Em 1996, comecei a dar seminários ou palestras nas igrejas sobre seitas e heresias. Eram ministrações de dois ou três dias. Fiz uma apostila com o título: A Nova Era e o Espiritismo, e onde os pastores me convidavam eu ia. Em 1997, fiz mais duas apostilas, uma de escatologia e outra onde falava sobre A Nova Era, Mormonismo, Igrejas Unicistas, Testemunhas de Jeová e Catolicismo Romano. Foram três anos de experiência interessantes, porque geralmente eu dava estudos de sexta-feira até domingo pela manhã ou tarde e encerrava com uma pregação à noite. Até hoje, encontro pessoas aqui e ali, que me param na rua ou na igreja e dizem que foram abençoados através destas ministrações. Dou glória a Deus por isso.
Em 1999, dei um tempo nos seminários de escatologia e heresiologia, porque fui convidado a fazer parte da equipe de seminários da Semap (nossa secretaria de missões), que havia sido criada naquele ano. Eram seminários de conscientização missionária, e eu falava sobre os blocos religiosos no mundo, dando mais ênfase ao Budismo, Islamismo e Hinduísmo.
Viajei pelo Brasil a fora, ensinando e pregando. Foi bom também trabalhar em equipe, pois antes eu ministrava sozinho, agora tinha outros palestrantes junto. Nos meus seminários, eu só pedia as despesas de viagem e o custo da apostila, a igreja ficava livre para me dar oferta ou não. Algumas vezes recebi, outras vezes não. Dormia em hotéis em alguns lugares, em outros na casa de irmãos da igreja, escola infantil em reforma, gabinete pastoral e até numa rádio pirata de uma igreja. É mole?
Nos seminários da Semap, eu não recebia nada pelas palestras, pois todas as ofertas eram dirigidas a Secretaria de Missões. Ofertas estas, que muitas vezes garantiram o sustento de missionários no exterior. Portanto, apesar de ter ministrado em vários lugares, nunca me senti um evangelista itinerante, porque nunca tive coragem de pedir hotel cinco estrela, cachê alto e etc. Minhas despesas pessoais sempre foram mantidos pelo meu emprego secular, por isso até hoje, procuro controlar a agenda para ministrações nos fins de semana.
Dos 17 até os 24 anos, eu até cheguei a dar uns “pulinhos” na hora da pregação, mas depois eu caí na real, que essa não era minha praia. Pelo conselho sábio da minha esposa, passei a pregar como prego até hoje, ensinando. Aliás por falar nisso, ela me conheceu dando aula na Escola Dominical. Depois casou com o professor.
Agora vou desestimular a todos de me convidarem para pregar. Minha pregação não tem pulo, grito, sopração em cima das pessoas, simplesmente falo a Palavra. Confesso que já fui tentado a fazer um sermão “elétrico” (espiritual para muitos), a cobrar cachê estratosférico. Parece que os que cobram valores imorais e fazem um punhado de estripulias no púlpito tem uma agenda cheia.
Mas é isso, poderia mentir aqui e dizer que sou conferencista internacional, que tenho todos os dons de cura, fui arrebatado ao céu e depois ao inferno, que sou “ex” isso, gravar um CD ou DVD e sair por aí na maior “cara de pau”, inventando histórias das mais absurdas. Gente que faz isso, não falta, hoje em dia. O triste é que o povo acredita e sustenta esse tipo de gente. E pior, algns pastores gostam, porque essas “celebridades” é sinônimo de “casa cheia”, ou seja templos, e também são bons para tirarem oferta. Acho que falei demais. Gente, por hoje é só, depois eu continuo.
Pb. Evilázio,
ResponderExcluirNa verdade, hoje em dia, muitos confundem espiritualidade com apresentador de púlpitos. Sabemos que o agir do Espírito Santo, vem por ouvir a palavra de Deus e não porque o pregador faz isso ou aquilo. Graças a Deus que o senhor escolheu a melhor coisa, ensinar verdadeiramente a palavra de Deus. Parabéns pela excelente decisão. Mas se o senhor tiver cópias dessas apostilas, ficaria muito grato se enviar as mesmas a minha pessoa.
Respeitosamente,
Pb. Evilázio,
ResponderExcluirObrigado pelas palavras de apoio. Quanto as apostilas, depois eu te passo. Pretendo se Deus permitir, dar esse estudo no Segismundo Pereira em breve.
Abraço.
Pb. Evilázio,
ResponderExcluirFicaremos aguardando, pois sei que é de muita edificação para nós. Tem irmão que não entende, mas tudo que fazemos é para glória de Deus, e sei que ele vai lhe abençoar neste estudo.