terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Lição nº 01 de Jovens da EBD - Conhecendo a carta aos Romanos


Porque nele se descobre a justiça de Deusde fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé(Rm 1.17). A justiça de Deus é a maneira de Deus justificar os pecadores, isto é, justificá-los perante Ele mesmo sem comprometer seu caráter moral absolutamente puro. Como está escrito: Habacuque 2.4 indica que a salvação somente pela fé também era claramente ensinada no Antigo Testamento – Note os exemplos de Abraão e Davi em Rm 4.1-8; Veja também Hb 11. As pessoas não eram salvas pelas obras ou obediência à Lei do Antigo Testamento mais do que do Novo Testamento, as pessoas colocavam fé em um Messias que ainda chegaria (Veja Jo 8.56 e Hb 11.13).]

A epístola do apóstolo Paulo aos romanos é leitura indispensável para entendermos o plano de salvação gratuita de Deus, revelado no evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
O comentarista do trimestre é o pastor Natalino das Neves. Ele é mestre e doutorando em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná — PUC.

A proposta deste trimestre é ousada enquanto navega por águas profundas da teologia paulina aplicada à doutrina da justificação pela fé. Agostinho, Lutero e Wesley, três figuras extremamente importantes para a nossa herança cristã, viveram a firmeza da fé através do impacto da carta aos Romanos em suas vidas. Ao estudar esta obra de Paulo e os respectivos comentários de Santo Agostinho, Lutero chega às questões de justificação, graça e fé, centrais na reforma protestante. Curiosamente, para Lutero, a Carta aos Romanos era uma espécie de porta para a compreensão de toda a Escritura. "O primeiro mérito de Lutero é ter destacado, ainda que por vias tortuosas, o evangelho de Paulo, o mais antigo escritor do Novo Testamento e o primeiro intérprete da mensagem cristã. Para ele, a carta abre à inteligência de toda a Bíblia, que deve ser entendida toda de Cristo". Paulo explica aos Romanos como a salvação é aplicada por meio do Evangelho de Jesus Cristo. Esta é a primeira e a mais longa das Epístolas Paulinas, e é considerada a epístola com o "mais importante legado teológico". As cartas apostólicas, como um todo, constituem-se num importantíssimo segmento do ensinamento neotestamentário, porque são um vasto celeiro de ensinamentos teológicos, doutrinários e morais. Dentre as cartas de Paulo, certamente, a Carta aos Romanos ocupa lugar de destaque. Alguém já a chamou de “evangelho dentro do evangelho”, dado à forma linear, sistemática, profunda e completa pela qual seu autor expõe sua compreensão do plano da salvação. Assim expressou-se Lutero acerca desta epístola: “Esta carta e verdadeiramente a mais importante peça do Novo Testamento. É o evangelho mais puro.”] 

1. Autoria, data e local da escrita. A autoria de Paulo da carta aos Romanos é universalmente aceita, não existindo contestação relevante, seja do ponto de vista documental, seja da alta crítica. Não somente ela vem declarada na sua costumeira saudação (confira 1.1) como vem amparada por fatos históricos, tais como sua pretensão de ir a Roma (1.15, 15.24) em caminho para a Espanha, ou a referência à coleta feita em favor da igrejas empobrecidas de Jerusalém (15.26-33), como ainda por referências próprias características, tais como a de ser apóstolo entre os gentios (confira 15.16; Ef 3.7,8; Cl 1.27; Gl 1.16). Acresce-se, ainda a esses elementos, referências a pessoas de conhecimento comum, tais como Febe, Priscila e Áquila e Timóteo, que se tornam elo importante entre o escritor e os destinatários Estima-se que este texto tenha sido escrito no inverno de 57-58 d.C., estando Paulo em Corinto, na casa de seu amigo Gaio, ao final de sua terceira viagem missionária aos territórios que margeiam o Mar Egeu e às vésperas de partir para Jerusalém, levando a oferta para os crentes pobres (15.22-27). O portador é uma senhora chamada Febe, de Cencréia, subúrbio de Corinto, que estava de saída para Roma (16.1-2). Como não havia serviço postal particular no Império Romano da época, as cartas eram enviadas por viajantes de confiança. Tércio era o secretário ou amanuense que escrevia enquanto Paulo ditava (Veja Gl 6.11). Paulo usava regularmente um amanuense, identificando as epístolas como suas mediante uma breve saudação escrita de próprio punho (1Co 16.21; Gl 6.11; Cl 4.18; 2Ts 3.17).]

2. A cidade de Roma. Roma, a cidade eterna, como era designada, era uma cidade voltada ao prazer a qualquer preço, basta lembrar uma das frases de Júlio César, no tocante a isso. Dizia ele:“Quero ser o homem de todas as mulheres, e a mulher de todos os homens”. Segundo a lenda, Roma foi fundada em 753 a.C, às margens do rio Tibre, sobre sete colinas: Palatino, Aventino, Campidoglio, Quirinale, Viminale, Esquilino e Celio, por dois irmãos, Rômulo e Remo, que teriam sido criados por uma loba. Ainda segundo a lenda, Rômulo matou Remo e se tornou o primeiro rei de Roma. Na época do Novo Testamento, Roma ocupava um lugar central em toda a sociedade ao redor do Mediterrâneo. Havia estradas por todo o Império Romano que ligavam as cidades a Roma, facilitando o comércio e a migração de pessoas. A população da cidade era de cerca de 1.200.000 pessoas, sendo a metade composta por escravos e tendo muitas pessoas livres vivendo de esmolas. Havia muito luxo na cidade, mas também muita devassidão moral e muitos crimes. A educação era reservada para poucos, entre os quais não se encontravam os plebeus]

3. A comunidade judaica em Roma. Roma era a capital do mundo. É raro uma grande potência expressar compaixão por suas vítimas, mas quando Jerusalém caiu nas mãos dos romanos, em 70 d.C., foram cunhadas moedas muito comoventes. Uma destas trazia, de um lado, um soldado romano com a inscrição Judea Capta (a Judéia foi conquistada) e, do outro, uma mulher judia chorando sob uma árvore. Não sabemos quem fundou a igreja de Roma. Certamente não foi Pedro, ou qualquer dos outros apóstolos, já que Paulo dificilmente enviaria uma carta doutrinária a uma igreja que tivesse à sua frente um dos apóstolos. Nesta mesma Epístola ele diz que “não edifica sobre fundamento alheio” (Rm 15.20). Entende-se que foram visitantes de Roma que estiveram em Jerusalém durante a festa da Páscoa e se converteram no Pentecoste, voltaram a Roma levando a semente do Evangelho. Essa Igreja era predominantemente gentílica, e estava agindo de forma intolerante contra os cristãos judeus que obedeciam as regras alimentares e datas cerimoniais da tradição judaica.]

