Martin Luther King Jr., foi um pastor batista, líder dos direitos civis nos anos 60, sendo assassinado em abril de 1968. Em 16 de abril de 1963, ele fora preso em Birmigham e de lá escreveu uma carta aos cléricos de sua época. Lendo um trecho desta carta, se vê como ela é atual, mesmo sendo escrita há 46 anos atrás. Pode ser perfeitamente endereçada aos líderes religiosos de hoje. Veja um trecho dela:
"Houve um tempo em que a igreja era bastante poderosa – no tempo em que os primeiros cristãos regozijavam-se por ser considerados dignos de ter sofrido por aquilo em que acreditavam. Naqueles dias, a igreja não era apenas um termômetro que registrava as idéias e princípios da opinião pública; era um termostato que transformava os costumes da sociedade. Quando os primeiros cristãos entravam em uma cidade, as pessoas no poder ficavam transtornadas e imediatamente buscavam condenar os cristãos por serem “perturbadores da paz” e “forasteiros agitadores”. Mas os cristãos prosseguiam, com a convicção de que eram “uma colônia do céu”, que devia obediência a Deus e não ao homem. Pequenos em número, eram grandes em compromisso. Eles eram intoxicados demais por Deus para serem “astronomicamente intimidados”. Com seu esforço e exemplo, puseram um fim em maldades antigas como o infanticídio e duelos de gladiadores. As coisas são diferentes agora. Com tanta frequência a igreja contemporânea é uma voz fraca, ineficaz com um som incerto. Com tanta frequência é uma arquidefensora do status quo. Longe de se sentir transtornada pela presença da igreja, a estrutura do poder da comunidade normal é confortada pela sanção silenciosa – e com frequência sonora – da igreja das coisas tais como são.
Mas o julgamento de Deus pesa sobre a igreja como nunca pesou. Se a igreja atual não recuperar o espírito de sacrifício da igreja primitiva, perderá sua autenticidade, será privada da lealdade de milhões e será descartada como um clube social irrelevante com nenhum significado...Todos os dias, encontro pessoas jovens cuja decepção com a igreja tornou-se uma repugnância absoluta.
Talvez tenha sido mais uma vez otimista demais. Estará a religião organizada ligada inextricavelmente demais ao status quo para salvar o país e o mundo? Talvez deva dirigir minha fé à igreja interior, espiritual, a igreja dentro da igreja, como a verdadeira ekklesia e a esperança do mundo. Mas, de novo, sou grato a Deus por algumas almas nobres das fileiras da igreja organizada terem rompido as correntes paralisantes do conformismo e unido-se a nós como parceiros ativos na luta pela liberdade".
O texto na íntegra pode ser encontrado no site www.ordemlivre.org/
nao vou muito longe pr. juber,cito um exemplo que acontece comigo e me deixa triste. No meu trabalho ha alguns irmaos que tem vergonha de comprimentarem com a paz do senhor, nem os comprimento mas com a paz mas com o "e ai" com que eles me comprimentam, e quando estao com pessoas nao evangelicas ai que viram verdadeiros 007.O interressante que na igreja no templo comprimentam, demonstrando tais lideres e obreiros uma verdadeira hipocresia. Se nao enfluenciamos entre nos mesmos com bons exemplos como poderemos enfluenciar o mundo perdido.
ResponderExcluirWebstter,
ResponderExcluirEu sei como é, são os crentes-agentes secretos, a gente sabe que tem em certo lugar, mas não sabe quem é. Martin Luther King, lutou em sua época por aquilo que ele acreditava, por isso ele disse a famosa frase: "Eu tenho um sonho". Mas hoje, a gente vê uma geração, onde há um vazio de sonhos.
Abraço.