O Aurélio define adultério como: “violação
ou transgressão da regra de fidelidade conjugal imposta aos cônjuges pelo
contrato matrimonial”. Já a palavra adultério no grego é “moichós”
que denota: “intercurso ilícito com o cônjuge de outro” (Lc
18.11; 1Co 6.9; Hb 13.4) ou “moicheía” (Mt 15.19; Mc 7.21; Jo
8.3) que significa: “relação sexual entre uma pessoa casada e outra que
não é o seu cônjuge”. O adultério é expressamente proibido no sétimo
mandamento, “Não adulterarás” (Êx 20.14 e Dt 5.18).
ADVERTÊNCIAS CONTRA O ADULTÉRIO
No livro de Provérbios no capítulo 5, começa aconselhando os
homens a se afastarem da mulher imoral. A princípio, os lábios dela podem
parecer “destilar favos de mel”, mas, quando tudo acabar, só
restará tristeza, amargura e até mesmo morte (Pv 5:4,5).
A infidelidade conjugal
Adultério, como a maioria dos pecados, começa na
mente (Mc 7.21). O crente em Cristo precisa levar “cativo todo
pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). O apóstolo Paulo
exorta o cristão a uma transformação “pela renovação da... mente” (Rm
12.2), e Jesus Cristo, no Sermão da Montanha, disse: “Qualquer que olhar
para uma mulher com intenção impura (pensamento impuro), no coração, já
adulterou com ela” (Mt 5.28). A porta principal da mente são os olhos
(Mt 6.22-23).
O casamento é uma aliança feita entre pessoas de
sexos diferentes, motivados pelo amor e que juram fidelidade um ao outro de
viverem juntos até que a morte os separe (Rm 7.2; I Co 7.39). Infelizmente,
esse juramento pode ser quebrado, quando um dos cônjuges se torna infiel ao
outro (Mt 19.9; Mc 10.11). Esta infidelidade é chamada de adultério, e este por
sua vez, é a “relação sexual entre uma pessoa casada e outra que não é o
seu cônjuge” (WYCLIFFE, 2012, p. 35). A vontade de Deus é que os
cônjuges se amem mutuamente (Ef 5.25; Tt 2.4) e fujam da infidelidade (1 Co 6.
18).
AS CONSEQUÊNCIAS DO ADULTÉRIO NA FAMÍLIA
Sem dúvida alguma, a infidelidade conjugal tem
sido a causa de muitas tragédias na família. O que comete adultério certamente
estará praticando o mal (Pv 5.15,18-19; 6.32). Muitos lares têm sido destruídos
por esta arma diabólica. Isto porque o adultério destrói a confiança, sufoca o
amor, mata o respeito, acaba com a transparência, suscita o ciúme e empurra a
família para uma crise de consequências imprevisíveis. Eis algumas: (1)
Rompimento do casamento (Dt 22.15-21);
(2) Trauma nos filhos (1Sm
13.1-22); (3) Escândalo na igreja (I Co 5.1); (4) Mau
testemunho para sociedade (I Co 10.32);
(5) Marcas profundas de ambos os
lados (II Sm 12.15-20); (6) Os maus exemplos poderão ser
seguidos pelos filhos (II Sm 13) e; (7) Depressão e perda da
comunhão com Deus (Sl 51.8-12).
COMO EVITAR O ADULTÉRIO
A Bíblia Sagrada que é a “lâmpada para os
nossos pés e a luz para o nosso caminho” (Sl 119.105), ensina-nos como
devemos proceder para que evitemos este terrível pecado. Vejamos algumas de
suas recomendações:
• Evitando maus pensamentos,
ocupando a mente com o que é proveitoso (Pv 4.23; Fp 4.8; Mt 15.19);
• Estarmos vigilantes. “Vigiai e
orai, para que não entreis em tentação [...]” (Mt 26.41)
• Afastando dos olhos aquilo que
pode levar a pessoa a alimentar seu interior com o pecado (Sl 101.3; Mt
6.22,23);
• Mantendo-se longe de pessoas
cujo comportamento está em desacordo com a Bíblia (Sl 1.1-3; I Co 5.11);
• Mortificando a carne e andando
em Espírito (Cl 3.5; Gl 5.16-18);
• Só abstendo-se do ato sexual
com o cônjuge por consentimento mútuo e por tempo determinado (I Co 7.5);
• Sendo um cônjuge que mantém seu
esposo(a) satisfeito(a) (Pv 5.15; I Co 7.3);
• Observando a Palavra de Deus
(Sl 119.11; Pv 4.20);
• Orando e vigiando sempre (Mt
26.41).
O CASAMENTO NA PERSPECTIVA BÍBLICA
O casamento não foi estabelecido por uma lei
humana, nem inventado por alguma civilização. Ele antecede toda a cultura,
tradição, povo ou nação. A história do primeiro casal, Adão e Eva, é
apresentada no Antigo Testamento como a gênese do casamento (Gn 2.18-25). O
texto bíblico deixa claro que Deus “formou uma mulher, e trouxe-a a
Adão” (Gn 2.22-b). Logo, o casamento é uma instituição divina (Mt
19.5,6). O Aurélio define a palavra “instituição” como: “ato de
instituir; criação, estabelecimento”. Por isso, biblicamente podemos afirmar
que estar casado é:
7.1 Um presente de Deus (I Co
7.7). A palavra “dom” no grego “charisma” significa: “presente”
dando a entender que o homem é presenteado por Deus com o matrimônio (Pv 18.22;
19.14).
7.2 Um estado honroso. O escritor
aos hebreus nos diz: “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito
sem mácula” (Hb 13.4-a). O Aurélio define a palavra veneração como:
“reverência, respeito, admiração, consideração”. Está explícito que o casamento
é uma condição de honra, pois nele o sexo é desfrutado de forma legal.
7.3 Um meio de satisfação. O ato
conjugal também foi criado para proporcionar prazer ao casal (Pv 5.15-18). O
sábio exorta os cônjuges a desfrutarem do sexo, sem ao menos mencionar os
filhos. Neste capítulo, o homem é incentivado a valorizar a união conjugal
honesta e santa, exaltando a monogamia, a fidelidade e o prazer (Ec 9.9; Ct
4.1-12; 7.1-9).
CONCLUSÃO
Concluímos que devemos estar atentos vigiando e
orando sempre para não cairmos em tentação (Mt 26.41), pois, o nosso adversário
está ao nosso derredor buscando a quem possa tragar (1Pe 5.8). Nossa família
deve ser guardada e protegida pela orientação da Palavra de Deus.
REFERÊNCIAS
• LOPES, Hernandes
Dias. Casamento, divórcio e novo casamento. HAGNOS.
• VINE, W.E, et al. Dicionário Vine.
CPAD.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo
Pentecostal. CPAD.
Nenhum comentário:
Postar um comentário