O propósito da epístola. A Epístola aos Romanos é uma resposta completa, lógica e reveladora para a grande pergunta da humanidade em todos os tempos: “Como pode o homem ser justo para com Deus?” (Jó 9.2). A discussão sobre o tema justificação toma o espaço dos capítulos 1 ao 5. A base dos argumentos de Paulo é a longânime, infalível e eterna justiça de Deus. O texto desta surpreendente epístola nos apresenta, de forma progressiva, a compreensão que seu autor tem da expressão de Habacuque 2:4: “O justo viverá pela sua fé”. Apresentando de outra forma esta expressão-chave, redigi-la-íamos, de forma livre, assim: “aquele que pela fé é justificado, terá vida eterna”. A Bíblia na Linguagem de Hoje fornece a seguinte tradução: “Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus”. A carta de Paulo aos Romanos, como um todo, pode ser dividida nas duas partes: uma parte doutrinária (capítulos 1 a 11) e outra prática (capítulos 12 a 16). Dentro da parte doutrinária, Paulo desenvolve de forma soberba seu tema introdutório, deixando para a parte prática recomendações de santidade. Essa primeira parte, divide-a ele em dois segmentos. O primeiro, trata da iniciativa de Deus em relação à redenção humana (“aquele que pela fé é justificado)”, onde desenvolve os temas da justiça de Deus em condenar o pecador, da indesculpabilidade humana, da justificação do pecador e da aceitabilidade do homem diante de Deus, através da fé. O segundo segmento, (“viverá”), fala da vida prometida aos justificados por Deus, incluindo aí as expectativas de Deus quanto à resposta humana à sua iniciativa de amor. Para desenvolver sua primeira parte do argumento, Paulo mostra que todos os homens precisam de salvação, porque, judeus ou não-judeus, todos são pecadores diante de Deus. Nesse movimento de raciocínio, o Apóstolo demonstra que tanto os homens depravados quanto os moralistas ou mesmo os religiosos são culpados diante de Deus. Uns pecaram sem conhecer a lei de Deus, e serão julgados de forma condizente; outros pecaram contra a lei de Deus, e serão julgados mediante a mesma. Dessa forma, Paulo conclui que “não há justo, nem sequer um” (3:10). Assim, se alguém tiver que ser justificado diante de Deus, não o será por meio de obras, mas tão somente pela sua graça, que é capaz de tornar justo o ímpio. Desta forma, Deus é apresentado como justo e justificador daquele que crê em Jesus. Segue-se, ainda na parte doutrinária, uma exposição do poder de Deus em santificar o crente (capítulos 5 a 8) onde apresenta os temas da paz com Deus, da união com Cristo, da libertação do domínio da lei, da vida no Espírito e da vitória pelo Deus da graça. Abre-se, então, um parêntesis no veio principal da argumentação do autor, onde se apresentam temas difíceis, relacionados à justiça de Deus na história humana (capítulos 9 a 11). Nesse parêntesis Paulo trata, com exemplos da história de Israel, da questão da soberania Divina, em contraposição à liberdade e responsabilidades humanas, colocando frente-à-frente, sem resolvê-los, temas aparentemente contraditórios e inconciliáveis como um Deus soberano que, todavia, responsabiliza o homem por seu mau caminho. Deixa, contudo, uma luz final, dizendo que o propósito final do Altíssimo é o de “usar de misericórdia para com todos” (11:32). Segue-se a parte prática da carta que, iniciando no capítulo 12, segue até ao final, com recomendações à santidade e obediência na vida diária coletiva e individual. Nesta parte, após uma introdução na qual apela por consagração integral do cristão (12:1, 2), desenvolve recomendações de que o cristão se faça servo, seja no uso adequado dos dons, seja no uso do amor que vence o mal (12:3-21); de que o cristão se porte adequadamente como cidadão (13:1-14); de que o cristão manifeste sua salvação junto à igreja, seja no manejo da liberdade, seja no uso do amor altruísta (14:1-15:21). http://www.monergismo.com/textos/comentarios/romanos_amorese.htm]

CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que a epístola foi escrita por Paulo, por volta de 57 a.C., na cidade de Corinto, durante a terceira viagem missionária de Paulo. A comunidade cristã de Roma não foi fundada por Paulo, mas ele se ocupou em reforçar para a comunidade a revelação da justiça de Deus por meio da fé, tema central da epístola e fundamento para o desencadeamento da Reforma Protestante do Século XVI. O evangelho é o poder de Deus revelado no seu filho, Jesus Cristo; o Rev Hernandes Dias Lopes escreve sobre qual é a natureza do evangelho: “O evangelho trata das boas novas de salvação num mundo imerso na mais completa perdição. O homem morto em seus delitos e pecados é escravo da carne, do mundo e do diabo. É filho da ira e caminha para a perdição. Está no reino das trevas e sob a potestade de Satanás. Sem qualquer mérito existente nesse homem, Deus o amou. Mesmo sendo inimigo de Deus, o próprio Deus caminhou na sua direção para reconciliá-lo consigo mesmo por meio de Cristo Jesus. O Evangelho, portanto, é Deus buscando o perdido. É Deus abrindo para o pecador um novo e vivo caminho para o céu. O evangelho é a expressão da graça de Deus, manifestada em Cristo, aos pecadores perdidos.”( http://hernandesdiaslopes.com.br/2012/09/as-boas-novas-do-evangelho-num-mundo-de-mas-noticias/#.VoHJek8afIV).
Em Romanos temos a essência desse evangelho, aqui Paulo afirma que o propósito da morte e ressurreição de Cristo é trazer todos à obediência da fé (vs.5). O homem que realmente aceita Cristo vai obedecer a Cristo e provar a sua fé. Assim expressou-se Lutero acerca desta epístola: “Esta carta e verdadeiramente a mais importante peça do Novo Testamento. É o evangelho mais puro.” ] “NaquEle que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”,
BIBLIOGRAFIA
CABRAL, Elienai. Romanos: O evangelho da justiça de Deus. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1986.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002.
ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008.

