Quando leio o evangelho de Lucas ou o livro de Atos dos Apóstolos, vejo alguém que se preocupa em narrar uma história, não doutrinar. O capítulo 1 tando do evangelho que leva seu nome quanto do livro de Atos, mostram isso.
Porém, nos últimos 36 anos, surgiu a idéia de
Lucas ser um teólogo no nível de Paulo e com uma uma teologia distinta do
apóstolo dos gentios.
Eu até posso compreender que os 4 evangelistas do
N.T. tenham apresentado Jesus cada um com um enfoque seja aos judeus, romanos,
gregos e aos povos em geral. Mas no final a mensagem dos quatro se torna uma
só: Jesus era o Messias/Cristo prometido, o Filho de Deus, o salvador do mundo.
Nos seus livros tem teologia? Claro. A divindade
de Cristo, por exemplo está evidente em cada um deles, mas com mais ênfase em
João. A doutrina do Espírito Santo está em todos também. Dizer que está em
Lucas mais do que nos outros três é um erro, porque em João ela é até mais
explicada.
Quando chega o livro de Atos, vejo a tentativa de
transformar um livro que narra o início da igreja em um livro que normatizava
experiências como doutrinas, da mesma forma que as epístolas.
Não quero dizer com isso, que não existe doutrina
ou teologia em Atos. Existe sim. O que estou dizendo é que tem que se tomar um
cuidado tremendo para que a experiência esteja de acordo com o que é ensinado
em todo contexto do Novo Testamento.
Até onde uma experiência pode ser
confirmada ou não como doutrina normativa? É sobre isso que eu vou continuar
falando em outra postagem para não ficar muito longo aqui. Aguarde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário