Porque
haverá grande angustia na terra, e ira sobre este povo. E cairão ao fio da
espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada
pelos gentios, até que os tempos dos gentios se
completem. —
Jesus, em Lucas.
Abraão
saiu de Ur dos Caldeus a fim de herdar uma terra. Peregrinou sobre essa tal
terra décadas e décadas, comprou pedaços dela, mas não a viu sob seu poder
jamais. Nem tampouco seu filho Isaque a viu como status de propriedade, exceto
pela fé; e os netos de Abraão, Jacó e Esaú, também jamais viram a “terra da
promessa” como uma promessa que para eles se cumprira.
Foi
somente depois de 430 anos de cativeiro no Egito dos grandes faraós, que o povo
de Abraão, os Hebreus, pela primeira vez tentou herdar no braço a terra que Deus
dera a Abraão pela fé.
Todavia,
foi apenas no tempo do rei Davi e de seu filho Salomão que os filhos de Israel
tiveram pela primeira vez o real domínio da “terra da promessa” feita a
Abraão. No
entanto, durou pouco, pois, com a morte de Salomão, os próprios filhos de Israel
se separaram, dividindo-se em dois reinos: o do Norte e o do Sul, o último com
sede em Jerusalém.
Ambos
os reinos pecaram muito contra Deus e contra a vida, e, por isso, a seu tempo,
foram levados para cativeiro. É,
no entanto, o cativeiro do reino Sul de Israel — o reino de Judá, com sede em
Jerusalém —, que ganha importância vital na narrativa bíblica, pois, entre
outras coisas, o reino do Norte, no cativeiro que experimentou, acabou se
diluindo e perdendo a identidade cultural, genética e espiritual, segundo os
critérios religiosos dos “filhos de Israel”.
Depois
de 70 anos em cativeiro na Babilônia os filhos de Israel do reino Sul, da tribo
de Judá, receberam permissão para voltar à sua terra, à Jerusalém, e
reconstruírem a cidade que fora destruída. Eles
o fizeram, mas, depois do exílio em Babilônia, jamais de fato foram soberanos
sobre a terra, tendo sempre que estar sob alguma forma de vigilância ou domínio
ou mesmo de convivência perigosa.
Estiveram
sob o domínio grego Ptolomeu e Seleuco durante dois séculos. Revoltaram-se e
conseguiram quase 100 anos de independência angustiada, quando da Revolta dos
Macabeus.
Entretanto,
os Romanos chegaram, e, com eles, o domínio de muitas bestas. Foi nesse tempo
que Herodes, o Grande, se apoderou da terra e do reino em
Israel.
Naqueles
dias a terra já começava a ser chamada de Palestina. Foi nesse período que Jesus
nasceu. Assim,
pode-se dizer que a vida física de Jesus aconteceu sob o domínio Romano. Israel
tinha liberdade para habitar e governar os aspectos morais e religiosos do país,
da terra de Israel, ou, Palestina, como preferiam chamar os
Romanos.
Os
Romanos, assim como os gregos antes deles, preferiam chamar a terra de Israel de
Palestina, a fim de não dar status tão particular à nação de Israel, pois, era
politicamente melhor para os Romanos chamarem a terra por um nome e a nação por
outro, diminuindo assim a força da identidade daquele povo, cuja força de
identidade nem os Romanos e nem nenhum outro povo na história da civilização
jamais possuiu tão fortemente.
O
nome Palestina decorre do nome da região sul de Israel, onde hoje é a Faixa de
Gaza, e que é assim chamada em razão dos Filisteus que ali viveram anos,
conforme as narrativas bíblicas. Ora, o nome original era Philistia, que, com o
tempo, virou Philistin, e, depois, Palestina.
No
ano 70 depois do nascimento de Jesus a cidade de Jerusalém foi destruída,
conforme a predição de Jesus, e também conforme Ele os judeus foram dispersos
para todas as nações da Terra.
