terça-feira, 9 de outubro de 2012

Protestantes perdem maioria pela primeira vez nos EUA


Atualmente não há sequer um juiz protestante na Suprema Corte dos Estados Unidos, e o Partido Republicano enfrenta suas primeiras eleições presidenciais sem ter contado com um único pré-candidato da religião. Os indícios de uma mudança na sociedade americana já se faziam notar. E foram comprovados por uma pesquisa do Instituto Pew: apenas 48% dos americanos se identificam com a religião. Ou seja, o protestantismo perdeu sua hegemonia pela primeira vez na História dos EUA.
A principal razão para o declínio é o crescimento acentuado de um outro grupo - o dos agnósticos. Os números mostram que 20% dos americanos, hoje, dizem não ter qualquer filiação religiosa, um aumento de cinco pontos percentuais em relação à última checagem, feita há cinco anos.
O resultado foi obtido por uma série de enquetes que ouviram mais de 17 mil pessoas, e a margem de erro é de apenas 0,9 ponto percentual. Não faltam, porém, sombras entre a frieza das estatísticas e a subjetividade de temas como religião e espiritualidade. Pesquisadores têm debatido calorosamente para decidir se as pessoas que dizem não pertencer mais a um grupo religioso podem ser consideradas laicas. A categoria “agnóstico”, segundo o Pew, optou por abrigar quem apenas diz “acreditar em Deus” e a minoria que se considera “espiritual, mas não religiosa”.
Os números têm um aspecto político: 24% dos americanos que se descrevem como sem religião votam majoritariamente no Partido Democrata, apoiam a legalização do aborto e o casamento gay.
O fenômeno desafia os pesquisadores. Na Europa, o crescimento do secularismo sempre esteve atrelado à riqueza crescente do continente. Resta explicar como um país industrializado, como os EUA, conseguiram manter por tanto tempo profundas raízes religiosas, apesar de sua riqueza.
- Parte do que ocorre é que diminuiu o estigma de não se estar associado a uma comunidade religiosa - arrisca John Green, da Universidade de Akron, que assessorou a pesquisa.



Meu Comentário: A pesquisa norte-americana, assim como a do IBGE no Brasil, mostra o crescimento do grupo que não tem qualquer filiação religiosa. De acordo com a matéria, os pesquisadores incluiram na categoria "agnóstico", tanto os ateus como aqueles que "acreditam em Deus", mas não ligados a uma instituição religiosa. Melhor dizendo: não significa que todos os que não tem filiação religiosa são ateus, pois alguns desse grupo, não deixaram de crer em Deus e sim nas instituições religiosas. O fenômeno sócio/religioso que está ocorrendo na outra América, se repete aqui também nas terras tupiniquins. Mas se ele é considerado novo por aqui, não se pode dizer o mesmo nos Estados Unidos. Em 1965 quando escreveu o livro "O mundo em Chamas", Billy Graham, já alertava sobre muita gente que estava deixando de frequentar os templos e as igrejas instituicionais para se reunirem em casas, para orarem e lerem a Bíblia. Ela cita no livro inclusive que, uma de suas filhas, estava dando estudos bíblicos em casa. Ou seja, há quase cinquenta anos atrás nos "States", os "desigrejados", já estavam em pleno vapor por lá. 

5 comentários:

  1. Bom dia pastor!Primeiramente quero te parabenizar por esse excelente blog.O conheci somente há a alguns dias mais gostei muito das publicações.É muito bom nos depararmos com cristãos esclarecidos e de bom senso como o senhor parece ser.Li as suas postagens sobre profecia em relacionamentos e fiquei muito feliz com o que li.Sou casada, mas quando namorávamos o nosso namoro sempre foi vítima de várias profecias negativas, mas confiei em Deus e hoje estamos casados e bem.Não sei se eu e meu esposo ficaremos juntos até que a morte nos separe, mas Deus foi muito misericordioso conosco nos abençoando para chegar até aqui.Até o dinheiro da nossa festa de casamento foi um milagre. Mas, voltando ao assunto, gostei muito da forma como o senhor abordou essa questão polêmica de profecias em relacionamentos.
    Mas quanto ao assunto deste post, a verdade é que muitas pessoas tem abandonado a igreja, porém não abandonaram Deus. Muitas pessoas se desiludem com a instituição e para não se afastarem do Senhor, acabam se tornando desigrejadas. Acho que as igrejas precisam rever os seus valores. Pode ter algo errado ai, afinal, a igreja Católica durante mais de 1000 anos acreditava estar no caminho certo, ser a porta para o reino de Deus, mas com o movimento protestando descobriu-se que não era assim.
    Nayane.

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  2. Não há nada novo debaixo do sol.Ainda bem que Deus não se entedia com nossas "novidades".E como bom ser humano "repetente", repito que o problema todo está na questão do foco:Jesus, que virou nome marketing, modismo, gospel. Talvez ele não recrimine as igrejas de plaquinhas, desde que cumpram o novo mandamento de amarmos uns aos outros, pois quem ama "de verdade" cumpre toda lei e bem pode ser que não condene a igreja sem cnpj, apenas sala de estar, se estiver seguindo seus principios.Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros-João 13:35.É pena que a identificação mais acentuada dos crentes-cristãos-evangélicos, seja tudo menos o amor, do contrário, creio eu, não haveria tanta contradição por ai.

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  3. Nayane,

    Obrigado pela visita e pela participação carinhosa. Seja sempre bem vinda por aqui.

    Graça e Paz.

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  4. Renfury,

    Os discípulos de Jesus estão espalhados por aí. Alguns estão dentro das instituições religiosas outros não. O Senhor conhece a todos. As vezes eles são tão anônimos que nem os "profetas Elias" os conhecem, mas graças a Deus que Ele conhece a todos.

    Abração.

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  5. E apesar de antiga, essa situação ainda não provocou nenhuma grande mudança na forma e conteúdo das igrejas ditas históricas, cujo fim é se tornarem história. Mas não nos preocupemos, a Igreja continua sólida e firme!

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