Filho de um guarda civil municipal, criado em uma família evangélica, aluno exemplar. Esse é o perfil de Davi Mota Nogueira, 10 anos, um menino tímido, que tinha poucos amigos e dificilmente falava em sala de aula. Na tarde desta quinta, ele atirou contra a professora de português Rosileide Queiros de Oliveira e se matou.
Antes de disparar, Davi fez um desenho semelhante à cena que aterrorizaria a todos que estavam na classe minutos depois – um menino com duas armas, um professor e um balão com os dizeres “eu com 16 anos”. A imagem foi apreendida pela polícia e será analisada.
O estudante Luan Pereira, 15 anos, disse que a timidez de Davi era motivo de gozação. Segundo o adolescente, o menino tinha dificuldade para se relacionar com os colegas e não gostava da professora, vista como repressora e exigente pelo restante dos alunos. A informação foi confirmada pelo delegado Francisco José Alves Cardoso, chefe da Delegacia Central de São Caetano. “Pelo que apurei, o menino não se dava bem com a Rosileide.” O delegado disse que vai investigar se o garoto sofria bullying.
Namorado diz que professora baleada não se queixava de aluno
O namorado da professora Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, baleada quinta-feira (22) por um estudante de 10 anos em uma escola de São Caetano do Sul, ABC, disse que ela descreveu o autor do disparo como “um aluno exemplar, tranquilo, quieto, que tirava boas notas”. O funcionário público Luiz Eduardo Hayakawa visitou a namorada na noite da quinta, logo após ela deixar o centro cirúrgico.
O perfil relatado pelo namorado da professora é confirmado por colegas e vizinhos de Davi Mota Nogueira, que é descrito como uma criança muito tranquila, educada e quieta. Segundo vizinhos ouvidos pelo G1, ele era “na dele”, de poucos amigos, ficava mais em casa, saía praticamente só para ir para a escola e para a igreja com os pais.
“Ele era quieto, na dele”, conta a estudante do 5º ano Beatriz dos Santos, de 10 anos, que fazia aulas de educação física com Davi – que estava no 4º ano. Sobre Rosileide, ela descreve: “Ela é chata com quem bagunça, mas era boa professora”.
A vizinha Valderes Sanches, que mora no mesmo bloco que a família de Davi, em um prédio de São Caetano do Sul, diz que está em choque. “Era super educado, de uma educação raríssima, uma excelente criança. Não saía para brincar nas áreas do prédio, não tinha nada para falar de ruim dele. Era quietinho, de poucos amigos, só saía para ir para a igreja e para a escola. Nunca vi ele aqui embaixo solto”.
Larissa Natalie Caetano da Silva, de 10 anos, que era colega de sala de Davi, confirma que ele era bom aluno. “Ele era quieto, sempre tirava nota boa. Era legal, engraçado, não era agressivo. Era bem normal. Fazia as lições direito, a professora nunca brigava com ele”. Ela presenciou a agressão do aluno dentro da sala de aula: “Na hora que estourou, eu achei que fosse uma bomba. Não sabia que tinha atirado na professora, só vi ela cair. Depois ouvimos outro barulho, saíram e viram ele na escada”.
Antes de disparar, Davi fez um desenho semelhante à cena que aterrorizaria a todos que estavam na classe minutos depois – um menino com duas armas, um professor e um balão com os dizeres “eu com 16 anos”. A imagem foi apreendida pela polícia e será analisada.
O estudante Luan Pereira, 15 anos, disse que a timidez de Davi era motivo de gozação. Segundo o adolescente, o menino tinha dificuldade para se relacionar com os colegas e não gostava da professora, vista como repressora e exigente pelo restante dos alunos. A informação foi confirmada pelo delegado Francisco José Alves Cardoso, chefe da Delegacia Central de São Caetano. “Pelo que apurei, o menino não se dava bem com a Rosileide.” O delegado disse que vai investigar se o garoto sofria bullying.
Namorado diz que professora baleada não se queixava de aluno
O namorado da professora Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, baleada quinta-feira (22) por um estudante de 10 anos em uma escola de São Caetano do Sul, ABC, disse que ela descreveu o autor do disparo como “um aluno exemplar, tranquilo, quieto, que tirava boas notas”. O funcionário público Luiz Eduardo Hayakawa visitou a namorada na noite da quinta, logo após ela deixar o centro cirúrgico.
O perfil relatado pelo namorado da professora é confirmado por colegas e vizinhos de Davi Mota Nogueira, que é descrito como uma criança muito tranquila, educada e quieta. Segundo vizinhos ouvidos pelo G1, ele era “na dele”, de poucos amigos, ficava mais em casa, saía praticamente só para ir para a escola e para a igreja com os pais.
“Ele era quieto, na dele”, conta a estudante do 5º ano Beatriz dos Santos, de 10 anos, que fazia aulas de educação física com Davi – que estava no 4º ano. Sobre Rosileide, ela descreve: “Ela é chata com quem bagunça, mas era boa professora”.
A vizinha Valderes Sanches, que mora no mesmo bloco que a família de Davi, em um prédio de São Caetano do Sul, diz que está em choque. “Era super educado, de uma educação raríssima, uma excelente criança. Não saía para brincar nas áreas do prédio, não tinha nada para falar de ruim dele. Era quietinho, de poucos amigos, só saía para ir para a igreja e para a escola. Nunca vi ele aqui embaixo solto”.
