
Recentemente o Pr. Carlos Roberto do blog Point Rhema, que eu sempre acompanho, publicou, o artigo do Pr. Jesiel Padilha com o seguinte Título: CGADB - QUEM SERÁ O PRÓXIMO PRESIDENTE?
Agora, refutando o artigo supracitado, o Pr. Daladier Lima, editor do blog REFLEXÕES SÔBRE QUASE TUDO publicou uma refutação ou resposta em seu próprio blog, depois também publicado no Point Rhema, sob o título: Eleições na CGADB - Refutando um artigo de um cardeal assembleiano.
Ao clicar nos nomes dos blogues citados você terá acesso as duas postagens que possuem opiniões diferentes sobre o mesmo assunto que considero importante pois trata-se da eleição que definirá quem conduzirá a maior convenção assembleiana no Brasil. Um dos objetivos da blogosfera é de informar e também permitir a livre manifestação de opiniões. Dito isso, dou meus parabéns aos dois blogueiros.
Quero manifestar também meu posicionamento pessoal sobre o tema. Com relação ao comentário do Pr. Daladier Lima, não tenho nada a discordar, pelo contrário, concordo plenamente com o mesmo. Já com respeito ao artigo do Pr. Jesiel Padilha, as minhas discordâncias são muitas.
1 - A eleição da CGADB não pode ser comparada à eleição da OAB à de sindicato ao estilo de chapa, para logo em seguida falar que os interesses e as vaidades pessoais dos líderes em participar da Mesa Diretora não sataniza o processo, pois onde houver ser humano haverá interesses.
- Pergunto: a eleição da CGADB pode ser comparada a que processo de escolha então? Ou não deveria nem ter eleição, mas sim, só uma nomeação direta pelo Presidente para ficar mais fácil?
2 - A Assembleia de Deus tem um estilo coronelista de governo. Situa a origem do mesmo não nos missionários suecos, mas sim a partir da década de 30 com líderes brasileiros como Paulo Leivas Macalão e Cícero Canuto de Lima. A maioria dos líderes regionais se alia pelo apoio da Convenção Estadual porque já detém cargo nela. Além de gestos de gratidão, seja por vínculos de amizade ou por troca de favores, rios correm para o mar.
- É triste viu! Admitir que o estilo de governo eclesiástico como coronelista e ainda dizer que tal estilo ainda fez a igreja crescer, foi demais para mim!
Ao mencionar explicitamente a troca de favores entre os líderes, eu pergunto: estou lendo mesmo sobre uma eleição de liderança em uma igreja evangélica ou essa frase foi dita no âmbito do que há de pior na política partidária brasileira, como cansam de mostrar os noticiários?
3 - Na política secular quem sai na frente nem sempre é o ganhador. Nas no caso da CGADB isso não ocorre. A maioria detentora de cargos fecha apoio para continuar nos cargos.
- A pergunta que eu fiz no ítem 1, ele responde aqui, quando compara a eleição da CGADB com política secular. Estamos bem então, não é?
Sobre o fechar apoio para continuar em cargos, já opinei sobre isso no ítem 2.
4 - O atual presidente na qualidade de grande articulador já mobilizou o Brasil para a largada desde o final do ano passado. A contestação de que isso é nepotismo, que não vira, que a Igreja esta virando uma dinastia não se sustenta no atual contexto da Assembleia em pleno século XXI. Esse discurso funcionou no passado nas décadas de 60,70 e 80. A mentalidade mudou muito. Hoje a Igreja se alegra quando sabe que o filho tem condição de levar a cabo os projetos do pai quando esse fica impedido de exercer o ministério quer pela idade ou pela saúde debilitada. Mas agora o candidato não é o Pai. É o filho. E hoje isso não é mais visto com maus olhos. Os obreiros hoje veem com bons olhos o pai deixar o legado para o filho. O que no passado era inadmissível.
- Quando a gente pensa que o texto não pode piorar, vem uma dessa! Meu Deus, em que mundo ele vive? É verdade, que em alguns lugares, o filho do pastor titular, era uma pessoa realmente vocacionada por Deus, com dons dados por Ele, e que houve o reconhecimento da igreja na sucessão. Há casos e casos. Mas isso não é maioria.
Pelo Brasil a fora, se no momento da sucessão fosse fazer uma eleição com todos os membros da igreja e não somente um pequeno colégio de cardeais, o resultado de algumas sucessões teriam sido diferentes, onde o pastor passou a igreja para o filho, genro ou neto. Na história da AD no Brasil, houve momentos em que o pastor passava o bastão para outra pessoa que não tinha nenhuma ligação com sua família a não ser fraterna. Hoje, em dias de igreja/empresa, a sucessão familiar nos moldes da monarquia tem sido a mais utilizada, com honrosas exceções. E esse modelo está nas ADs, sejam elas ligadas a CGADB, Conamad, Vitória em Cristo, ou independentes. Também está presente em outras denominações, principalmente de linha pentecostal e neopentecostal. No caso assembleiano, isso se dá por causa da figura do pastor-presidente vitalício.
