segunda-feira, 15 de junho de 2015

Minha opinião sobre a crucificação da modelo transexual e os símbolos de fé



Fiquei observando toda essa discussão em torno da modelo transexual que apareceu na parada gay desse ano em São Paulo numa cruz. O curioso é que os evangélicos/protestantes/crentes que sempre disseram que são contra idolatria que não colocam cruz nas suas igrejas (com exceção de algumas denominações), gritaram mais do que os líderes católicos, dizendo que não respeitaram seus símbolos de fé como Marco Feliciano. Mas é aquela pregação fervorosa dizendo que a cruz está vazia, e que o nosso Cristo não está na cruz mas já ressuscitou?

Há os que digam que estão defendendo o nome de Deus. Alguns colocaram em seus blogs e sites notas de repúdio. Agora, dá um click no link que tem como título “Dez imagens que mostram que a crucificação não é um projeto inédito”. O endereço é: http://www.buzzfeed.com/clarissapassos/10-imagens-de-crucificacao-anteriores-a-trans#.amMeppPNxR

Fica a pergunta, porque não houve essa onda de repúdios nas outras ocasiões citada no site acima? Sem contar que entre os gays houve também quem se manifestaram contra a encenação da “crucificação”da transexual. Quer dizer, que entre eles mesmos também houve quem achou que não precisava chegar a tal ponto.

Agora, falando em “símbolos da sua fé”, se a gente for dar uma lida sem as nossas lentes de pensamento já condicionado veríamos que Deus tratou os “símbolos” de outra forma nas Escrituras Sagradas.

A Arca da Aliança era o símbolo da presença de Deus, e o Templo de Salomão era o local que o próprio Deus apareceu no dia da inauguração, o santificou e disse que as orações que se fizessem a Ele naquele local, seriam ouvidas. Os israelitas acharam que podiam aprontar todas que nada aconteceria com eles, pois o Templo e a Arca garantiriam a proteção. O que aconteceu com seus símbolos? O próprio Deus enviou uma “navalha alugada”, Nabucodonozor e os ímpios babilônicos, para destruir o Templo, levar o povo que havia sobrevivido a fome de um cerco e a espada, cativo para Babilônia, em razão da desobediência aos mandamentos divinos. A Arca está desaparecida desde então.

Sobre defender Deus, o pai idólatra de Gideão foi inteligente para dizer para os seus vizinhos quando quiseram linchar seu filho por ter destruído seu altar de Baal:  "Contendereis vós por Baal? Livrá-lo-eis vós? Qualquer que por ele contender ainda esta manhã será morto; se é deus, por si mesmo contenda; pois derrubaram o seu altar. Por isso naquele dia lhe chamaram Jerubaal, dizendo: Baal contenda contra ele, pois derrubou o seu altar”.
Juízes 6:30-32.

Meus caros, Deus , não precisa e nem quer ninguém para defendê-lo e sim que o adore, ame e o sirva de coração! Afinal de contas, Deus é Deus! Deus quando quer Ele quebra os ídolos aos seus pés como fez com a estátua de Dagom dos filisteus, quando colocaram a Arca do Senhor no templo do deus filisteu (I Sam capítulo 5). Em outra situação Ele feriu e pôs exércitos em retirada, quando o rei assírio fez um desafio ao Todo-Poderoso, conforme II Reis capítulos 18 e 19.

O pai de Gideão podia até ser idólatra, mas a fala dele aplicada ao verdadeiro Deus, bem que deveria soar como conselho para alguns cristãos.
 
Os evangélicos não podem ficar numa batalha sem fim com o LGBT, como se a nossa luta fosse contra eles e não contra "os principados e potestades espirituais da maldade que estão sobre esse mundo tenebroso", como diz Paulo aos Efésios. Concordo com o blogueiro Gutierres Siqueira (blog Teologia Pentecostal) quando diz que "o evangélico não pode confundir o homossexual com o movimento LGBT, ou seja, nunca se deve confundir o indivíduo com a coletividade de uma ideologia. O homossexual precisa do Evangelho da mesma forma que você e eu. O homossexual não é mais necessitado ou menos necessitado: ele é igualmente necessitado da graça divina. Diante de um sacrilégio se pede misericórdia e não “fogo do céu”. Deus construiu durante um século o Novo Testamento, mas ainda há quem tenha uma mentalidade da pré-aliança. Há um sentimento difuso de salmos imprecatórios misturado com a vingança de sabor divino. É muita fúria e pouca misericórdia. Além disso, não se deve pedir leis mais duras. A lei de proteção à religião já é muito boa no Brasil. Pedir leis e mais leis é um tiro no pé. Já li que um deputado está propondo que a ofensa à religião seja crime hediondo: grande idiotice. Devemos preservar a todo custo a liberdade de expressão, pois essa também nos beneficia. E sim, a liberdade só é liberdade quando o outro tem espaço para manifestar suas bobagens".
 
 
 
 

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