Larissa Natalie Caetano da Silva, de 10 anos, que era colega de sala de Davi, confirma que ele era bom aluno. “Ele era quieto, sempre tirava nota boa. Era legal, engraçado, não era agressivo. Era bem normal. Fazia as lições direito, a professora nunca brigava com ele”. Ela presenciou a agressão do aluno dentro da sala de aula: “Na hora que estourou, eu achei que fosse uma bomba. Não sabia que tinha atirado na professora, só vi ela cair. Depois ouvimos outro barulho, saíram e viram ele na escada”.
Meu Comentário: Essa tragédia aconteceu recentemente, portanto ainda vão surgir várias teorias tentando explicar esse triste fato. Coisas como se o garoto sofria de bullying, como que eram os pais, que igreja era essa que a família frequenta, quem é o pastor deles, e etc. Minha monografia de conclusão de curso em Psicopedagogia foi sobre bullying. Não faço idéia do motivo da tragédia, mas a única coisa que me vem a mente, é que por mais que vivamos numa época complexa, não é normal uma criança sair atirando por aí. Quando eu era criança também não gostava de algumas professores, mas nem por isso saí atirando, lembrando também, que graças a Deus, na minha casa não havia arma. Influência da violência exibida na tv? Mas os mesmos programas que ele assistia, outros colegas seus também assistiam e nem por isso, fizeram o mesmo. Repito, não sei o motivo, nem o que se passou na mente dessa criança, apenas fico chocado ante o fato de uma pessoa na mais tenra idade praticar um ato de tamanha violência contra o próximo e principalmente contra si mesmo. Fica minha oração pela família num momento de tamanha dor e choque. Que Deus tenha misericórdia de todos nós, nesses dias que a Bíblia chama de maus.
Juber, sou professor de escola pública e percebo que as crianças de hoje estão cada vez mais refletindo a violência do social. Isso é terrível, pois ja não vivem mais como crianças. Mas delas já são tratadas como "mini" adultos. Oremos para console a família e nos ensine a educar os nossos filhos.
ResponderExcluireu acredito que o brasil tem seguido o modelo norte americano, onde as intituiçoes de ensino, tem que ser laicas, tiraram Deus das escolas,e as consequencias nao pode ser outra, infelismente esse ja é o segundo caso, menos grave que o primeiro, isso é apenas o começo...
ResponderExcluirmarcellorabito@bol.com.br
Os perigos que uma arma de fogo pode trazer estão no centro da Campanha Nacional do #Desarmamento 2011 – Tire uma arma do futuro do Brasil. Brigas de trânsito, desentendimentos que resultam em tragédias ou acidentes com armas envolvendo crianças,como o caso que motiva esta discussão, são muito comuns. Muitas vezes o cidadão recorre à posse de uma arma na busca de proteção, sem refletir sobre os riscos que envolvem este instrumento. Esta e todas as questões que envolvem o desarmamento estão sendo discutidas diariamente na web. Para participar do debate, acesse www.entresuaarma.gov.br e conheça os canais do #desarmamento nas redes sociais. Este é um assunto que tem a ver com todos nós. Participe.
ResponderExcluirRecomendo a leitura do artigo de
ResponderExcluirJorge Forbes - "Órfãos do Explicável" - no estadão de Domingo. Ele afirma que neste mundo pós-moderno, nosso conhecimento iluminista não serve pra explicar nada...
A igreja iluminista também é impotente para dar qq resposta relevante.
Prezado Pr. Juber, daqui a pouco virá um link com o assassino da Noruega. Quando acontece algo assim ficamos procurando uma explicação.
ResponderExcluirJony,
ResponderExcluirÉ verdade, as crianças estão recebendo estímulos consciente ou inconscientemente para se tornarem adultos mais cedo, e é claro que isto tem suas consequências.
Obrigado pela participação.
Bob,
ResponderExcluirNossas instituições escolares tem um processo histórico um pouco diferente das norte-americanas, a começar do processo de colonização. Sobre a questão do Estado Laico, hoje a muita discussão por exemplo, sobre aulas de ensino religioso. O nosso sistema educacional está sendo posto em xeque ante as realidades desse mundo atual.
Obrigado pela participação.
Campanha do Desarmamento,
ResponderExcluirUma tragédia como essa, sem dúvida que traz a tona o debate do desarmamento, mas sou sincero em dizer que em 2005 no Plebiscito, eu mesmo votei contra o projeto de lei, da forma que foi proposta pelo governo Lula, porque via um viés ideológico no mesmo.
Rubinho,
ResponderExcluirValeu pela dica do ótimo artigo publicado no Estadão. Já fui conferir o texto e gostei da forma como foi escrito pelo Forbes. Ele termina dizendo que estamos atrasados em relação as mudanças hodiernas que nos surpreendem a cada vez mais.
Um abração.
Irmão Daladier,
ResponderExcluirNo artigo do Jorge Forbes - "Órfãos do Explicável" - no estadão de Domingo, indicado pelo Rubinho, o autor relaciona a tragédia do garoto com o rapaz da Noruega. Atos sem explicação plausível até o momento.
Abraço.