Fonte: http://www.auxilioaomestre.com/




domingo, 27 de dezembro de 2015

AD em Teresina faz história e dá autonomia administrativa para 30 congregações

Confirmado! A AD em Teresina iniciará 2016, ano da comemoração dos seus 80 anos, com sua unidade administrativa fragmentada. Conforme adiantado por este blog, a decisão foi aprovada em Assembleia Geral da igreja no dia 25 de novembro, e validada na Convenção de Ministros da AD no Estado do Piaui entre os dias 09 a 12 de dezembro. Segundo a página oficial da AD teresinense no Facebook, na Convenção entre "as várias propostas aprovadas destacamos a criação de 30 novos campos eclesiásticos no Município de Teresina.

Diante de tantos impasses ocorridos nos últimos anos, a decisão do ministério talvez tenha sido o melhor caminho para evitar futuros desgastes. Desde a jubilação do antigo patriarca pastor Paulo Belisário de Carvalho, a igreja da "Cidade Verde" passou por conturbados momentos. Dentro desse contexto de turbulências, pastor Mesquita negociou a autonomia dos setores.


Antiga fachada da AD em Teresina: autonomias confirmadas em 2016


Ao abrir mão da centralidade administrativa, pastor Nestor Mesquita levantou discussões sobre o atual modelo de gestão de grande parte dos ministérios assembleianos. Seria a autonomia das congregações ou setores boa ou ruim para as ADs?

Em sua biografia, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, líder do Ministério do Belenzinho (SP) e presidente da CGADB, explica que o modelo administração de "campos eclesiásticos", onde as congregações permanecem ligadas a uma sede é vantajoso por ser um padrão de "crescimento sustentável". Nesse conceito as congregações maiores ajudam as menores a se desenvolverem.

José Wellington critica "o sistema administrativo de conceder autonomia a uma pequena congregação de 40 ou 50 membros". Para ele, as ADs no Rio de Janeiro ao adotar esse princípio produziu "milhares de igrejas autônomas" com vários pastores-presidentes que permanecem "patinando para o resto da vida, porque o que seus membros contribuem mal dá para o pastor comer".

Contudo, tal sistema administrativo é questionado por muitos líderes e estudiosos das ADs. Um dos maiores críticos é o pastor pastor Geremias do Couto, que se declara "a favor da derrubada de impérios." Segundo o conhecido jornalista: "Bom seria que isso acontecesse em todo o Brasil. Mais igrejas autônomas, menos poder concentrado e mais proclamação do Evangelho."

A crítica é pertinente. Ministérios como Belenzinho, Madureira entre outros, tornaram-se realmente verdadeiros "impérios" com todas as características que o termo representa. Ao contrário do líder da CGADB, pastor Geremias considerou o caso do Rio de Janeiro benéfico para a denominação, pois no Rio "as emancipações dadas por Alcebíades Vasconcelos, em 1959, quando pastor em São Cristóvão, foram a chave para o crescimento das igrejas na capital fluminense."

Historicamente, a formação de grandes ministérios não era o desejo dos pioneiros. Para o historiador Moab César de Imperatriz (MA) "os missionários fundadores da AD no Brasil não desejavam criar grandes impérios religiosos sob o domínio de uma oligarquia". O estudioso afirma que os suecos "desejavam igrejas independentes e se esforçaram muito para concretizar seus ideais, tanto que foram 'expulsos' e esquecidos por muito tempo".

Mas, controvérsias à parte, os membros da AD em Teresina estão assistindo algumas mudanças a contragosto. Não é para menos. Chamados sempre a colaborar (em mutirões e principalmente nas contribuições financeiras) nos projetos da liderança, assistem agora sem consulta prévia, ao que parece ser o "fim da história" da AD local.

* Com a colaboração de Geremias do Couto e Moab César Carvalho Costa

Referências:

ARAÚJO, Isael de. José Wellington - Biografia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012
ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
LEAL NETO, Raimundo. Uma Igreja Edificada - História da Assembleia de Deus em Teresina - PI. Teresina: Halley, 2012.
Fonte: http://mariosergiohistoria.blogspot.com.br/

Observação: O blogueiro Daladier Lima lembrou em seu comentário que a AD em Maringá (PR)  esse ano também emancipou algumas igrejas. Para quem quiser conferir é só acessar o link do Tiago Bertulino: http://www.tiagobertulino.com.br/2015/05/ad-em-maringa-pr-emancipa-10-campos.html?m=1

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Damares emociona durante apresentação no Esquenta na Globo

 
A cantora Damares participou do programa “Esquenta” neste domingo (20), na Rede Globo, podendo dividir sua história de superação e sucesso com a apresentadora Regina Casé.
Damares contou da vida humilde que levou, que só estudou até a 4ª série e das várias mudanças que ela e sua família fizeram, cumprindo o chamado que Deus deu a ela.
“Se você tem uma determinação e uma visão em Deus, Ele te ajuda, Ele te motiva e te dá forças. Aquilo que Ele sonhou pra mim, hoje eu tenho vivido”, testemunhou.
A cantora foi convidada a apresentar a canção “O Maior Troféu”, título de seu mais recente CD. Enquanto ela cantava ao vivo (assista aqui), a dançarina Isabel se emocionou e foi chamada pela apresentadora Regina Casé para ficar ao lado de Damares.
A entrega da cantora evangélica deixou todos surpreendidos pela presença de Deus e pelas redes sociais Regina Casé comentou como foi importante aquele momento.
“Muita emoção no #Esquenta de Natal!!! Cantora Damares levou nossa querida dançarina Isabel às lágrimas!!!! Momento lindo e totalmente inesperado!!!”, escreveu Regina Casé em seu Instagram.
Pelo Twitter muitos telespectadores comentaram sobre a participação de Damares no programa da Globo. “Foi impactante sua participação no Programa Esquenta! Realmente fez a diferença #MulherExemplar”, escreveu um grupo de admiradores da cantora.
“Como descrever a participação da @Damares_Oficial no #ESQUENTA? Lindo! Quem tem Jesus transmite unção, e foi o q ela transmitiu! #EMOCIONANTE”, escreveu outra usuária do microblog.
Damares também apresentou a canção “Sabor de Mel”, um dos seus maiores sucessos. A apresentação dessa música também foi comentada pelas redes sociais: “Esse é um louvor de esperança, podemos ter uma vitória com ‘Sabor de Mel’ @Damares_Oficial #Esquenta @ReginaCase”, disse uma internauta.
Meu Comentário: No último domingo, eu estava em casa de familiares, e a televisão estava ligada, quando vi a Damaris, que junto a outros convidados como o Pe. Fábio de Melo e o cantor Daniel estavam no programa Esquenta, apresentado pela Regina Casé. Não gosto desse programa televisivo e vejo pouco a Globo, assim como a Tv aberta em geral, mas fiquei para ver a apresentação da evangélica Damaris.
Não achei que a  cantora assembleiana se comprometeu em nada que a desabonasse no que concerne a sua participação no Esquenta. Acredito que ela se saiu muito bem, falou de sua infância difícil, disse que não queria ser conhecida como religiosa, porque há quem mate hoje no mundo por religião, mas afirmou sua fé em Deus. Gostei da bonita canção "Meu maior Troféu". Depois ela terminou com a famosa "Sabor de Mel".