Pelo Brasil a fora, se no momento da sucessão fosse fazer uma eleição com todos os membros da igreja e não somente um pequeno colégio de cardeais, o resultado de algumas sucessões teriam sido diferentes, onde o pastor passou a igreja para o filho, genro ou neto. Na história da AD no Brasil, houve momentos em que o pastor passava o bastão para outra pessoa que não tinha nenhuma ligação com sua família a não ser fraterna. Hoje, em dias de igreja/empresa, a sucessão familiar nos moldes da monarquia tem sido a mais utilizada, com honrosas exceções. E esse modelo está nas ADs, sejam elas ligadas a CGADB, Conamad, Vitória em Cristo, ou independentes. Também está presente em outras denominações, principalmente de linha pentecostal e neopentecostal. No caso assembleiano, isso se dá por causa da figura do pastor-presidente vitalício.
A cultura da Assembleia mudou, mas o estilo de governo não. Os presidentes regionais detém o poder do voto. Se estiverem alinhavados aos apoios convencionais, sem sombra de dúvida podemos afirmar que o Pastor José Wellington Costa Júnior será o próximo Presidente. Nós não precisamos de chapa, precisamos de perdão e reconciliação. Proibir um convencional sair candidato fora de chapa é retroceder. Nossos patriarcas não aceitavam isso porque entendiam que a chapa traria divisão, dualismo e maniqueísmo para CGADB. A chapa pode até atrapalhar o atual candidato em vantagem. Quando ao voto a distancia é uma boa ideia. Sendo que o voto a distancia não beneficia quem tem o poder da máquina.
Puxa vida, aí ele arrebentou a tampa do balão mesmo! Se declarou como eleitor tiete numa postagem chapa-branca. E pior, ainda por cima, admitiu o poder da máquina, como se estivesse falando de um governo político.
Na igreja primitiva a gente não vê Pedro Júnior sucedendo o apóstolo Pedro. Apóstolo João Filho, ao discípulo amado. Paulo Sobrinho ao apóstolo Paulo. E assim por diante.
Agora eu penso: O quão distante isso tudo está do Evangelho de Jesus de Nazaré, quando numa disputa entre os discípulos para ver quem era o maior disse: “Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que são as pessoas importantes que exercem poder sobre as nações. Não será assim entre vós. Ao contrário, quem desejar ser importante entre vós será esse o que deva servir aos demais. E quem quiser ser o primeiro entre vós que se torne vosso escravo", Mateus 20:25-27.
Em algum momento se falou em direção do Espírito Santo como naquele primeiro Concílio da igreja primitiva? "Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós", Atos 15:28.
Na igreja primitiva a gente não vê Pedro Júnior sucedendo o apóstolo Pedro. Apóstolo João Filho, ao discípulo amado. Paulo Sobrinho ao apóstolo Paulo. E assim por diante.
Agora eu penso: O quão distante isso tudo está do Evangelho de Jesus de Nazaré, quando numa disputa entre os discípulos para ver quem era o maior disse: “Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que são as pessoas importantes que exercem poder sobre as nações. Não será assim entre vós. Ao contrário, quem desejar ser importante entre vós será esse o que deva servir aos demais. E quem quiser ser o primeiro entre vós que se torne vosso escravo", Mateus 20:25-27.
Em algum momento se falou em direção do Espírito Santo como naquele primeiro Concílio da igreja primitiva? "Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós", Atos 15:28.
Obrigado pela repercussão do artigo. Quanto às suas colocações são irretocáveis. Pior para a igreja.
ResponderExcluirAbração!
Eu é que agradeço por sua participação por aqui. Um abraço.
ResponderExcluirmuito bom
ResponderExcluirObrigado pela participação Reginaldo.
ResponderExcluirO que me deixou com "a pulga atrás da orelha", por assim dizer, foi a análise fria e materialista (ainda que eivada de um sentimentalismo exarcebado).
ResponderExcluirParabéns pela postagem, irmão. Que Deus o abençoe.
Caro amigo e pastor Juber Donizete,
ResponderExcluirA Paz do Senhor.
Como o assunto começou lá no Point Rhema, acabo de publicar um link para cá, no afã de que meus 29 leitores (tenho um a menos que o amigo Daladier) possam ter acesso à sua refutação.
Nosso desejo é fomentar a reflexão sôbre tema tão importante.
Parabéns!
Saúde & Paz!
Muito grato prezado Pr. Carlos Roberto, pela indicação do link deste singelo blog.
ResponderExcluirAbraço.
Caro Cícero, de fato, muito materialismo e pouca espiritualidade segundo o Evangelho de Cristo. Obrigado pela participação.
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