Um concílio é uma reunião de autoridades eclesiásticas com o objetivo de discutir e deliberar sobre questões pastorais, de doutrina, fé e costumes (moral). Os concílios podem ser ecumênicos, plenários, nacionais, provinciais ou diocesanos, consoante o âmbito que abarquem.
O primeiro concílio ocorreu em Jerusalém, conforme pode ser lido no livro dos Atos dos Apóstolos, quando os Apóstolos se reuniram para tratar sobre os temas que estavam dividindo os primeiros cristãos: de um lado os judaizantes (judeus convertidos) e do outro os gentios (os convertidos não-judeus).
O primeiro concílio ocorreu em Jerusalém, conforme pode ser lido no livro dos Atos dos Apóstolos, quando os Apóstolos se reuniram para tratar sobre os temas que estavam dividindo os primeiros cristãos: de um lado os judaizantes (judeus convertidos) e do outro os gentios (os convertidos não-judeus).
Os objetivos de um concílio estão presentes nas definições acima, onde a preservação, a defesa, e a clareza sobre os fundamentos doutrinários, teológicos e os bons costumes são buscados.Ao longo da história da Igreja muitos concílios já foram realizados.
Veja a relação dos mesmos:
-Concílio de Jerusalém (Atos 15)- Concílio de Niceia (325)- Concílio de Constantinopla I (381)- Concílio de Éfeso (431)- Concílio de Calcedônia (451)- Concílio de Constantinopla II (553)- Concílio de Constantinopla III (680) - Concílio de Niceia II (787)- Concílio de Constança (1414)- Concílio de Trento (1545)- Concílio Vaticano I (1870)- Concílio Vaticano II (1962).
Todos os concílios acima (exceto o Concílio de Jerusalém) foram convocados pela liderança da Igreja Católica, ou pela ingerência do Estado.O resultado dos concílios deram origem a alguns credos, que são uma "exposição resumida dos artigos de fé aceitos por uma religião, ou denominação" (ANDRADE, 1998, p. 99).
Um outro mecanismo de proteção, defesa, clareza doutrinária e teológica foram as Confissões de Fé, instrumento produzido pela igreja reformada. Um exemplo de Confissões de Fé são:-A CONFISSÃO DE FÉ DE AUGSBURGO (1530); A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER (1643) e o SÍNODO DE DORT (1619).
Usando uma linguagem mais conhecida no meio pentecostal assembleiano, um concílio poder ser realizado por uma Convenção Estadual, Regional ou Nacional (como no caso a CGADB - Convenção Geral de Ministros da Assembleia de Deus no Brasil).
Porém, conforme disse o Pr. Altair Germano em seu blog (www.altairgermano.net/), no caso assembleiano: "As questões de ordem teológica, doutrinária, eclesial e moral, sempre foram, e continuam sendo tratadas nas Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias da CGADB (a primeira aconteceu em 1930).
Ao longos dos anos, desde a sua fundação, as Assembleias de Deus no Brasil continuaram crescendo, se multiplicando e se dividindo. A sua estrutura eclesial se tornou bastante complexa, impossibilitando a manutenção da unidade denominacional tão proclamada e desejada em questões eclesiais, nos usos e costumes e na doutrina.
O Pr. Altair Germano, ao propor um Concílio Assembleiano, explica que sua proposta é direcionada ao âmbito de atuação da CGADB. Diz ainda que as AGO´s e AGE's, quando convocadas na maior parte do tempo, fica sendo gasto com questões relacionadas à política eclesiástica, ou na solução de litígios internos. As questões de ordem doutrinária e teológica são geralmente direcionadas para comissões especiais, medida esta que acaba castrando e impossibilitando a participação de um número maior de pessoas, e um aprofundamento mais amplo das discussões em plenário. As consequências disso são que no campo doutrinário e teológico, temos, por exemplo, problemas graves de falta de unidade e uniformidade na Cristologia, Pneumatologia, e Eclesiologia.
Fonte: Blog do Pr. Altair Germano e Wikipedia.
