Tragédias de grandes proporções, estão ocorrendo recentemente. No Brasil, as chuvas e deslizamentos em alguns Estados, agora forte terremoto no Haiti. Estes eventos, provocaram a morte de muitas pessoas.
O Haiti é o país mais pobre do continente americano. Os primeiros dados, indicam que mais 100 mil pessoas morreram em consequência do terremoto. Até o momento, foi confirmado que o Brasil perdeu 14 militares e Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança (CNBB). É momento de orar pelo sofrido povo caribenho e procurar enviar toda a ajuda possível.
Geralmente, quando acontece tais fatos, as pessoas querem saber, o “por que”. Citam como motivo, a religião ou a falta de religão dos moradores de um determinado lugar, que, segundo este pensamento, causaram a “ira de Deus” sobre o lugar. No caso do Haiti citam a prática da religião vodu, entre seus habitantes.
Vamos ler, um texto da Bíblia que está em Lucas 13:1-5:
"Neste mesmo tempo, contavam alguns, o que tinha acontecido a certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios. Jesus toma a palavra e lhes pergunta: Pensais vós que estes galileus foram maiores pecadores do que todos os outros galileus, por terem sido tratados desse modo? Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo. Ou cuidais que aqueles dezoito homens, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, foram mais culpados do que todos os demais habitantes de Jerusalém? Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo". Lucas 13:1-5.
Assim falou Jesus, analisando um desastre. E é, nesse ambiente de, "aparente silêncio de Deus", que os teólogos ficam desorientados. O Tsunami na Ásia (2004) e o furacão Katrina (2005) em Nova Orleans-EUA, provocou não só tragédias àquelas populações que lá viviam. Provocou também, "furacões e tsunamis" nas cabeças de muitos teólogos. Na ânsia de quererem justificar Deus e terem respostas, criaram praticamente, um "deus" humanístico. Que o digam, os defensores da Teologia Relacional ou do Processo.
Jesus não deu nenhuma resposta a tais questões. Apenas tratou o mundo, como ele era. Todavia, não tentou ser seletivo quanto, às calamidades humanas. A leitura do livro de Eclesiastes, acaba com essa nossa visão, de bem e mal na Terra. Isto porque, diz o Eclesiastes, a Terra é habitada pela injustiça. “O que ocorre ao injusto, ocorre ao justo também”— diz o Eclesiastes 9:2. Em cada indivíduo, Deus tem um propósito único, razão pela qual, não se pode ter uma filosofia do bem e do mal universal, posto que, não sabemos nada sobre Deus e um homem; e, ainda, não teríamos como saber de modo algum, posto que a relação de Deus com os indivíduos é pessoal, e os aplicativos de Seu amor, muitas vezes, colhem inocentes em calamidades, visto que para Deus, a morte não é o que representa para nós.
Para nós, nada há pior do que morrer. Para Deus, muitas vezes, nada há pior do que existir na Terra. Isto porque, para Ele todos vivem. Segundo Mateus 22:32, Deus é Deus dos vivos e não dos mortos! Quando Jesus falou esta frase, citando Abraão, Isaque e Jacó, eles estavam mortos à séculos. Mas segundo Jesus, perante Deus, estavam vivos. E isto, o põe para além das coerências e explicações humanas!
A leitura dos salmos, parece abrir tal fato para além de nossa compreensão. Ele destrói povos; levanta reis e os abate; trás calamidades e as faz cessar; explode vulcões, e, paradoxalmente, envia estações de fruto... As “testemunhas que clamam debaixo do altar” no Apocalipse, dizendo: “Até quando não vingarás o nosso sangue?”— são todos os que foram vitimas da ação maldosa do homens, assim como também podem ser vítimas de catástrofes que os abateram, no ato de se eliminar um mal maior, e que por eles não foi provocado. A leitura também do Apocalipse, mostra que, no enfrentamento das Bestas e do Falso Profeta, multidões morrem, e a Terra toda geme. Imaginamos sempre, Deus exercendo juízo sobre a Terra, de modo cirúrgico e seletivo, o que tanto não é conforme a Revelação da Palavra, como também não se parece com a realidade. O justo anda pela fé, também porque não conhece os caminhos de Deus!
Todavia, muitas das presentes calamidades, são produzidas pelos homens, pelo seu egoísmo, pela sua Síndrome de Torre de Babel, quando decidem usar a Terra como quintal. Num mundo como o nosso, que polui a criação, a devasta, a torna lixo, e trata a Terra como algo desprezível, Deus não tem que fazer nada. Nesse caso, Sua Soberania é deixar a natureza seguir seu curso de revolta! Deus não dá explicações! Nem mesmo a Jó, Ele deu explicações. E quando chegou a hora de falarem os dois, Deus não tratou do sofrimento humano, mas apenas evocou Sua Soberania, com os terríveis “onde estavas tu?”— dirigidos a Jó.
