Creio na segunda vinda de Cristo (Hebreus 9:28), não em terceira
vinda, que é o que o dispensacionalismo pré-milenista ensina, ao dizer que a
vinda de Jesus ocorrerá em duas fases.
Dizem que a primeira fase será em oculto (o arrebatamento), e a segunda pública. Na 1ª Ele vem para a igreja, e na 2ª para Israel. Se você citar a passagem de Mateus 24:29-31 para um dispensacionalista, ele tem a coragem de te dizer que ali está claramente divido entre uma parte do texto para Israel e outra para a Igreja. Lendo o texto de forma contínua, de carreirinha, não está tão claro como dizem. Só se for para quem já está com a mente condicionada. Chegam ao ponto de dizer que o versículo 31 do capítulo citado não se refere ao arrebatamento mas sim aos remanescentes judeus. Aí é para acabar mesmo!
Dizem que a primeira fase será em oculto (o arrebatamento), e a segunda pública. Na 1ª Ele vem para a igreja, e na 2ª para Israel. Se você citar a passagem de Mateus 24:29-31 para um dispensacionalista, ele tem a coragem de te dizer que ali está claramente divido entre uma parte do texto para Israel e outra para a Igreja. Lendo o texto de forma contínua, de carreirinha, não está tão claro como dizem. Só se for para quem já está com a mente condicionada. Chegam ao ponto de dizer que o versículo 31 do capítulo citado não se refere ao arrebatamento mas sim aos remanescentes judeus. Aí é para acabar mesmo!
Sinceramente, que não vejo fundamento bíblico para dizer a vinda de
Jesus será em oculto. A vinda de Jesus será visível: Todo o olho o verá
(Apocalipse 1:7); virá do céu assim como subiu (Atos 1:11); Assim como o
relâmpago, sai do oriente e se mostra no ocidente, assim será vinda do Filho do
Homem (Mateus 24:27).
Jesus disse que “depois da aflição daqueles dias”, virá o Filho do Homem com poder e grande glória e os anjos recolherão o seus escolhidos dos quatro cantos da Terra (o arrebatamento), Mateus 24:29-31. A “aflição” que Jesus se refere é a Grande Tribulação (Mateus 24: 21,22). Jesus chega a dizer que a aflição daqueles diria seria tal, que se os dias não fossem abreviados, nem os "escolhidos" se salvariam, Mateus 24:21,22).
A Besta combaterá os santos (Apocalipse 13:7). Segundo os dispensacionalistas, os mártires do período tribulacional são os “santos” que, o livro de Apocalipse se refere. Ou seja, aí já tem uma tremenda contradição: se os que não subiram no arrebatamento da igreja, não estavam aptos para subir, ou “preparados”, porque então são chamados de “santos”?
Fica difícil entender a existência de duas categorias de crentes salvos. Os de 1ª categoria, arrebatados e os de 2ª categoria, os da tribulação. Parece até um sistema de castas como o indiano. Uns tem coroas (os arrebatados antes da tribulação), os outros não (os convertidos na tribulação), os primeiros serão a noiva, os segundos os convidados, e por aí vai.
Jesus disse que “depois da aflição daqueles dias”, virá o Filho do Homem com poder e grande glória e os anjos recolherão o seus escolhidos dos quatro cantos da Terra (o arrebatamento), Mateus 24:29-31. A “aflição” que Jesus se refere é a Grande Tribulação (Mateus 24: 21,22). Jesus chega a dizer que a aflição daqueles diria seria tal, que se os dias não fossem abreviados, nem os "escolhidos" se salvariam, Mateus 24:21,22).
A Besta combaterá os santos (Apocalipse 13:7). Segundo os dispensacionalistas, os mártires do período tribulacional são os “santos” que, o livro de Apocalipse se refere. Ou seja, aí já tem uma tremenda contradição: se os que não subiram no arrebatamento da igreja, não estavam aptos para subir, ou “preparados”, porque então são chamados de “santos”?
Fica difícil entender a existência de duas categorias de crentes salvos. Os de 1ª categoria, arrebatados e os de 2ª categoria, os da tribulação. Parece até um sistema de castas como o indiano. Uns tem coroas (os arrebatados antes da tribulação), os outros não (os convertidos na tribulação), os primeiros serão a noiva, os segundos os convidados, e por aí vai.
A Igreja
apostólica viveu na expectativa do retorno de Cristo em glória e majestade.
