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segunda-feira, 26 de outubro de 2009
CUIDADO COM O BAILE DE MÁSCARAS
O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios disse: "Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" II Cor 3:18. Soren Kierkegaard certa vez disse que, a vida é um baile de máscaras. Ele sabia que este, era o escudo atrás do qual as almas se escondiam de si mesmas, e, assim, tentavam ocultar suas faces também para a percepção dos demais. A maioria quer ser famosa, mas poucos querem ser conhecidos! Ora, usar máscaras, para muitos, não passa de truque, de um direito, de uma opção: ser ou não ser; mostrar ou não mostrar; como se tal bravata contra o próprio ser pudesse passar sem punição. Para muitos, esconder-se atrás das máscaras é apenas um questão de proteção ou de diversão inexaurível e viciante. Sim, acaba virando um vício do ser, a tal ponto que sem as máscaras muitos homens não suportam e morrem. Assim, para a maioria, sem o personagem, acaba a pessoa. Talvez esta seja a razão pela qual até agora, ninguém conseguiu conhecer você, pois toda revelação que você faz de “si mesmo”, é sempre uma ilusão. Você não sabe quem você é, mas apenas sabe qual deve ser a sua imagem, a sua máscara. Nesse caso, sua mais ardente e compulsiva tarefa na existência, consiste em preservar seu esconderijo. E, sem dúvida, devemos admitir que muita gente desenvolveu tal capacidade de transformismo com a mesma habilidade dos polvos miméticos. Sendo assim, diz Kierkegaard, “você é tão mais bem sucedido, quanto mais enigmática for a sua máscara”. Quando a existência se transforma “nisto”, eu e você viramos de fato nada além de NADA. Ou seja, passamos a ser apenas uma “relação com os outros”; e o que nos tornamos é unicamente em razão e em “virtude dessa relação”. A moral é a grande máscara. E os moralistas são o que detém o maior número de disfarces. Entre esses, o mais danoso de todos é o estelionatário da religião, o picareta que come as almas dos homens. Lobos mascarados de ovelhas! Muitos existem assim. Daí, quando acontecem catástrofes que lhes roubam as “máscaras”, ficam em estado de desespero, visto que, sem a máscara eles não possuem um rosto próprio, algo que a própria pessoa reconheça para si e como sua, e não apenas como um reflexo da imagem que os outros devolvem para você mesmo, supostamente acerca de quem você aparenta ser para eles. Desse modo, você vende imagem, e se alimenta dela. Mas no dia em que as máscaras são tiradas, muitos não conseguem mais viver, pois neles não há uma vida própria, mas apenas uma existência fabricada para consumo no Baile de Fantasias, que é a existência de muita gente. ”Você não sabe que vem a hora chamada “meia noite” na qual todos terão que lançar fora suas máscaras? Você crê realmente que a vida se deixará zombar para sempre? Ou talvez você pense que pode escapar um pouco antes da “meia noite” e fugir de tal hora? Ou será que você fica apavorado com essa idéia?”—pergunta o profeta. Você consegue pensar em algo mais apavorante do que ter que viver tal “meia noite” em sua existência na Terra ou em qualquer outro lugar onde isto possa lhe acontecer? Quem vive nesse Baile de Fantasias não tem idéia do que faz de mal à sua própria alma. Não existe droga mais viciante do que a força compulsiva da “máscara”. Aquele que se faz um com a mascara, faz-se um com o Nada, pois sua natureza vai se dissolvendo numa multiplicidade...e que acaba fazendo com que esse ser realmente se torne muitos. Pode acontecer, de se tornar semelhante àquele pobre Gadareno, ocupado por “infelizes demônios”; numa legião de falsas identidades, que não são suas identidades, e muito menos correspondem a você! Os demônios habitam sob máscaras. Por isto mascarados lhes são tão desejáveis residências. Pobre do auto-enganado que pensa que as máscaras o salvarão! Tire de sua cara a máscara. Do contrário, você poderá vir a perder a coisa mais sagrada e preciosa de um ser humano - o poder unificador da personalidade, e a capacidade abençoada de se tornar alguém que seja realmente você. Deixe que Deus retire o véu da sua face para que você possa, com cara descoberta refletir a glória do Senhor, sendo transformado pelo Espírito Santo, na imagem de Jesus Cristo.
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Ótimo post...mas de que fonte voce tirou isto???
ResponderExcluirhttp://www.liberdaderadical.com.br
Rodrigo,
ResponderExcluirObrigado pela visita e pela participação.
Abraço.
Diléto Pastor graça transparência verdade e paz!
ResponderExcluirVivemos em um tempo em que muitos anceião ansiosos por serem beatificados pelos papinhas da igreja evangelica,ou de qualquer outra religião que professa crer em Deus. É tragico e lamentavel do que aparenta, infelismente é o que todo mundo sabe, um baile de plasticas angelical a moda do inferno, por isso eu prefiro crer, A santa é a mulher com a máscara de ferro Anastácia. ...
Josué,
ResponderExcluirJá notou que não se prega em Mateus 23, nas igrejas, salvo algumas exceções. Por que será? É o texto onde se mais condena a hipocrisia religiosa.
Abraço.
Graça e Paz, Pr. Juber!
ResponderExcluirSe fala tanto de verdade, ser apologeta da verdade,mas são poucos que mostram a verdade de suas vidas. O testemunho do servo de Deus é a verdade da sua vida, é transparência, sinceridade, ou seja, a verdade de quem ele é.
Deus procura verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e verdade. Que as máscaras possam cair!
Um abração!
Marcos Wandré,
ResponderExcluirFazer apologia da defesa da fé, conforme está em I Pedro 3:15, sempre com uma resposta para quem perguntar a razão da nossa fé", é importante. Vejo gente fazendo apologia de forma séria, sincera e equilibrada, e louvo a Deus por isso, pois é necessário. Mas, infelizmente vejo outros fazendo coisas que não são apologia bíblica, mas sim um ataque extremista e completamente distorcido do ensino que Jesus ensinou nos Evangelhos, seja em palavra ou na forma como tratava as pessoas pelo caminho.
Grande abraço.
Bem, temos os três passos para isso, nove passos para aquilo (uma verdadeira dança), encontrada hoje nos encontros evangélicos, agora um baile de máscaras.
ResponderExcluirFalta-nos a música e elementos de sedução como mulheres, bebida e comida e zás! eis aí a festa do cão!
Eu me perguntei: será que estou usando uma máscara de evangélico? Como as pessoas me vêem? Como meus filhos me vêem? Como minha esposa me vê? Que máscara estou usando? Que ao olhar para mim, as pessoas não vejam nada, nadinha... Que eu não me faça perceber, mas que minha ausência se faça sentir... que Jesus me ajude a ser quem-eu-deveria-ser-nele.
Paz, Juber. Você sempre me levando a pensar.
Marcelo,
ResponderExcluirPaulo diz na segunda carta aos Coríntios: "nós não somos como Moisés, pois com o rosto descoberto..." Interessante, essa frase, com o rosto descoberto, sem véu, sem máscara. Me lembro quando comprei o livro: "Billy Graham", uma biografia escrita por John Pollock, que ele no início de suas primeiras cruzadas fazia uma oração em público dizendo: "Senhor, que o pregador esconda atrás da cruz, e que o povo, não veja a ninguém mais, a não ser Jesus". Faz 25 anos que eu li esse livro, mas não consigo esquecer esta oração.
Abraço.