É urgente que nossas igrejas conheçam e compreendam as mensagens milenares desses profetas. Os temas são palpitantes! Por exemplo, veremos como os profetas lidavam com questões políticas e sociais no exercício de seus ministérios; e como esse processo pode influenciar a igreja contemporânea.
Para introduzir a lição para a classe é importante conceituar o termo profeta. Mostre-a que esse termo deriva do grego prophetes, “aquele que fala sobre aquilo que está porvir”; “um proclamador ou intérprete da revelação divina”. Ainda, refere-se àquele que age como porta-voz de um superior. Pode, também, ser utilizado como sinônimo de “vidente” ou “pessoa inspirada” (Os 9.7; 1 Sm 9.9).
O termo hebraico para profeta é nabi’ cujo significado etimológico mostra uma força de autoridade representativa . No livro de Deuteronômio 1.18b o Senhor afirma que o profeta [nabi’] declarará tudo que Ele [Deus] ordenar.4 Em Êxodo 7.1 nabi’ [profeta] tem o mesmo valor semântico de representação de autoridade. Em outras passagens como Êxodo 4.15,16; Jeremias 1.17a; 15.19; a palavra nabi’ [profeta] aparece no contexto de um mensageiro que fala em nome de um superior.5
O ministério de profeta tem seu início em Moisés com a manisfestação clara do exercício profético no arraial israelita (Nm 11.25,26). A concepção da instituição divina de ministério profético é ratificada em Deuteronômio 18.9-22, onde a contraposição entre profeta e prognosticadores (encantadores, mágico, etc.) é feita com a promessa do surgimento do grande profeta em Israel (vv. 15-22): Jesus Cristo (At 7.37,38).
No período monárquico, em Israel, aparecia a primeira escola de profetas (1 Sm 10.5,10). Isso introduz o papel importante que o profeta exerceria no período monárquico. Ele seria consultado pelos os reis como representantes de Deus para com o povo. Este profeta falaria ao rei através dos oráculos.
Esse período para os profetas, em Israel, é marcado por respeito e reverência por parte da nobreza e do povo (1 Sm 16.4,5). No período da monarquia dividida, surge o então conhecido movimento de profetas em Israel que, em Teologia, chamamos tecnicamente de Profetismo.
Esse movimento tinha o objetivo de restaurar o monoteísmo hebreu; combater a idolatria; denunciar as injustiças sociais; proclamar o Dia do Senhor, objetivando reacender a esperança messiânica outrora arrefecida.
Esse movimento iniciou em Amós e encerrou, cronologicamente, em Malaquias.O período do profetismo foi caracterizado pelo sofrimento e marginalização dos profetas. De homens dignos e reverenciáveis passaram a “merecedores” de tratamentos dos mais indignos que um ser humano poderia ser submetido. Ir contra interesses escusos de lideranças religiosas e políticas, em Israel, significava sofrer, naquele período, as agruras inimagináveis. De fato, em relação a eles, o mundo não era digno (Hb 11.36-38).
Apesar de distanciados pelo tempo, geografia, cultura e língua, a mensagem dos Profetas Menores se mantém atualíssima. Ao longo do trimestre nos depararemos com abordagens semanais que envolvem o relacionamento com Deus, o derramar do Espírito, justiça social, retribuição, misericórdia divina, obediência, tolerância divina, soberania divina, juízo vindouro, aliança, reinado messiânico e a sacralidade da família.
BIBLIOGRAFIA:
Dicionário Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2009, p.1607.
ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. 13. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2004, p.305.
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