Quase
dois mil anos passaram desde então, e, durante esse longo lapso de tempo
histórico, os filhos de Israel jamais deixaram de ter judeus morando e vivendo
na Palestina. Além disso, os Samaritanos, que são os remanescentes do reino
Norte de Israel, também jamais deixaram de viver na região da Samaria, hoje
Cisjordânia.
Israel,
no entanto, passou a ser apenas um nome da Bíblia, para os Ocidentais e para o
mundo em geral, sendo que havia gente que pensava que Jerusalém nem mais
existia, e isto até bem pouco tempo atrás, tamanha era a força da suposta
realidade de que o Israel da Bíblia acabara, tendo sobrado apenas os chamados
judeus; e esses como cidadãos errantes do mundo, uma espécie de ciganos de elite
do Planeta.
Israel
nunca teve vida fácil. Desde Abraão que a existência é dura para
Israel. Da
destruição de Jerusalém pelos Romanos até hoje, eis em síntese o que
aconteceu:
No
ano 68, isto é, apenas cerca de 40 anos depois de Jesus ter dito as palavras
acerca da destruição de Jerusalém e a Dispersão dos Judeus, o general romano
Tito foi enviado com as suas tropas para controlar uma rebelião judaica
nacionalista. Após dois anos de cerco, os romanos entraram na cidade e dizimaram
a população. A fúria dos romanos, certamente provocada pela resistência judaica,
foi de tal ordem que incendiaram praticamente a cidade inteira, incluindo o
Templo. Cumpriu-se literalmente a profecia de Jesus: não ficou «pedra sobre
pedra».
Os
judeus sobreviventes foram vendidos como escravos e o povo em geral foi disperso
por muito lugares. A partir do ano 70, Israel deixou de existir como nação com
um território próprio. Os judeus espalharam-se por muitas nações, procurando
sobreviver em condições de grande adversidade.
Ao
longo de séculos, foram constantemente e irracionalmente perseguidos. Nas
fogueiras e nas prisões do Santo Ofício, milhares pereceram às mãos da
Inquisição. Os progroms e o anti-sionismo dos países da ex-União
Soviética perseguiram, prenderam e mataram muitos judeus.
Ora,
todos nos lembramos da famosa «solução final» de Hitler nos campos de
concentração nazistas, onde seis milhões de judeus foram aniquilados, numa
operação macabra de morte que ainda hoje continua a chocar as nossas
consciências.
Após
a destruição de Jerusalém no ano 70 de nossa era, os romanos ergueram uma nova
cidade - Aelia Capitolina - sobre suas ruínas. Os judeus eram proibidos de
entrar no seu antigo lugar de culto.
No
século 4º, a Terra de Israel fazia parte do Império Bizantino; Jerusalém
tornara-se um cidade cristã, e legiões de peregrinos vinham visitar os locais
relacionados ao advento do cristianismo.
Os
árabes muçulmanos, comandados pelo califa Omar, conquistaram Jerusalém em 683 e
construíram o Domo da Rocha no lugar do primeiro e segundo Templos. Os judeus
tinham novamente permissão para viver na cidade, administrada durante os quatro
séculos seguintes pelos califas muçulmanos, desde suas capitais em Damasco,
Cairo e Bagdá.
Jurando
libertar Jerusalém do Islã, os Cruzados e seus exércitos partiram da Europa em
1096. A conquista da cidade foi acompanhada pelo massacre de seus habitantes
judeus e muçulmanos. Durante quase um século, Jerusalém foi a capital do Reino
Latino da Terra Santa.
Saladino,
Muçulmano do Curdistão, conquistou Jerusalém em 1187 e permitiu o retorno dos
judeus à cidade. Os quase quatro séculos de domínio muçulmano foram marcados por
negligência: a população da cidade minguou e as muralhas se arruinaram. Somente
no início do domínio turco otomano, no princípio do século 16, Jerusalém
recuperou parte de seu antigo esplendor.
No
século 19, com o enfraquecimento do poder otomano e o despertar do interesse
europeu pela Terra Santa, o atraso medieval cedeu diante do progresso ocidental.
Jerusalém expandiu-se, e por volta de 1840, o número de habitantes havia
aumentado consideravelmente, sendo que mais da metade eram
judeus.
