segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Lucas, historiador ou doutrinador?

Como a amizade é sinônimo de salvação
Quando leio o evangelho de Lucas ou o livro de Atos dos Apóstolos, vejo alguém que se preocupa em narrar uma história, não doutrinar. O capítulo 1 tando do evangelho que leva seu nome quanto do livro de Atos, mostram isso.
Porém, nos últimos 36 anos, surgiu a idéia de Lucas ser um teólogo no nível de Paulo e com uma uma teologia distinta do apóstolo dos gentios.
Eu até posso compreender que os 4 evangelistas do N.T. tenham apresentado Jesus cada um com um enfoque seja aos judeus, romanos, gregos e aos povos em geral. Mas no final a mensagem dos quatro se torna uma só: Jesus era o Messias/Cristo prometido, o Filho de Deus, o salvador do mundo.
Nos seus livros tem teologia? Claro. A divindade de Cristo, por exemplo está evidente em cada um deles, mas com mais ênfase em João. A doutrina do Espírito Santo está em todos também. Dizer que está em Lucas mais do que nos outros três é um erro, porque em João ela é até mais explicada.
Quando chega o livro de Atos, vejo a tentativa de transformar um livro que narra o início da igreja em um livro que normatizava experiências como doutrinas, da mesma forma que as epístolas.
Não quero dizer com isso, que não existe doutrina ou teologia em Atos. Existe sim. O que estou dizendo é que tem que se tomar um cuidado tremendo para que a experiência esteja de acordo com o que é ensinado em todo contexto do Novo Testamento.
Até onde uma experiência pode ser confirmada ou não como doutrina normativa? É sobre isso que eu vou continuar falando em outra postagem para não ficar muito longo aqui. Aguarde.



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