. A história do povo de Deus foi, é, e sempre será a história
dos sem-história, que fazem história sustentados por agentes às vezes estranhos
à história, mas agentes de Deus, o que possibilita a ação de Deus na nossa
fraqueza, para que ele seja abundantemente glorificado pela provisão que
fornece aos fracos. Deus sempre usa os fracos para confundir os fortes. E Deus
escolheu para fazer a sua obra no Velho Testamento, não um povo que sabia
construir pirâmides, mas um povo que parecida insignificante. Apesar das poucas
evidências “históricas secular”, quem é o “pai da fé” é Abraão e não Faraó,
quem é o divisor da história é Cristo e não César e Moisés continua sendo lido
por milhões de pessoas todos os dias.
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