A presença de um teólogo na casa levou o Big Brother Brasil 15 a uma discussão sobre união homoafetiva e adoção de crianças por casais do mesmo sexo. Instigado pelo amigo Adrilles, o curitibano Marco disse o que pensa a respeito, sem titubear.
"O que você acha do casamento entre homossexuais?", quis saber Adrilles. "Casamento?", se admirou Marco, como se ouvisse um grande absurdo. "União Civil", Adrilles refez a frase. "Acho que é justo. Assim como dois amigos, ou um amigo e uma amiga, que dividem um espaço juntos, poderiam ter a possibilidade jurídica de criar vínculos e herdar aquilo se um morrer", disse o teólogo. "Então, você vai contra a posição da igreja?", continuou Adrilles. "E quem disse que a Igreja é contra a união civil?", disse Marco. "Ao casamento", se corrigiu de novo Adrilles. "Um casamento homossexual dentro da igreja eu sou contra. Não tem como sustentar teologicamente um negócio desse, nem biblicamente na tradição", continuou o teólogo.
Sobre a adoção de crianças por casais gays, o paranaense falou que o modelo "não é o ideal". "A adoção de crianças vai de caso para caso. Não é o ideal, mas é melhor que ficar em um abrigo", disse. "O ideal seria uma família formada por um homem e uma mulher, mas se chegam dois homens e mulheres dispostos... Os elementos masculinos e femininos que constituem a formação de uma criança são muito importantes. Isso não quer dizer que um casal gay não transmita esses valores. Porém, se você é um homem homossexual, não tem elementos femininos que são necessários para essa criação."
Mariza, que estava junto, foi além e disse ser contra a adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo, porque não seria algo "natural".
Adrilles, o instigador, foi o único a defender sem ressalvas a adoção. "As crianças podem ter contato com elementos masculinos e femininos pela televisão, pela internet, pela relação com outras pessoas... Isso não precisa vir dos pais."
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/entretenimento/teologo-do-bbb15-diz-que-familia-com-gay-nao-e-o-ideal
Comentário: Uma das vozes mais expressivas hoje no Brasil em prol dos direitos da comunidade LGBT, é justamente a do deputado federal Jean Wyllys, que também é conhecido por ter participado e ganhado a quinta edição do programa Big Brother Brasil, da Rede Globo. Agora dentro do mesmo programa da Globo, surge um teólogo católico que assume posição um pouco diferente do ex-BBB, hoje deputado.
Marco é casado há três anos e pai de um filho de 10 meses, que recebeu o nome de Alexandre Iesous Marcon, o nome do meio representa a fé dele e da esposa, pois em grego "Iesous", significa Jesus.
Formado em teologia pela PUC paranaense, leciona catequese e testemunha que encontrou na fé forças para superar um vazio existencial. Antes de se envolver com a religião, Marco era jogador de pôquer, em 2009 foi o campeão brasileiro dessa modalidade e chegou a disputar um torneio mundial as Las Vegas, nos Estados.
Ele e Karina participaram da Jornada Mundial da Juventude, em 2013, no Rio de Janeiro, e puderam ver o Papa Francisco. “Eu estava grávida e nem sabia. Curti a jornada mundial como todo mundo. Dormimos na areia, andamos muito, subia nas costas do Marco para ver o Papa passar. Ele (o filho) já nasceu muito abençoado”, diz Karina.
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