Paulo definiu os cristãos como aqueles que experimentam a graça de Deus, vivem
uma vida santificada e “aguardam a bendita esperança e a manifestação [epiphaneia = aparecimento] da
glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tito 2:13). Essa “bendita
esperança” do glorioso aparecimento de Cristo para “julgar vivos e mortos” (II
Tim. 4:1; I Tim. 6:14) tornou-se a esperança da Igreja cristã, até que John
Nelson Darby, erudito inglês (1800-1882), começou a ensinar a nova teoria de um
arrebatamento secreto, pré-tribulação, sete anos antes da vinda de Jesus
Cristo. [1]
De acordo
com esse ponto de vista, Cristo vem de modo invisível para os Seus santos. Na
gloriosa parousia (advento) ou
epifania (aparecimento), Cristo
retornará com os santos. Tal compreensão de uma segunda vinda em duas fases é
resultado de um sistema hermenêutico chamado literalismo, originado por Darby e
popularizado por C. I. Scofield, na Nova Bíblia
de Referência Scofield. [2]
A diferença
fundamental entre a teoria do arrebatamento secreto e o cristianismo histórico
é a doutrina de que Cristo voltará em glória exatamente sete anos depois do
arrebatamento da Igreja Conceituados eruditos da Bíblia têm escrito muitas
avaliações críticas desse futurismo ou dispensacionalismo, especialmente da
radical dicotomia que ele cria entre Israel e a Igreja. [3]
Jesus, Paulo
e a Parousia
Dentre os
quatro evangelhos, somente Mateus 24 usa o termo parousia (presença, vinda,
chegada) para o glorioso aparecimento de Jesus. Desde o início, a vinda de
Cristo está conectada com o julgamento retribuitivo de Deus no fim dos tempos.
“Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da Tua vinda
[parousia] e da consumação do século.” (Mat. 24:3). Jesus afirmou essa
coincidência quando disse que todos os povos sobre a Terra verão o sinal de Sua
parusia quando vier nas nuvens do céu com os anjos, “com poder e muita glória”,
como o “Filho do homem” da visão de Daniel (Dan. 7:13 e 14).
“Logo em
seguida à tribulação [thlipsis]
daqueles dias . . . . Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos
os povos da Terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens
do céu, com poder e muita glória” (Mat. 24:29 e 30). Cristo enfatizou a
visibilidade universal de Sua parousia, ao dizer: “Porque, assim como o
relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda
do Filho do homem” (v. 27).
Escritos
gregos contemporâneos usavam a palavra parousia
como o termo oficial para descrever a chegada triunfante de reis e governantes
em visita a uma determinada cidade. [5] Jesus endossou a perspectiva profética
de Daniel ao declarar que Sua parusia poderia ocorrer “logo em seguida” à
tribulação do Seu povo (Mat. 24:21, 22, 29 e 30; Dan. 12:2). Claramente Ele ensinou
uma parusia pós-tribulação.
O que os
dispensacionalistas sustentam, entretanto, é que Jesus direcionou Seu discurso
profético exclusivamente a Seus discípulos, representantes de Israel como nação
escolhida; de modo que Mateus 24 não é aplicável à Igreja, ao arrebatamento ou
à ressurreição. [6]
Ironicamente,
de todos os quatro escritores evangélicos da Bíblia, somente Mateus usa o termo
ekklèsia = igreja (Mat. 16:18;
18:17). Ele define a Igreja de Cristo como o corpo de todos os que, à
semelhança do apóstolo Pedro, confessam a Jesus como o Messias de Israel (Mat.
16:16-19), o corpo no qual a presença de Cristo habita até Sua parusia ou a
consumação dos séculos (Mat. 18:20; 28:20). Jesus designou os crentes como
“Minha igreja”, “Seus escolhidos” (Mat. 16:18; 24:31).
É difícil entender como alguém pode negar o
fato de que os apóstolos, para quem Jesus direcionou Seu discurso profético,
também foram os fundadores e os primeiros membros da Igreja cristã. Eles eram
representantes de todos os crentes em todas as nações
(Atos 1:8). O discurso profético de Cristo em Mateus 24 é, portanto,
direcionado à igreja apostólica até a consumação dos séculos. Qualquer
tentativa de separar os apóstolos ou Mateus 24 da Igreja é uma
compartimentalização antibíblica.
Pedro se referiu aos membros da Igreja como
“povo de propriedade exclusiva” (I Ped. 2:9), ou “eleitos” (I Ped. 1:1 e 2).