Meu comentário: Em minha opinião, considero muito válida, a justa preocupação do Pr. Altair Germano e de outros companheiros de ministério, quanto a preservação da ortodoxia bíblica. Por isso, estão sugerindo a convocação de um Concílio assembleiano, para tratar de algumas diferenças de interpretação tanto na doutrina bíblica, quanto na eclesiologia. Mas dando uma olhada na história do cristianismo nesses 2.000 anos e também no período pós-reforma protestante, penso que um concílio assembleiano, sem a participação da Conamad (Madureira) e de outros ministérios assembleianos que não fazem parte da CGADB, ficaria meio vago e com seus efeitos práticos limitados no que tange a denominação Assembléia de Deus. Sem dúvida, que vivemos dias difíceis, onde as notícias são de:
- campanhas eclesiásticas no nível das disputas políticas partidárias, com gastos financeiros enormes;
- politicagem explícita em ano de eleição como foi este;
- denúncia de líder denominacional fazendo aliança com herege falso-messias, sem contar que o pastor que fez a denúncia postando o vídeo revelador, foi alvo, ao que tudo indica de uma "armação" para ser preso. As últimas notícias, são de ele já foi solto.
Sinceramente, não sei se um Concílio resolveria o que está ocorrendo, talvez nem uma Reforma, e sim somente uma Revolução.
Penso que seria bom, pois vejo as doutrina bíblica da AD como uma colcha de retalho Juber. Sinto tanto em dizer isso. Paz!
ResponderExcluirRô,
ResponderExcluirA AD em termos de eclesiologia, há anos que as diferenças existem de uma região para outra. Um campo ministerial não consagra evangelista, outro consagra diaconisa. Nem vou falar em usos e costumes, porque aí as diferenças são gritandes, muitas vezes dentro de uma mesma cidade. No que tange a doutrina bíblica, um concílio poderia contribuir no sentido de tentar unificar o ensino. Hoje, vemos pastores assembleianos, que são calvinistas, sendo que a denominação segue a linha armeniana, pois nas próprias revistas da EBD, sempre foi ensinado sobre a possibilidade de perda da salvação. Na área da escatologia, então, se vê que o dispensacionalismo não reina mais absoluto entre as pessoas com formação teológica, sejam elas pastores ou não.
Mas como eu disse, para que um concilio assembleiano, tivesse uma eficácia melhor, ele deveria abranger todos os ministérios da AD, sejam eles filiados a CGADB ou não.
Paz.
Hoje, vemos pastores assembleianos, que são calvinistas, sendo que a denominação segue a linha armeniana.
ResponderExcluirPois é Juber meu problema é mais nesta área, não temos uma teologia só nossa, ha uma divisão nesta área. E olha que nem sou mais da AD, mas sinto tanto por isso, a uma confusão muito grande. Paz!
Rô,
ResponderExcluirEssa divisão na questão do ensino, tem vários fatores, esteja na falta de formação teológica, ou na forma como esta formação é feita hoje. Eu não vou citar nomes, mas conheço duas pessoas dentro da AD, que são mestres por excelência, com grande reconhecimento dentro da denominação, sendo que eu mesmo, admiro muito a ambos. Mas a posição em certos assuntos teológicos, exemplificam um pouco a questão da falta de unificação do ensino, pois um é calvinista, o outro armeniano. Um é dispensacionalista o outro não. E por aí vai.
Abraço.
Pois é, quando chegamos nos seminários a maioria dos professores são todos calvinistas, pois aprenderam em seminários calvinistas, aí ta formada a confusão. Paz querido.
ResponderExcluirEntão, a EBD ensina a perda da Salvação e nós nos seminários aprendemos que nossa Salvação esta garantida, graças a Deus. rs rs
ResponderExcluirRô,
ResponderExcluirÉ mais ou menos por aí mesmo. As vezes parece esquisofrenia teológica.
Paz.
Amado irmão, estamos de volta com o blog Estreita Porta. Seguindo seu blog, faça-nos uma visita! Abraço e permaneçamos em Cristo.
ResponderExcluirEstreita Porta,
ResponderExcluirObrigado pela visita e pela participação. Vou estar dando um chegadinha lá.
Abraço.
isto é impossivel se até mesmo dentro de um mesmo ministerio ha divergencia na questao do ensino.So um exemplo, uns creem que a igreja passara pela grande tribulaçao outros nao.
ResponderExcluirWebstter,
ResponderExcluirExemplos de falta de unidade de ensino não faltam, há vários outros, como os que mencionei nos comentários anteriores. Mas isso não é exclusividade da Assembleia de Deus não, ocorre também nas outras denominações, como: presbiteriana, batista, metodista, anglicana, nas comunidades, e etc.
Bota esquizofrenia nisso.
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