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A terceira oportunidade de Dilma Rousseff

A sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) de ontem foi histórica. Não assegurou o mandato de Dilma. Sua sobrevivência política dependerá do que fizer daqui para frente. Mas definiu normas mínimas de respeito às instituições e aos procedimentos.

Mas que isso, foi um julgamento primoroso, com a apresentação do relatório do Ministro Luiz Edson Facchin – a favor da votação secreta, da indicação da comissão do impeachment votada pela oposição e do afastamento da presidente assim que a Câmara autorizasse o julgamento.
Depois, com os argumentos contrários – e vitoriosos - do Ministro Luiz Roberto Barroso a favor do voto aberto, contra a indicação da comissão pela oposição (sem passar pelo voto dos líderes de bloco) e com afastamento da Presidente só em caso do Senado aceitar o julgamento.
Em cada direção, os votos foram apresentados de forma serena, elegante, com argumentos e contra-argumentos devidamente sopesados.

As notas destoantes foram os votos de Gilmar Mendes e Dias Toffoli que, em alguns momentos, pareciam os sobrinhos do Pato Donald, um completando a frase do outro, aos gritos, definindo o posicionamento antes de selecionar os argumentos.
Viu-se o ridículo de representante do mais anacrônico modelo oligárquico, como Gilmar Mendes, defendendo a democracia direta contra a oligarquia dos partidos. E luminares, como Dias Toffoli, com o tom taxativo e definitivo com que tolos tratam suas próprias opiniões.
***

As decisões do STF fortalecem Dilma. Mas não apenas elas.
O Procurador Geral da República Rodrigo Janot entrou com uma representação no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara. E a Lava Jato iniciava uma blitz contra caciques do PMDB. Infelizmente, o Ministro Teori Zavaski decidiu empurrar o caso Cunha para depois do recesso, em 1o de fevereiro de 2016.
Na Câmara Federal, o deputado Leonardo Picciani recuperou a liderança do PMDB, derrotando a dupla Eduardo Cunha-Michel Temer.
Nas ruas, o movimento anti-impeachment conseguiu expressão, colocando uma multidão calculada entre 50 e 70 mil em São Paulo. As manifestações de juristas, intelectuais, artistas e movimentos civis delimitaram claramente a disputa democracia x golpe.
Em Minas Gerais, depois de 17 anos, saiu a primeira condenação no chamado “mensalão do PSDB” e no Rio de Janeiro uma nova operação da Polícia Federal avançou sobre esquemas que vigoravam na Petrobras no período FHC.
Para completar o quadro, depois da décima tentativa, o Ministro da Fazenda Joaquim Levy aparentemente pediu sua demissão em caráter definitivo.
O mercado já havia precificado essa saída.
***

A grande questão é a maneira como Dilma definirá a Fazenda e o novo estilo econômico.
Há uma crise fiscal exigindo, de fato, medidas corretivas. Em sua gestão, Levy demonstrou uma enorme responsabilidade em relação ao país, inclusive resistindo a sair em vários momentos em que foi desautorizado.
Mas, seguramente, não tinha dimensão para o cargo. No modelo brasileiro, o titular da Fazenda é praticamente o comandante da política econômica. Precisa, necessariamente, dispor de uma visão sistêmica da economia, apontar o futuro, atuar decisivamente para a recuperação da atividade econômica.
Esses desafios exigem um conhecimento que vai além da mera visão fiscal. Exige coordenação da política monetária do Banco Central, identificação clara dos pontos de estrangulamento da economia, bom trânsito junto ao Congresso. E, especialmente, senioridade para definir um plano factível e não ser atropelado pelo voluntarismo da presidente.

Menciona-se, sem nenhuma confirmação, o nome do Ministro do Desenvolvimento Armando Monteiro como uma possibilidade.

Fonte: http://jornalggn.com.br/

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Isaque, o sorriso de uma promessa e o meu testemunho pessoal

 
Na presente lição da EBD, voltaremos para a narrativa bíblica a respeito de Isaque, e seu relacionamento com Deus. Inicialmente destacaremos que esse foi prometido a Abraão, quando já em idade avançada.

Porém, em vez de uma subsídio para a lição, gostaria de compartilhar com você, a experiência pessoal que eu e minha esposa tivemos, também esperando uma promessa como Abraão e Sara. A postagem abaixo eu publiquei aqui em fevereiro de 2010, sobre o tempo de espera até o recebimento para nós de três lindas bençãos. O texto foi escrito um mês antes da chegada dos trigêmeos, atualmente, eles estão com quase seis anos:


 

Depois que postei a notícia dos trigêmeos, recebi várias mensagens de carinho e congratulações. Meu muito obrigado a todos! Deus os abençoe!

Eu e minha esposa Ana Cristina, somos casados à 16 anos. Quando nos casamos eu já era evangelista da igreja. Depois de casados, ela começou um tratamento, pois o médico dela disse que tinha um problema hormonal. Depois iniciou um tratamento com um especialista, que descobriu que ela tinha a síndrome de ovário policístico. Usou vários medicamentos, sendo alguns muito fortes, nesse ínterim, eu também fiz exames. 

Então quando estávamos com 9 anos de casados, fomos surpreendidos com um tumor de ovário, sendo um deles retirado. Como o tumor estava localizado no órgão que foi retirado e não havia se espalhado, os médicos, tanto o ginecologista, quanto o oncologista, disseram que minha esposa, não precisaria passar por quimioterapia, nem radioterapia, mas por uma questão de segurança, teria que fazer o chamado “procedimento radical”, ou seja, a retirada completa do útero, trompas, e o outro ovário. Ficamos chocados! Seria o fim de um sonho!

