terça-feira, 20 de agosto de 2013

Assembleia de Deus em Catanduva, elege a primeira Pastora Presidenta


Conforme informações apuradas e divulgadas pelo amigo Pr. Carlos Roberto em seu blog, Point Rhema, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério de Catanduva – SP, no dia  18.08.2013, quebrou paradigma em termos de administração eclesiástica, ao eleger por aclamação uma mulher como pastora presidenta do campo.
De acordo com as informações oriundas de fontes fidedignas, o fato aconteceu durante Manhã Missionária no dia de ontem, como parte do XVI Congresso anual de Missões do Ministério.
Na ocasião, o pastor presidente Paulo Sérgio Dutra de Morais, informou à igreja sobre sua impossibilidade de continuar na presidência, por orientação médica, pediu sua jubilação e indicou sua esposa que já atuava como sua Primeira Vice-Presidente, a Pastora Maria Lúcia Machado de Moraes, como sua sucessora na presidência da Igreja e Ministério.
A Assembleia de Deus de Catanduva, tradicional ministério da denominação no interior do Estado de São Paulo, foi pastoreada pelo honrado e respeitado pastor José Dutra de Moraes, in memorian, que antes da sua promoção às mansões celestiais, deixou indicado seu filho como seu sucessor. Pouco tempo após ter assumido a presidência, o Pr. Paulo Sérgio Dutra, se desligou da COMADESPE, convenção a que seus ministros eram filiados, e consequentemente da CGADB – Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, passando a atuar como igreja independente e isolada.

Meu Comentário: Conheci esta igreja, na época em que estava havendo a transição da liderança do Pr. José Dutra para o Pr. Paulo Sérgio. Na época (1998/1999) eu era líder da UMADUC (União da Mocidade da Assembléia de Deus em Uberlândia e Campo, e fazíamos parcerias com a mocidade de Catanduva e São José do Rio Preto (SP), participando dos Congressos de Jovens que ocorria nas três igrejas citadas.   O fato ocorrido em Catanduva é inédito, mas um leitor do post originário informou que desde 1993, existe outra presidente no campo de Guararema, da CONAMAD. Por falar na Convenção da AD de Madureira, partiu de lá, a primeira mulher consagrada como pastora da AD no Brasil - a cantora Cassiane.
O que é preocupante, na minha opinião não é ter uma pastora na liderança de uma igreja, mas sim duas questões que me vêem a mente:
 1) Tanto a CGADB como a CONAMAD, não possuem controle sobre a marca (ou patente) do nome da Assembléia de Deus, por isso a quantidade enorme de igrejas independentes no Brasil que usam o nome da AD e possuem títulos ministeriais que não fazem parte da história da denominação, como bispos, apóstolos e usos e costumes dos mais absurdos, como por exemplo da igreja do Pr. Marcos Pereira no Rio de Janeiro, que se encontra atualmente preso, aguardando julgamento. No entanto, sei que ocorre com relação ao nome da igreja, não é um problema exclusivo da AD, mas também tem ocorrido com outras denominações no Brasil, como igrejas batistas, presbiterianas, metodistas, só para citar algumas.
 2) Qual o critério para se tornar pastor-presidente na AD no Brasil? A julgar não somente pelo fato em Catanduva, mas também em outras cidades e ministérios, inclusive nos filiados às maiores Convenções, parece que o cargo virou uma questão de herança familiar.  Uma família se torna praticamente a proprietária da igreja. Está se tornando comum a sucessão ministerial ser de pai para filho, genro ou neto. O que houve de diferente no caso da postagem é que, primeiro a liderança da igreja esteve com o sogro, passou para filho e agora foi para a esposa. Essa situação também é compartilhada por outras denominações seja no Brasil ou no Exterior, mas isso não torna o problema menor.  Não estou dizendo com isso, que um filho nunca possa ser o sucessor do pai no ministério pastoral, pois há casos onde o mesmo possui verdadeira vocação e conta com o apoio praticamente unânima da igreja e ministério. Mas ministério pastoral não pode ser monarquia, pois sendo assim, não haverá espaços para surgimentos de "Josués, Eliseus e Timóteos". 

 

8 comentários:

  1. Caro amigo e pastor Juber Donizete,

    Grato por reverberar a notícia, com a citação do meu singelo blog.

    O caso está cada dia ficando mais sério, não temos mais nem o que comentar.

    Saúde & Paz!

    Pr. Carlos Roberto
    Point Rhema

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  2. Prezado Pr. Carlos Roberto,

    Eu é que agradeço sua participação sempre muito gentil aqui no meu blog. Acredito que um dos papeis dos blogues é justamente esse de informar o que está acontecendo, mesmo que a notícia não seja das melhores.

    Um abração.

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  3. A meu ver dois erros,mulher na liderança e presidente.Nao vejo respaldo modelo biblico.

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  4. O sr.pastor.paulo sergio dutra de moraes sitado no comentario auto se jubilou no domingo em uma manhã missionario e na terça feira seguinte foi excluido pela propia esposa a atual pra.presidenta.maria lucia machado de moraes por adutério aonde o mesmo furgio com uma das suas menbras a qual esta morando com a mesma!

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  5. Webstter,

    Creio que ter mulheres na liderança e pastorado vai ser algo de tendência crescente nas igrejas. Algumas isso já é fato há anos, outras como a AD, estão começando devagar a aderir. Agora sobre haver ou não respaldo bíblico para o ministério feminino há interpretações contra e a favor. Interpretações que devem ser analisadas com cuidado, antes de querer dar um veredito definitivo.

    Um abraço.

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  6. Anônimo,

    Sobre disciplina do pastor, no blog Point Rhema, isso foi confirmado tanto pelo editor como pelos comentaristas na parte de comentários infelizmente. Agora sobre essa outra denúncia, aí já não tenho conhecimento da mesma.

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    1. Sobre mulher no pastorado,já publiquei o que penso em uma outra postagem que vc publicou.Ja sobre homem ou mulher presidente, o NT nao da apoio para uma fusao das igrejas em uma máquina eclesiastica governada por uma hierarquia.

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  7. As Igrejas estão voltando ao tempo do Brasil Colônia e se transformando em "Capitanias Hereditárias", com a administração das mesmas passando de pai para filho. A questão da chamada divina para o Santo Ministério está sendo esquecida.

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