A atual edição da Lição Bíblica trimestral publicada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) tem gerado elogios e críticas no meio evangélico brasileiro. Intitulada “A Igreja de Cristo e o Império do Mal: Como Viver Neste Mundo Dominado Pelo Espírito da Babilônia”, a revista, assinada pelo comentarista Pastor Douglas Baptista, aborda temas polêmicos e tem sido elogiada pelas verdades ensinadas, mas também foi acusada de disseminar informações imprecisas e ideologia partidária.
Para alguns teólogos, a lição deste trimestre se sobressaiu como uma das mais relevantes e atuais já escritas nas últimas décadas, destacando-se por trazer uma análise correta e precisa da cultura contemporânea. No entanto, nem todos têm recebido a publicação com a mesma aprovação.
O pastor Kenner Terra, doutor em Ciências da Religião, criticou veementemente a revista da EBD (Escola Bíblica Dominical) deste trimestre, alegando que ela tem sido uma fonte de desinformação e doutrinação em grande escala. Ele apontou que a revista faz afirmações imprecisas sobre perspectivas teológicas desenvolvidas na América Latina e confunde os leitores em relação a conceitos básicos da esfera pública, como progressismo, marxismo e gênero. Além disso, o texto foi acusado de defender uma visão machista de liderança e feminilidade submissa.
Outro ponto de controvérsia levantado por Terra é o tratamento de temas complexos relacionados à sexualidade e identidade de gênero sem o devido preparo técnico, levando a divulgação de inverdades e equívocos. Segundo ele, a revista utiliza estratégias de fake news e teorias da conspiração.
Mas, ao contrário de Terra, muitos líderes e membros da igreja aplaudem a abordagem da revista.
O pastor Geremias Couto escreveu: “Ainda nada tinha postado sobre a revista da EBD deste trimestre de forma explícita. Aproveito o ensejo da lição do domingo passado para dar parabéns tanto à CPAD quanto ao comentarista, Pastor Douglas Baptista, pela oportuna iniciativa. O momento exige. As lições foram escritas num padrão em que primeiro se dá o panorama geral para depois tratar dos principais pontos da era presente, finalizando com lições responsivas aos desafios contemporâneos. A lição deste domingo deixou os progressistas infiltrados no meio assembleiano e pentecostal “possessos”. Gritaram nas redes sociais. Que bom! Estão sendo expostos. Mas a imensa maioria recebeu com aprovação e aplausos! Incluo-me”.
Outro influente líder evangélico abordou o assunto em suas redes sociais.
Fonte: https://jmnoticia.com.br/
MEU COMENTÁRIO: Nos últimos 5 anos a CPAD lançou três revistas com temática parecida: em 2018, veio a revista comentada pelo Pr. Elinaldo Renovado, falando sobre a Ética Cristã. Na época a revista abordava alguns tópicos da recente Confissão de Fé (2017) que havia sido lançada pela CGADB. No ano passado, houve a lição sobre "Os Ataques contra a Igreja de Cristo, de autoria do Pr. José Gonçalves, que falava sobre temas como as sutilezas das ideologias contrárias a família. Na ocasião, houve um colunista do Jornal Folha de São Paulo que chegou a escrever um artigo criticando a revista: Veja mais em https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/rodrigo-ratier/2022/08/18/bolsonarista-assembleia-de-deus-associa-homossexualidade-a-satanas.htm?cmpid=copiaecola
Lembrando que na ocasião que o artigo da Folha foi escrito estávamos em em meio a eleição presidencial mais acirrada da história do Brasil. A revista que estamos estudando no 3º trimestre de 2023 vem comentada pelo Pr. Douglas Batista e tem como temática: “A Igreja de Cristo e o Império do Mal: Como Viver Neste Mundo Dominado Pelo Espírito da Babilônia”.
A crítica veio do Pr. Kenner Terra que não é assembleiano, e sim da igreja Betesda. Portanto ele não é "infiltrado" no meio assembleiano. Agora esse termo é pejorativo e não deveria ser usado para membros e pastores de uma igreja evangélica. Eu gostaria de perguntar: ao se referir a "infiltrados" estão querendo se referir a quais pessoas? As pessoas podem ter opiniões diferentes quanto a teologia, política, e ideologia, futebol, etc.
As diferenças dentro do respeito mútuo pode ocorrer, lembrando que na igreja primitiva quem defendia o ministério da circuncisão e da incircuncição pertenciam a uma mesma igreja. Querer fazer diferente pode ser perigoso, pois a história da igreja mostra que houve momentos em que se promoveram expurgos que foram posteriormente condenados. Fiquemos com a palavra e oração de Jesus ao Pai: "Que eles sejam um assim como nós somos Pai".
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