A idade avançada ainda não é o suficiente para fazer com que o ex-presidente Jimmy Carter deixe de desenvolver o ministério que move o seu coração em sua igreja: ensinar sobre a Bíblia na escola dominical.
O jornalista e autor cristão David Schechter relatou em uma publicação para o site 'Charisma News' - no qual contribui como colunista - sobre a alegria de poder assistir uma aula ministrada por Carter.
Segundo Schechter, no domingo em que ele compareceu à igreja para assistir à aula ministrada pelo ex-presidente, centenas de outras pessoas também estavam ali por este mesmo motivo.
"Esperando nos bancos estão muitos dos 130 membros da Igreja Maranatha, juntamente com algumas centenas de visitantes de todo os Estados Unidos e três mulheres jovens chinesas, sentadas à nossa frente", contou o jornalista.
"Poucos minutos depois de 9h50, Jimmy entra, com o rosto suave, sorrindo, e de microfone na mão", acrescentou. "Hoje, diz ele, estaremos revendo 'uma das seções mais difíceis da Bíblia".
Segundo David Schechter, com simplicidade, Carter perguntou se havia pastores ou missionários presentes e três pessoas se colocaram de pé. Então o professor pediu a um deles que fizesse a oração inicial.
O jornalista contou que antes de iniciar a ministração do conteúdo da aula - sobre o livro de Ezequiel, no Antigo Testamento - Carter falou sobre seu estado de saúde, abordando um colapso que sofreu devido a uma desitratação com certo bom humor.
"Eu tive um tratamento excelente no Canadá ... de forma gratuita', diz Carter, provocando risos, 'mas meus médicos de Atlanta me fizeram usar um monitor cardíaco - o que torna o sono incômodo", contou David.
Já se voltando para o conteúdo da aula, Carter lembrou que o profeta Ezequiel surgiu como um "mensageiro de más notícias", enviado por Deus para dizer aos israelitas que são responsáveis por suas tribulações, por sua deslealdade e então o professor alertou a classe sobre o peso da responsabilidade pessoal em suas decisões.
"Carter sugere redefinir o que constitui uma vida bem-sucedida. 'Que tipo de pessoa eu quero ser?'; 'Tomamos decisões sobre o tipo de pessoa que queremos ser e como queremos viver o resto de nossas vidas", contou David citando as palavras do professor.
David contou que o final da aula de Carter se focou em alertar os alunos sobre a única forma de alcançar uma vida "plena, frutífera, feliz e pacífica": se entregar a Jesus e caminhar com Ele.
Segundo o jornalista, assistir à aula de Carter, além do fato de ser ministrado por uma boa reflexão, também serviu como uma agradável surpresa, de ver que um ex-presidente de 92 anos ainda se coloca à disposição do Reino para ensinar sobre a Bíblia em sua igreja.
"Este ex-presidente não-autárquico, de construção de casas, de eleições, de erradicação de doenças também ensina na igreja em vários domingos, diante de centenas de visitantes, que, como nós, partem dali nada menos que impressionados", finalizou.
Fonte: https://guiame.com.br/
Comentário: Jimmy Carter foi presidente dos Estados Unidos entre 1977 e 1981. Em seu governo, assinou um tratado com o Panamá, segundo o qual os Estados Unidos devolveriam o canal em 2000 ao controle panamenho. O tratado foi assinado com o presidente panamenho Omar Torrijos. Carter adotou uma política de distensão com os países comunistas, estabeleceu relações diplomáticas com a China, assinou tratados de SALT-2com a antiga União Soviética, sobre a redução de armas nucleares e reduziu as tensões diplomáticas de seu país com Cuba, governada por Fidel Castro.
Alguns acordos com Cuba resultaram no estabelecimento de Seção de Interesses (embaixada) dos EUA em Havana e uma cubana em Washington. Também houve acordo pesqueiro com Cuba sobre a delimitação das águas territoriais para a pesca. Carter autorizou que turistas dos EUA visitassem Cuba (Reagan vetaria essa lei), amenizando, além disso, o embargo contra Cuba. Mais de vinte anos depois de sua gestão, em 2002, ele faria visita histórica a Cuba.
Direitos Humanos
Jimmy Carter, ao contrário dos seus antecessores republicanos, influenciou o processo de abertura democrática de países da América Latina, quase todos então governados por ditaduras militares. Em 1977, Carter encontrou-se com o então presidente brasileiro Ernesto Geisel e influenciou a ala de militares brasileiros ligados a Geisel para um processo de abertura, que seria continuado por João Figueiredo.
Em 2008, defendeu a candidatura de Barack Obama a presidência.
Embora seu governo tenha sido marcado pelo uso da diplomacia para garantir a paz mundial, diminuindo o tom beligerante da Guerra Fria, e pela prioridade dada a questões sociais, Carter adquiriu reputação de parcimônia e indecisão - características que não foram bem recebidas pelo eleitorado americano.
Após a Revolução Iraniana de 1979 e o sequestro de 52 funcionários da embaixada norte-americana em Teerã, na chamada Crise de reféns no Irã, foi acusado de ineficiência na administração do caso.
Também em 1979 a União Soviética ocupou militarmente o Afeganistão por razões políticas, e muitos americanos acreditaram que Carter poderia ter agido com mais dureza para evitar esta crise. O gesto mais significativo de Carter contra a intervenção soviética foi o de boicotar os Jogos Olímpicos de 1980, que seriam disputados em Moscou.[2] Porém, uma recessão na economia estadunidense no período contribuiu para que as suas chances de reeleição fossem praticamente nulas.
Derrotado pelo republicano Ronald Reagan nas eleições de 1980, o ex-presidente retornou à Geórgia e criou o Carter Center para promover os direitos humanos, o avanço das democracias e a busca de soluções pacíficas para conflitos internacionais. Também foi observador internacional de muitas eleições em países que voltavam ao regime democrático ou que tentavam implantar tal regime em substituição a ditaduras.
Por suas ações no intuito de promover a paz mundial, direitos humanos, democracia e tendo sido mediador em diversas questões conflitivas ao redor do globo, foi agraciado, no ano de 2002, com o Nobel da Paz.
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