Me lembro do dia em que orei suplicando um milagre, apenas confiando na graça e misericórdia de Deus, sem nenhuma barganha a fazer. Alguns dias depois recebi a ligação do médico, me dizendo que mais quatro patologistas haviam feito uma nova avaliação do caso e como ela tinha apenas trinta anos, foi recomendado o tratamento conservador, onde não seria feita a dita cirurgia, mas apenas o acompanhamento durante cinco anos, através de exames. Louvamos a Deus agradecidos!

Dois anos depois ela ficou grávida pela primeira vez, sem tratamento algum, mas sofreu um aborto espontâneo com quatro meses. Foi muito sofrido. Como eu estava pastoreando, e um dos ofícios de pastor, além de pregar, visitar, orar por enfermos, fazer cerimônias de casamentos, cultos fúnebres entre outras coisas, é de também apresentar crianças nos templos, já que na minha denominação não se batiza crianças. Então, eu as apresentava, orava por elas com todo o meu coração e também por seus pais, mas para mim, como para minha esposa, ficava aquele pensamento: “Será que um dia poderemos apresentar nosso filho também?” 

Sim, algumas vezes, pedi a Deus o milagre que um dia aconteceu nas vidas dos casais, Abraão e Sara, Isaque e Rebeca, Ana e Elcana, Zacarias e Isabel, entre outros, pudesse também ocorrer em nossas vidas. E um dia o milagre aconteceu! Em agosto de 2009, ao realizar o exame de sangue, foi confirmada a gravidez. A surpresa ficou na hora do primeiro ultrassom – não era um bebê, mas três! Amém, benção tripla!

No meio desse texto, eu disse que se a cirurgia da retirada dos órgãos do aparelho reprodutor tivesse sido realizada, “seria o fim de um sonho”. Seria, mas não foi. Diferente de John Lennon, eu posso dizer que o “sonho não acabou”. Depois de compartilhar essa experiência pessoal, eu quero deixar uma palavra para você que está lendo a postagem e nesse momento passa por uma fase difícil na sua vida.

Não desanime, crê somente, como disse Jesus as irmãs de Lázaro: “Se creres, verás a glória de Deus”. No Salmo 37:3-5, diz: “Espera no Senhor e faze o bem; habitarás na terra em segurança. Põe tuas delícias no Senhor, e os desejos do teu coração ele atenderá. Confia no Senhor a tua sorte, espera nele e ele agirá”. Receba essa palavra em nome de Jesus.

Abraão e Sara, como muitos outros casais ao longo da Bíblia, tiveram que lidar com a esterilidade. Ainda que o patriarca tivesse recebido a promessa que se tornaria “pai de uma multidão”, o cumprimento da palavra não se deu imediatamente. Apesar de ter passado por momentos adversos, decorrentes de atitudes precipitadas, o patriarca aprendeu a esperar em Deus. Isso porque muito antes, quando Deus chamou Abraão, prometeu fazer dele uma grande nação (Gn. 12.1,2), que daria a terra de Canaã aos seus descendentes (Gn. 17.7), e que os multiplicaria (Gn. 13.15-17). A promessa do nascimento de Isaque, por causa da esterilidade de Sara, tornou-se algo engraçado, provocando riso ao ouvirem a mensagem divina. O nome Isaque, em hebraico, significa “riso”, esse foi o sentimento experimentado por Abraão e Sara. O patriarca estava com 99 anos de idade, e sara se aproximava dos 90. A Palavra de Deus pode parecer absurda, e às vezes, ir além da racionalidade humana, mas sabemos, pela fé, que podemos confiar nas promessas de Deus (Hb. 6.12). Sabemos disso porque Deus honrou a fé de Abraão, cumprimento no tempo certo sua promessa (Hb. 11.8-11). A Palavra de Deus sempre se cumpre, mas não no tempo dos homens, por isso faz-se necessário cultivar a paciência (Tg. 1.1-8).

 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Eleições da CGADB - Quem será o próximo presidente? As opiniões discordantes sobre o tema

Recentemente o Pr. Carlos Roberto do blog Point Rhema, que eu sempre acompanho, publicou, o artigo do Pr. Jesiel Padilha com o seguinte Título: CGADB - QUEM SERÁ O PRÓXIMO PRESIDENTE?

Agora, refutando o artigo supracitado, o Pr. Daladier Lima, editor do blog REFLEXÕES SÔBRE QUASE TUDO publicou uma refutação ou resposta em seu próprio blog, depois também publicado no Point Rhema, sob o título: Eleições na CGADB - Refutando um artigo de um cardeal assembleiano.

 Ao clicar nos nomes dos blogues citados você terá acesso as duas postagens que possuem opiniões diferentes sobre o mesmo assunto que considero importante pois trata-se da eleição que definirá quem conduzirá a maior convenção assembleiana no Brasil. Um dos objetivos da blogosfera é de informar e também permitir a livre manifestação de opiniões. Dito isso, dou meus parabéns aos dois blogueiros.

Quero manifestar também meu posicionamento pessoal sobre o tema. Com relação ao comentário do Pr. Daladier Lima, não tenho nada a discordar, pelo contrário, concordo plenamente com o mesmo. Já com respeito ao artigo do Pr. Jesiel Padilha, as minhas discordâncias são muitas.

1 - A eleição da CGADB não pode ser comparada à eleição da OAB à de sindicato ao estilo de chapa, para logo em seguida falar que os interesses e as vaidades pessoais dos líderes em participar da Mesa Diretora não sataniza o processo, pois onde houver ser humano haverá interesses.
- Pergunto: a eleição da CGADB pode ser comparada a que processo de escolha então? Ou não deveria nem ter eleição, mas sim, só uma nomeação direta pelo Presidente para ficar mais fácil?

2 - A Assembleia de Deus tem um estilo coronelista de governo. Situa a origem do mesmo não nos missionários suecos, mas sim a partir da década de 30 com líderes brasileiros como Paulo Leivas Macalão e Cícero Canuto de Lima. A maioria dos líderes regionais se alia pelo apoio da Convenção Estadual porque já detém cargo nela. Além de gestos de gratidão, seja por vínculos de amizade ou por troca de favores, rios correm para o mar.
- É triste viu! Admitir que o estilo de governo eclesiástico como coronelista e ainda dizer que tal estilo ainda fez a igreja crescer, foi demais para mim!
Ao mencionar explicitamente a troca de favores entre os líderes, eu pergunto: estou lendo mesmo sobre uma eleição de liderança em uma igreja evangélica ou essa frase foi dita no âmbito do que há de pior na política partidária brasileira, como cansam de mostrar os noticiários?