No
fim da 1ª Guerra Mundial (1917), o general inglês Allenby aceitou a rendição da
cidade por parte do prefeito de Jerusalém, finalizando o domínio otomano.
Durante os 30 anos seguintes, a cidade foi a sede administrativa do mandato
britânico. Durante esta época, o povoado estagnado e abandonado transformou-se
em cidade florescente.
Na
atualidade a cidade de Jerusalém tem sido palco de inúmeras disputas entre as
três maiores religiões que ali se instalaram: judaísmo, cristianismo e
islamismo! Esta disputa é feita palmo a palmo, pois as três religiões
reivindicam os locais sagrados de Jerusalém.
Os
judeus dizem ter direito à cidade, pois ela sempre foi a capital do Estado de
Israel, e foi sempre ali que seus antepassados viveram, foi ali que os profetas
entregaram as palavras ditas pelo Eterno à nação, etc...
Os
árabes dizem ter direito à cidade, pois quando os judeus foram dispersos pelo
mundo no ano 70 d.C., eles então se apossaram da cidade e do país e reivindicam
então sua posse.
Os
cristãos da mesma forma, pois durante os períodos de conquistas, eles passaram
por Jerusalém e ali estabeleceram marcos históricos presentes até a atualidade
na cidade! Eles edificaram igrejas (católicas) e afirmam que a cidade é seu
patrimônio, pois Jesus Cristo (considerado por eles o fundador do cristianismo!)
viveu, padeceu, morreu e ressuscitou ali!
A
controvérsia está longe de ser decidida e percebemos que desde sempre existiu
uma pressão dos países considerados como "potências" mundiais para que haja
tolerância em Jerusalém! Jerusalém é tida como "Cidade Universal", reclamada
para tornar-se o catalisador mundial das religiões!
Ora,
nos últimos dois mil anos, além de todas as lutas e perseguições anteriores, os
judeus, filhos de Israel, sofreram mais do que qualquer outro povo na história
humana.
E
mais: Nunca
um povo experimentou e sobreviveu a tanta ira espalhada pela
Terra!
Depois
do “Holocausto”, termo hoje abominável aos “politicamente corretos” da mídia e
da intelectualidade, os judeus receberam permissão da ONU para voltarem à
Palestina, mas apenas para tentarem a vida lá; numa terra que depois de ter tido
todos os tipos de ocupantes e de ocupação, agora, depois de 1948, estava sob o
domínio Inglês e Jordaniano, com supremacia do status religioso dos Islâmicos,
desde que os Cruzados perderam a “Terra Santa” de vez para os Mulçumanos no
inicio do 2º Milênio desta era.
Os
judeus já vinham comprando terras na região desde muito antes da ONU decidir
mandá-los de volta para lá, para a sua terra, a terra de seus pais, da qual
haviam saído não por livre vontade, mas por deportação, no ano 70 desta
era.
A
terra estava quase que completamente abandonada. Era pântano para todo lado, com
muita doença; e, no Norte, na Galileia, muita era a malaria que atacava a todos
os que ali obrigados a viver; e que lá não viam nada de
bom.
Jerusalém
só interessava em razão de sua importância religiosa para os Islâmicos também,
mas, na pratica, a terra toda estava em estado de avançada desertificação, ou,
então, entulhada de pedras ou tomada pelos pântanos.
Os
judeus chegaram estabelecendo Kibutz. Comunidades agrícolas e comunistas na
gestão de tudo. Receberam mão de obra de outros judeus que logo começaram a
afluir para a terra de seus pais.
Não
demorou e os Kibbutzs começaram a ser atacados pelos árabes islâmicos, tanto
Palestinos, quanto Egípcios, Sírios e Jordanianos. Trabalhavam
com uma mão e empunham a arma na outra. Anos e anos a fio. Então, depois de
muitas guerras contra essas forças, Israel tomou parte da cidade de Jerusalém.
Foi a Guerra da Independência, mas o status da cidade de Jerusalém foi mantido,
com a supremacia dos Islâmicos sobre a área mais sagrada da terra: a Monte do
Tempo; onde estão as Mesquitas de Omar e El Aksa.
