quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Protestos pedem fim da “islamização” da Europa

 
Uma série de protestos contra o crescente movimento de islamização da Alemanha e da Europa como um todo, tomou as ruas de cidades alemãs nesta segunda (8). Entre as diversas bandeiras, destaca-se quem pede pela reafirmação das raízes cristãs da Alemanha.
Apesar da temperatura abaixo de zero, cerca de 10 mil pessoas marcharam em Dresden, no Leste do país. Os responsáveis pela manifestação são parte do Pegida, sigla em alemão para Europeus patriotas contra a islamização do Ocidente. Outra manifestação semelhante aconteceu em Munique e Düsseldorf, no oeste, mas em menor número.
Curiosamente, em Dresden, ocorreu uma manifestação paralela, contra o grupo Pegida organizada por igrejas cristãs, organizações judaicas e islâmicas. Segundo eles, trata-se de uma questão de xenofobia, não de religião.
Protestos contra a islamização da Alemanha vem ocorrendo há dois meses, em diferentes locais. O movimento continua crescendo. Analistas chamam atenção para o fato de que no Estado da Saxônia, onde Dresden é a capital, a presença de muçulmanos é ínfima, cerca de 0,1% da população. A grande maioria dos muçulmanos vivem na parte ocidental da Alemanha. Por isso, o movimento é visto como preventivo.
A Alemanha hoje é o segundo país do mundo que mais recebe imigrantes, ficando atrás apenas dos EUA. A imensa maioria são turcos, que já formam comunidades numerosas em várias partes do país. Nos últimos meses, grandes quantidades de sírios tem pedido asilo político. O país discute no momento um projeto de lei que obrigaria os imigrantes a falar alemão em casa.
Berço da reforma protestante, que mudou o quadro religioso da Europa para sempre, a Alemanha também vive ainda com o “fantasma” do nazismo. A manifestação contra um grupo específico (muçulmanos em lugar de judeus) faz com que muitos alemães associem as duas coisas.
Nos últimos anos, vários estudiosos vêm falando sobre as mudanças em países europeus em consequência das crescentes populações muçulmanas. Na Alemanha são 4 milhões, na França, 5 milhões, no Reino Unido, cerca de 3 milhões. Seu crescimento demográfico é muito superior ao da restante população, o que sugere que dentro de meio século eles poderão ser maioria em vários países.
Além de mais numerosos, os imigrantes cresceram em poder político. Em vários países europeus, antigas igrejas foram convertidas em mesquitas. Segundo a Agência de Segurança para os Judeus da França (PECJ) ocorreu um aumento de 45% nos ataques antissemitas desde 2011, na sua maioria perpetrados por muçulmanos.
Em Londres, um movimento iniciado pelo pregador islâmico Abu Izzadeen, pede: “Sharia para o Reino Unido!”. Na Grã-Bretanha já existem regiões de maioria islâmica, onde circulam milícias que vigiam o cumprimento da lei islâmica nos costumes, uma verdadeira patrulha religiosa que só era vista em países fundamentalistas. Com informações Telegraph e Voz da Rússia, via Gospel Prime.

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