3 - Na política secular quem sai na frente nem sempre é o ganhador. Nas no caso da CGADB isso não ocorre. A maioria detentora de cargos fecha apoio para continuar nos cargos.
- A pergunta que eu fiz no ítem 1, ele responde aqui, quando compara a eleição da CGADB com política secular. Estamos bem então, não é?
Sobre o fechar apoio para continuar em cargos, já opinei sobre isso no ítem 2.

4 - O atual presidente na qualidade de grande articulador já mobilizou o Brasil para a largada desde o final do ano passado. A contestação de que isso é nepotismo, que não vira, que a Igreja esta virando uma dinastia não se sustenta no atual contexto da Assembleia em pleno século XXI. Esse discurso funcionou no passado nas décadas de 60,70 e 80. A mentalidade mudou muito. Hoje a Igreja se alegra quando sabe que o filho tem condição de levar a cabo os projetos do pai quando esse fica impedido de exercer o ministério quer pela idade ou pela saúde debilitada. Mas agora o candidato não é o Pai. É o filho. E hoje isso não é mais visto com maus olhos. Os obreiros hoje veem com bons olhos o pai deixar o legado para o filho. O que no passado era inadmissível.

- Quando a gente pensa que o texto não pode piorar, vem uma dessa! Meu Deus, em que mundo ele vive? É verdade, que em alguns lugares, o filho do pastor titular, era uma pessoa realmente vocacionada por Deus, com dons dados por Ele, e que houve o reconhecimento da igreja na sucessão. Há casos e casos. Mas isso não é maioria.

Pelo Brasil a fora, se no momento da sucessão fosse fazer uma eleição com todos os membros da igreja e não somente um pequeno colégio de cardeais, o resultado de algumas sucessões teriam sido diferentes, onde o pastor passou a igreja para o filho, genro ou neto. Na história da AD no Brasil, houve momentos em que o pastor passava o bastão para outra pessoa que não tinha nenhuma ligação com sua família a não ser fraterna. Hoje, em dias de igreja/empresa, a sucessão familiar nos moldes da monarquia tem sido a mais utilizada, com honrosas exceções. E esse modelo está nas ADs, sejam elas ligadas a CGADB, Conamad, Vitória em Cristo, ou independentes. Também está presente em outras denominações, principalmente de linha pentecostal e neopentecostal. No caso assembleiano, isso se dá por causa da figura do pastor-presidente vitalício.

A cultura da Assembleia mudou, mas o estilo de governo não. Os presidentes regionais detém o poder do voto. Se estiverem alinhavados aos apoios convencionais, sem sombra de dúvida podemos afirmar que o Pastor José Wellington Costa Júnior será o próximo Presidente. Nós não precisamos de chapa, precisamos de perdão e reconciliação. Proibir um convencional sair candidato fora de chapa é retroceder. Nossos patriarcas não aceitavam isso porque entendiam que a chapa traria divisão, dualismo e maniqueísmo para CGADB. A chapa pode até atrapalhar o atual candidato em vantagem. Quando ao voto a distancia é uma boa ideia. Sendo que o voto a distancia não beneficia quem tem o poder da máquina.
Puxa vida, aí ele arrebentou a tampa do balão mesmo! Se declarou como eleitor tiete numa postagem chapa-branca. E pior, ainda por cima, admitiu o poder da máquina, como se estivesse falando de um governo político.

Na igreja primitiva a gente não vê Pedro Júnior sucedendo o apóstolo Pedro. Apóstolo João Filho, ao discípulo amado. Paulo Sobrinho ao apóstolo Paulo. E assim por diante.

Agora eu penso: O quão distante isso tudo está do Evangelho de Jesus de Nazaré, quando numa disputa entre os discípulos para ver quem era o maior disse: “Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que são as pessoas importantes que exercem poder sobre as nações. Não será assim entre vós. Ao contrário, quem desejar ser importante entre vós será esse o que deva servir aos demais. E quem quiser ser o primeiro entre vós que se torne vosso escravo", Mateus 20:25-27.

Em algum momento se falou em direção do Espírito Santo como naquele primeiro Concílio da igreja primitiva? "Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós", Atos 15:28.

Jogos do Poder

O Brasil está assiste hoje um jogo de poder que envolve os representantes dos poderes da República, no caso do Executivo, tanto a titular como o vice. Há também outros atores no jogo, como quem perdeu eleição e quer uma nova antes do prazo estabelecido. Ficou evidente pela Operação Lava Jato que as empresas, principalmente as grandes também fazem parte dos jogos do poder.
 
Mas política a parte, falando agora, sobre o título, jogos do poder e relacionando com a Palavra, pode-se dizer que, tudo é jogo neste mundo caído. Jogo consciente. Jogo inconsciente. Mas é jogo, e nós nem sempre nos damos conta disso. A prova mais cabal desse “Game” que se instalou como sistema de interpretação e também de prática humanos, nos vem do próprio Trama que "Historificou" a Cruz.
 
Se não, veja: Temos Jesus e seus discípulos. Um movimento cresce... Curas, milagres, doutrina que se difere de tudo e todos; autoridade nunca vista, e um sentimento de maravilha que domina a tudo e todos: Deus visitou os homens! O povo é apenas o povo. O povo não luta contra curas, milagres, maravilhas, e bondades distribuídas gratuitamente. ! O povo nunca teve nada contra isso, pois, as pessoas do povo são sempre as maiores beneficiárias da Graça. Quem está morrendo de dor só quer alívio... Mas nós sempre temos mais que o povo.
 