Depois
os Egípcios atacaram na chamada Guerra dos Seis dias, mas foram vencidos, não
tendo tipo a cidade do Cairo tomada pelos exércitos de Israel por pedido
encarecido da ONU.
Então,
no inicio da década de 70, os Sírios e os Egípcios atacaram outra vez de
surpresa, só que agora no Dia do Perdão dos Judeus. Outra
vez, quase depois de vencidos, Israel virou a guerra, e, ao Norte, empurrou os
Sírios de volta, e, ao sul, desbaratou os Egípcios. Outra vez a cidade do Cairo,
no Egito, tanto quanto Damasco, na Síria, não foram tomadas em razão de
encarecidos pedidos da ONU.
Israel,
todavia, depois de ter sido invadido oficialmente duas vezes, e, centenas de
vezes alvejado por torpedos Sírios, lançados de sobre as Colinas de Golan,
decidiu não mais devolver Golan aos Sírios, pois, de cima das colinas eles
atacavam sistematicamente, durante anos e anos.
Com
a supremacia definida de Israel na região, definitivamente estabelecida de 1974
para frente, reinou um período de certa tranqüilidade alguns
anos.
Arafat,
no entanto, praticava sistematicamente o terrorismo, sempre na intenção de
provocar um levante na terra.
Quando
vejo os ataques de Israel em resposta aos ataques do Hamas, sinto muita dor
pelos inocentes Palestinos. Vejo-os
sofrendo como os inocentes moradores de uma favela do Rio, tomada por
traficantes, em guerra com forças do Estado, e, usando o povo como escudo para o
enfrentamento.
Ora,
internamente os Palestinos estão mais divididos do que a mídia anuncia. De
fato, o que vejo é perverso em todos os sentidos.
É
perverso porque os inocentes Palestinos estão sendo usados covardemente pelo
Hamas. É perverso porque as autoridades de Israel estão exagerando em muito na
medida da resposta. Perverso porque não há solução na cessação de nada, pois, o
Hamas não cessa nada nunca. Perverso porque a estratégia do Hamas é fazer o que
está fazendo a fim de por o mundo em grande ira contra Israel. Perverso porque
não se divulga nada com isenção, e, em não se fazendo, apenas aumenta-se o ódio
reinante e as reações de ambos os lados.
O
fato é que Israel é atraidor de Ira! Ira
entre os povos! E
que Ira é essa? Ora,
além de que Israel é o povo cultural e geneticamente mais uniforme do Ocidente
da Terra, é também o povo que mais contribuiu proporcionalmente para tudo o que
o mundo chama avanço e genialidade cultural, artística, intelectual, filosófica
e cientifica.
Os
próprios Árabes, primo-irmãos dos Judeus, nem de longe lograram a homogeneidade
que os de Israel conseguiram, e, muitos menos, tiveram ou têm o avanço de
consciência que os judeus possuem.
O
terrorismo Árabe-Palestino ou Árabe qualquer coisa, não dá chance à
paz.
Quem
pode negociar com seqüestradores? Quem
pode negociar com terroristas? Quem
pode negociar com quem joga um jogo para o mundo e outro para
dentro?
Pior: Quem
pode negociar com quem diz que o único negócio é extinção total do "inimigo
judeu"?
Assim,
com toda razão Israel ataca, e, fica sem razão por atacar atingindo os civis,
mas não tem alternativa, pois, não fazendo o que faz, não agüentara as pressões
internas. Ao mesmo tempo em que fazendo o que está fazendo, atrai a Ira do mundo
contra si mesmo, o que, no caso de Israel é um perigo, posto que por razoes que
nem as pessoas compreendem, os filhos de Israel existem sob a Ira da inveja e do
desconforto espiritual dos povos.
Israel
é objeto de todas as iras: as justificáveis e as
injustificáveis! E é
assim porque Israel é um elemento pivotal no elemento profético da existência
humana!
Quem
lê, entenda!
Fonte: www.caiofabio.net/
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