segunda-feira, 14 de julho de 2014

Síndrome de Pânico Universal - Sinais de uma era depressiva

“Haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaindo de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo”. Lucas 21:25,26.
Na minha infância, não se ouvia falar que alguém sentia depressão. As pessoas ficavam tristes. Depois de uns anos para cá, foi crescendo o uso da palavra depressão. E era depressão por tudo: pelo namoro acabado, pelos pais problemáticos, pelo casamento falido, por frustrações, pelo desemprego prolongado.
Parecia que, quanto mais urbano era o lugar, mais deprimidas as pessoas tendiam a se tornar. E mais: as razões da depressão deixaram de ser, até justificáveis objetivamente, pois surgia agora a depressão difusa, existencial, sem causas aparentes.
Percebe-se hoje, como a Depressão se tornou uma epidemia global. Já foi, nos anos 90 que ouvi falar em “Síndrome do Pânico”. Então, de súbito, muita gente passou a sofrer de pânico. Muita gente, andava com o remédio na bolsa, no caso de ter uma crise de pânico e falta de ar. Hoje, até as crianças estão com a Síndrome.
Agora, vejo outro fenômeno psicológico-urbano em construção. Trata-se, de um crescente fenômeno de Dissociação da Realidade, e que faz a pessoa estar presente, sem se sentir presente. A sensação é de ausência. E, na maioria das vezes, além dos traumatizados por fortes experiências, percebe-se que tal fenômeno, atinge os internautas viciados.
A pessoa passa tanto tempo em chats, em salas de sexo virtual, em papos eróticos, ou em namoros distantes, que, quando volta do ambiente virtual, e tem que lidar, com as pessoas reais no mundo concreto, ela não sabe mais se sentir em contato.
Então, a cabeça começa a ficar distante, se sentindo como uma observadora dos acontecimentos, como se ela fosse um fantasma. A invisibilidade virtual toma conta dela; e, agora, diante de gente concreta, ela sente essa ausência profunda. Todavia, se você pergunta, se na sala virtual ela sente-se desse modo, a resposta é que “não”; pois “lá ela se sente presente”.
Assim, o que sobra é um mergulho cada vez mais profundo na virtualidade dos relacionamentos sem toque, cheiro ou convívio; pois, no mundo dos sentidos, fora desse Matrix relacional, tudo parece não existir e não ter mais sentido.
Entretanto, tal experiência é um fenômeno de profunda dissociação do mundo e da vida. E como as pessoas são forçadas, por uma razão ou outra, a saírem da câmara virtual e lidar com a vida (emprego, escola, faculdade, família, etc.) — não conseguindo mais se sentirem parte de nada tangível, elas mergulham em Depressão e na Síndrome do Pânico.
Cada vez mais, ouço as pessoas queixarem-se de que estão, mas não se sentem presentes em nada, em lugar algum - uma verdadeira tragédia!
Sem querer entrar em nenhuma teoria escatológica, mas apenas, fazendo uma aplicação prática, diria que, tais cenários de natureza apocaliptico-existencial, remetem diretamente para um texto em Apocalipse 9:1-11. Conforme diz no versículo 11, as palavras Abadom e Apoliom, têm significado único nas línguas grega e hebraica, que é destruição. É o mal que, começa a morder as almas humanas sem esperança, ante o complexo de coisas que governam e dirigem a humanidade, para a morte, por medo e pânico — conforme Jesus disse que seria em Lucas 21:25,26.
Quando se descreve a aparência desses seres, o que se vê é um composto de tudo aquilo que, existe como fenômeno social, político, econômico, e, sobretudo, psicológico, na Terra; e que só tende a crescer. Esses bichos de aparência monstruosa, saem do porão do Inconsciente Coletivo da Humanidade, são feitos de nossas mazelas, de nossos ódios, inimizades, ameaças, guerras frias e quentes; de inteligência malévola, do erotismo descontrolado, e de tudo o mais que nós chamamos negativamente de “mundo”.
Esse tempo, já chegou como nunca antes!
O Apocalipse diz que tais poderes, terão seu domínio sobre todos, exceto sobre aqueles que entregaram a “fronte”, ou a mente, ou a razão, ou a consciência ao Cordeiro; a fim de que sejam protegidos contra a Síndrome de Abadom e Apoliom; e que será a Síndrome Universal do Pânico; a qual fará a síndrome do pânico atual parecer uma gripe, se comparada a um câncer nas vias respiratórias.
O que protege a alma é o “selo do Cordeiro”. Ora, em Efésios 1: 12-14, Paulo diz que esse “selo” é a Esperança no Espírito Santo, a qual nos guarda a alma na certeza da Redenção.
Cada dia mais, se estará ante uma situação para qual já não haverá mais fuga; nem mesmo, mediante os mais sofisticados mecanismos de evasão da realidade. O desejo de morrer, cresce entre nós. Crianças, jovens, adolescentes, adultos e velhos começam a desejar morrer. Há aqueles que, dizem como um Jó em agonias que não desejariam ter nascido, ter posto a cara para o lado de cá.
Apesar de, ter citado um termo do filme "Matrix", não estou aqui, construindo nenhuma ficção. É o momento de pregarmos o Evangelho de Cristo, como ele é, deixar de vãs discussões filosóficas e teológicas, que não levam a lugar nenhum. Temos que anunciar que, há um Selo da Esperança, para quem crer, e receber de todo o coração.
"Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus, se manifeste também em nossos corpos". II Coríntios, 4:8-10.

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