Havia alí outros poderes, outros principados e potestades históricos em operação. Havia o Sinédrio dos Judeus: a Religião na sua mais ousada e segura certeza de autoridade medianeira entre Deus e os homens, onde tudo o que dissesse respeito a Deus, era objeto da “gestão” dos sacerdotes e de seus oficiais. Havia Roma: A Política que se apresenta como poder político. E seus representantes estavam presentes na Judéia nos dias de Jesus, como em qualquer outro lugar. Haviam as seitas e grupos religiosos, que naqueles dias tinham também seu papel político a cumprir. Cada um representava uma visão não apenas religiosa, mas também uma interpretação política do mundo: saduceus, fariseus, os escribas; e os demais grupos: zelotes, sicários e essênios... Cada um com sua própria agenda de interesses imediatos, sempre relacionados à busca de poder temporal. Mas quem desestabiliza tudo, é sempre o povo! Todos os que não se sentem povo—em qualquer lugar, tempo ou cultura da Terra—, alimentam-se do povo, e do poder que dele emana, no mínimo como força de trabalho, ou de massa de autenticação de autoridade.
 
De súbito, há Jesus, os discípulos e multidão do povo... E não era apenas o povo controlável que seguia a Jesus: haviam os que vinham de outras fronteiras, sem falar que a mensagem do Evangelho se infiltrava em literalmente todas as camadas da sociedade. Então, primeiro mobilizam-se as seitas: fariseus, saduceus—e seus escribas! Esgrimam com Jesus, disputam a veracidade de Seus feitos e palavras. Interpelam-no. O Evangelho nos dá testemunho vasto, desses encontros, muitos deles extremamente tensos. As interpretações que daí advêm, são as mais perversas: “Tem demônio!” “Samaritano possesso!” “Comilão, beberrão, amigo de pecadores!” “Embusteiro!” São apenas algumas das afirmações que tentam colar em Jesus. Mas o povo continuava a vir e a receber. O trama todo, é o próprio Evangelho; seria, portanto, impossível tratar do sistema todo sem que, para isso se tivesse que escrever um livro. Não é o caso aqui... Lázaro ressuscita depois de morto há quatro dias, e, tal fato acaba sendo a “gota final” a fim de que as autoridades religiosas decidam matar a Jesus. “Se o deixarmos, o mundo virá após ele; e os romanos nos tirarão o poder”—considerava o Sinédrio.
 
Mas como o Sinédrio haveria de matá-lo? O falso profeta sempre está em parceria com alguma besta política, conforme o apocalipse! Então, o Sinédrio faz duas coisas: 1. Esconde-se atrás do pretexto de que a questão era religiosa; sou seja: Jesus era um herege. Isto para confundir o povo! 2. Apresenta o caso a Roma como sendo religioso com implicações políticas. E pede a Roma—representada em Pilatos—,que faça alguma coisas, para se auto-preservar de uma possível sublevação do povo, e, conseqüentemente, também para preservá-los como os mediadores da estabilidade e da paz social. Esse é o “esqueminha” de sempre! Daí pra frente é só um jogo de empurra... É o Sinédrio empurrando para Pilatos autenticar; Pilatos “não entendendo” e lavando as mãos, abrindo assim o caminho para “outras mãos” que desejam matar se expressarem, agora com o aval silencioso e omisso da Política. E também haviam os “partidos”, mobilizando uma “militância” comprável a fim de fazer algum barulho em Jerusalém. A mulher de Pilatos ouviu falar do “julgamento” e assustou-se, havia sonhado o desfecho do caso. “Não te envolvas com este justo, pois, em sonho muito sofri a seu respeito”—disse ela. Não era mais possível: o jogo estava feito, e Pilatos estava dentro, sem nem bem saber, o quão envolvido estava.
 
O resultado é a crucificação. O fato é a Cruz. Mas a motivação não era nem política, nem religiosa, nem de qualquer outra natureza que não fosse a mais psiquicamente animal de todas as motivações entre os humanos: a inveja! Assim, os pretextos são muitos e variados, mas as guerras de fato militam é na carne! Por trás de todos esses jogos o que há sempre é a basicalidade da inveja e dos pequenos interesses. Se todos fossem apenas povo, a inveja se manifestaria do modo como ela se manifestou nos Evangelhos: Senhor, será que dá para os meus filhos se assentarem ao teu lado no teu reino?—propunha a mãe de Tiago e João. E discutiam pelo caminho quem era o maior entre eles—confirma o evangelho. E assim vai... Mas não há o jogo homicida.
 
O próprio Judas, a fim de trair, teve que encontrar a interface da Religião a fim de negociar. Um Judas sozinho não faz crucificação!
 
O que aprendemos?
Bem, o que move o povo é a necessidade. O que move as seitas é a arrogância da presunção da verdade. O que move Pilatos é a política e a necessidade de não complicar a sua própria “gestão”. O que move o Sinédrio é o medo de perder o poder. O que move Judas é desapontamento... Mas e o jogo? Ora, o que há por trás do jogo, é o de sempre: inveja dissimulada! Por trás de todas as nossas grandes “causas” o que há é apenas insegurança, pois, a inveja, é a filha mais perversa que a insegurança consegue gerar. O ciúme é o filho mais fraco, porém altamente recrutável para qualquer que seja a missão, inclusive, de morte. No fim, ninguém matou, apenas porque todos mataram... E a multidão do povão, são sempre os menos culpados; a final: eles não sabem o que fazem!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Subsídio para EBD - Melquisedeque abençoa Abraão

 
A fim de tentar simplificar ao máximo este texto e fazê-lo também sucinto, apenas descreverei o que creio sobre a Ordem de Melquisedeque, conforme mencionada nas Escrituras. Melquisedeque aparece do nada, sem antecedentes e sem explicações. Abraão encontra com ele e se verga diante dele, e lhe paga o dízimo de tudo quanto tinha consigo. Melquisedeque abençoa a Abraão. Então, assim como veio, ele vai, sem deixar vestígios.

Mais tarde, séculos depois disto, Melquisedeque aparece nos Salmos, quando, também do nada, se diz que o Senhor jurou que Seu Enviado seria feito Sumo Sacerdote, segundo a Ordem de Melquisedeque. Somente isto e nada mais. Até a Carta aos Hebreus. É nela que Melquisedeque volta como nunca antes.

 Agora ele é aquele que em Cristo tem seu Sumo Sacerdote. Jesus se torna Sumo Sacerdote de uma nova ordem sacerdotal, a qual não era étnica, pois não era judaica. Nem era levitica, posto que Jesus não era da tribo de Levi, mas de Judá; não tendo, portanto, qualquer relação com o sacerdócio anterior, o qual tinha na Ordem Levitica, da tribo de Levi, um dos doze patriarcas de Israel, os representantes humanos do culto que se prestava ao Deus de Abraão.