Na História, os pobres, os humildes e os fracos, são sempre os que morrem em razão das decisões dos poderosos. Por isto, deles é a Terra Por Vir (dos mansos) e também deles é o reino dos céus (dos humildes). Os ilustrados e certos de que existe uma explicação para as coisas desta vida, são os que sofrem buscando fazer Deus palatável para os sabores humanistas. Ele, todavia, abate a quem quer e levanta a quem deseja. Nele trevas e luz são a mesma coisa. Ele cria a luz e Ele mesmo faz as trevas. Ele reina sobre tudo e todos. Nossa visão é muito limitada! Os teólogos, ficam buscando uma “explicação”. Mas aquilo que implica na Soberania de Deus, foge à compreensão!
A pergunta é: “Quem pecou?” A resposta é: Ninguém pecou; e, também, todos pecaram! De modo que o que Jesus disse acerca das calamidades, volta com força esmagadora: “Mas se vós não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis”. O justo vive pela fé, sobretudo, onde não há explicações a serem dadas! Mas que, os presentes ventos, já sopram o inicio do vendável do juízo de Deus, sobre a humanidade e sobre o Planeta que nós estamos destruindo, disso, não tenha dúvida alguma.
"E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu". Lucas 21:11
"O justo vive pela fé, sobretudo, onde não há explicações a serem dadas!"
ResponderExcluirA fé vive porque não há explicações! São, todas, sempre parciais, falhas ou falsas. A fé nos dá esperança de um dia as conhecer.
Rubinho,
ResponderExcluirIsso mesmo! Constantemente e principalmente no meio pentecostal, se ouve a expressão: "Eu senti de fazer isso ou não senti de fazer isso". Relacionando isso a fé. Só que a fé é um pulo no escuro, você não vê, não sente, mas confia, que naquele lugar onde não se vê nada, tem Alguém com os braços para nos segurar - DEUS. Como disse o escritor aos Hebreus, "a fé é a certeza das coisas que não se vêem".
Abração.
Diléto, Pastor,
ResponderExcluirFaço meus comentarios, as palavras de 'Arnaldo Jabor,
Veja... Arnaldo Jabor fala sobre a situação do Haiti - 13/01/10
http://www.youtube.com/watch?v=0e4boULzkEk
Saúde e páz!
Abraço.
Josué Pereira,
ResponderExcluirOremos por aquele povo sofrido. Obrigado pela sua participação.
Abraço.
Juber,
ResponderExcluirPaz seja contigo.
Parabéns por abordar esse tema difícil.
Aproveito para divulgar o texto Ajude o Haiti, convidando a todos para orar e ajudar os haitianos.
Clóvis
Editor do Cinco Solas
Olá Juber!
ResponderExcluirParabéns pelo blog, as matérias estão excelentes, já estou seguindo.
Quero aproveitar para divulgar o meu blog http://wwwadoradoresemverdade.blogspot.com/ quando puder faça uma visita.
Um abraço fik na paz.
Clóvis,
ResponderExcluirObrigado pela participação. O alerta em seu blog, sobre o socorro às vítimas e aos que tentam se aproveitar da situação, ficou muito bom, já o visitei e deixei um comentário lá.
Abraço.
Luis,
ResponderExcluirObrigado pela sua visita, participação, e por se tornar seguidor deste blog. Visitei o seu blog e deixei um comentário lá.
Um abraço.
Clóvis,
ResponderExcluirObrigado pela informação vou estar divulgando nesse blog. O Haiti realmente necessita de toda a ajuda possível.
Um abraço.
Caro Pastor Juber
ResponderExcluirQuero deixar meu registro, mas não sobre a matéria específica, mas sim sobre seu blog.
Achei ele em pesquisa, e fiquei feliz de encontrar na blogosfera um lugar de posição equilibrada e de bom senso, não agressivo mas não faltoso com a verdade, falando de muitas coisas, mas mostrando temor a Deus.
Dei uma olhada no geral, e quero dar parabéns pelo trabalho.
um abraço de seu irmão em Cristo da cidade de Niteroi,Rj.
Pr. Paulo Nogueira,
ResponderExcluirObrigado pelas palavras tão gentis e pela visita amável. Volte sempre, você é sempre bem vindo por aqui.
Um abraço fraterno.