Do mesmo modo se pode dizer que ela nem tampouco se condicionava à informação histórica, carregada de esperança redentiva, que viajava como fé, mas também como especulação teológica e fixação de tradição em Israel. Jesus sendo Sumo Sacerdote segundo uma ordem à qual o próprio Abraão — pai do povo da revelação escrita — se curvava, é apresentado na Carta aos Hebreus como Aquele que TAMBÉM abençoa a Israel e todos os que conhecem a informação da Escritura; porém, que não se condiciona nem à geografia, nem à história registrada como sagrada, nem à informação, nem a qualquer fronteira, de qualquer que seja a natureza, estando Suas mãos sobre todos os que Ele mesmo desejar, e com a mesma liberdade com a qual abençoou a Abraão.

A Carta aos Hebreus diz que esse Melquisedeque é semelhante ao Filho de Deus, sem principio de dias e sem fim de existência; sendo superior a tudo quanto era relativo a Abraão, visto que é o maior quem abençoa o menor. Assim, Melquisedeque não é explicado, mas apenas afirmado. De fato, ele paira sobre a História, é um pingo de peso explosivo num Salmo, e arrebenta tudo e todas as ordens, quando relativiza a mais importante de todas, a que procedia de Abraão.

Ora, o mistério de Melquisedeque é algo que ecoa o Cordeiro imolado antes de tudo, antes de qualquer ato criador de Deus. Desse modo, pode-se dizer que o espírito da Carta aos Hebreus acerca de Melquisedeque, é aquele que o apresenta como uma manifestação do Cristo Eterno, o qual não foi feito Cristo, no Jesus Histórico; mas sim, sendo o Cristo Eterno, se mostrou como tal em Jesus, na História. Talvez seja por esta razão, também, que Jesus disse que Abraão viu os Seus dias e regozijou-se.

O Jesus Histórico não fez surgir o Cordeiro e nem a Ordem de Melquisedeque. Pelo contrário, se diz que Jesus é Sumo Sacerdote “segundo” a Ordem de Melquisedeque; assim como se diz que o Cordeiro foi imolado antes de tudo; antes de haver mundo. Jesus é a Encarnação de tudo o que Nele preexistia como Cordeiro Eterno, como o Cristo de Tudo e Todos, como o Sacrifício da Ordem de Melquisedeque (que manifesta na História a invasão livre do eterno, se revelando aos homens, e derramando Graça de todas as ordens); e como Jesus; o Cordeiro de Deus; o Cristo; ou Cristo Jesus; ou apenas o Cristo; ou ainda o Cristo de Deus; ou simplesmente Jesus Cristo — que é o que se diz Dele; enquanto Ele mesmo se define como Filho do Homem, o Caminho, a Verdade, a Vida, o Pão da Vida, a Porta, o Bom Pastor, o Noivo, e Aquele que é Um com o Pai (entre outras autodefinições).

As implicações de tal realidade é que são insuportáveis para a religião, pois, virtualmente acaba com ela, com seus poderes de representação, com suas certezas, com seus dogmas; e, sobretudo, com seu poder dela “administrar” a graça de Deus aos homens. A Ordem de Melquisedeque é a Ordem da Nova Jerusalém, na qual os povos são curados, e todos trazem ao Cordeiro as belezas dos povos. É em razão da Ordem de Melquisedeque que Jesus diz que muitos virão de todos os quadrantes da Terra, gente de todas as gerações, e tomarão lugar à mesa com Abraão, Isaque e Jacó.

 É também por tal razão que o Evangelho deixa claro que a maior fé que Jesus vira, não viera de dentro de Israel, mas de um pagão de fora: o Centurião Romano. Assim como é pela mesma razão que a mulher que dá um “ santo banho” em Jesus é uma mulher de fora de tudo, uma siro-fenícia.

O problema atual é que a humanidade entende a Ordem de Melquisedeque, mas já não entende a ordem de Levi, conforme a Bíblia, posto que tal coisa, para a humanidade, tiveram no Judaísmo e, sobretudo, no Cristianismo, os seus representantes históricos, o que fez com que um sentimento de repudio se espalhasse pela Terra em relação a tudo quanto possa carregar tais “representações”.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Líderes evangélicos e católicos tem posições diferentes sobre Impeachment

 
O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), composto pelas igrejas de Confissão Luterana, Episcopal Anglicana do Brasil, Metodista e Católica, divulgou nota em que diz que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), se baseou em "argumentos frágeis" ao abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousself. No documento, o Conic sustenta que o processo de impeachment não tem legitimidade e que o afastamento de Dilma "nos conduziria para situações caóticas".
 
A posição da entidade não é acompanhada por lideranças evangélicas ouvidas pelo jornal Estado de São Paulo, favoráveis a Cunha que é membro da Assembléia de Deus de Madureira. 
 
O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, em sua página no Twitter, comemorou a abertura do processo de impeachment e criticou o ex-presidente Lula por defender sua sucessora e correligionária. "Lula reclamendo do encaminhamento do impeachment de Dilma, dizendo que é insanidade, é um brincalhão, farsante, o PT fez isso com outros governos".
 
O presidente do Conselho Político da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, pastor Lelis Washington, não só apoiou a atitude de Cunha, como afirmou que ele demorou muito tempo para tomá-la.
 
Clemir Fernandes, pastor da Igreja Batista e sociólogo do Instituto de Estudos da Religião (Iser), afirma que nem sempre as crenças têm a mesma opinião política, mas que o cenário é comentado pelos líderes em culto. "Nas igrejas em que circulo, mesque que um pastor manifeste uma posição política, isso não tem alterado as opiniões dos fiéis".
 
Já a Comissão Brasileira Justiça e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), criticou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que autorizou a abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em nota, a CNBB questiona os motivos que levaram Cunha a aceitar o pedido de abertura do processo.
Manifestando "imensa apreensão", a comissão da CNBB diz que a atitude de Cunha "carece de subsídios que regulem a matéria" e que a sociedade está sendo levada a crer que "há no contexto motivação de ordem estritamente embasada no exercício da política voltada para interesses contrários ao bem comum". Para a CNBB, Cunha agiu por interesse pessoal.
A entidade católica, que, na época em que o então presidente Fernando Collor enfrentou processo de impeachment, participou de uma manifestação pela ética na política, afirma no comunicado divulgado hoje que "o impedimento de um presidente da República ameaça ditames democráticos, conquistados a duras penas".