Semelhantemente, Paulo falou da Igreja como “eleitos de Deus” (Rom. 8:33).
Jesus certamente não restringiu Seus eleitos ao remanescente judeu de crentes
depois de testemunhar a maior fé de um centurião romano do que de qualquer
israelita: “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão
lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos Céus. Ao passo que os
filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger
de dentes” (Mat. 8:11 e 12).
O argumento
de que Jesus não menciona o arrebatamento ou a ressurreição em Mateus 24,
porque “o arrebatamento não ocorre na segunda vinda,” [7] suscita uma questão.
Uma hipótese tão precária não está baseada na Escritura mas sobre considerações
doutrinárias. Em Mateus 24, Jesus respondeu a uma pergunta particular dos
discípulos a respeito dos sinais de Sua parusia (v. 3). Então, Jesus apontou o
livro de Daniel como fonte primária de Sua resposta (v. 15). Ali nós lemos como
o livramento dos santos na tribulação do tempo do fim ocorrerá: Miguel descerá
para seu resgate e para ter uma participação no evento onde haverá a
ressurreição dos mortos (Dan. 12:1 e 2).
Portanto,
devemos ler Mateus 24, tendo Daniel como fundo, para ter um quadro completo.
Posteriormente, quando Jesus assegurou a Seus discípulos que Ele viria outra
vez para levá-los à casa do Pai no Céu (João 14:2 e 3), não estava sugerindo um
arrebatamento secreto, mas explicando o confortador propósito de Sua mais
antiga promessa de ressuscitá-los da morte, “no último dia”: “De fato, a
vontade de Meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nEle crer tenha a vida
eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:40).
O propósito
de Paulo não foi descrever os sinais que introduzem o segundo advento, mas
“pela palavra [ou autoridade] do Senhor” responder a indagação específica sobre
os santos mortos em relação à parusia. Nos versos 13-16, ele tranqüiliza os
entristecidos crentes, garantindo-lhes que os mortos em Cristo não terão
desvantagem alguma em relação aos santos vivos, porque eles “ressuscitarão
primeiro”. Os dois grupos são então simultaneamente arrebatados “para o
encontro do Senhor nos ares”.
Em sua
primeira carta aos tessalonicenses, Paulo ensina justamente o oposto do
arrebatamento secreto.
Dessa forma,
o advento de Cristo sincroniza com a ressurreição e a trasladação dos santos.
Em I Tes. 4:16 e 17, Paulo claramente ampliou em detalhes o que Jesus revelara
em Mateus 24:30 e 31. Não há necessidade nem justificativa para
compartimentalizações. Jamais deveríamos entender que Paulo esteja revelando
uma parusia, uma ressurreição e reunião dos santos diferentes do que foi
mencionado por Jesus em Mateus 24. A mesma trombeta que anuncia o encontro dos
eleitos em Mat. 24:31 também chama à vida os santos que dormem em Cristo (I
Cor. 15:52; I Tes. 4:16).
Como
comandante-em-chefe das hostes angelicais, Cristo aparecerá no céu, com sons
tais como os de ruidosas trombetas, em Sua gloriosa parusia. Em I Tes. 4:16 e
17, o apóstolo Paulo ensina justamente o oposto do arrebatamento secreto.
Paulo
salientou que o Dia do Senhor, ou a parusia de Cristo (I Tes. 5:23), terá um
duplo aspecto: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a
salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo” (5:9). O apóstolo usou a palavra
“ira” para indicar o julgamento retribuitivo de Deus (I Tes. 1:10; Rom. 5:9), o
qual ele mesmo descreve em II Tessalonicenses 1:7-10.
Em sua
segunda carta à igreja de Tessalônica, Paulo enfrentou uma situação diferente.
Agora ele devia tratar com um erro relacionado ao tempo da parusia e da reunião
dos santos (II Tes. 2:1). Alguns irmãos criam que “o dia do Senhor” havia
chegado (v. 2). Como resultado dessa crença, tornaram-se confusos e se
recusavam a trabalhar (II Tes. 3:10 e 11). Esse prematuro senso de cumprimento
apocalíptico exigiu uma refutação por parte do apóstolo. Ele recorda sua
instrução anterior concernente ao futuro surgimento do “homem da iniqüidade”,
como um evento que deve ocorrer antes do Dia do Senhor (2:3). Em virtude de que
esse anticristo ainda não tinha feito sua aparente parusia, “com todo poder, e
sinais e prodígios da mentira” (2:9), Paulo explicou que o dia da parusia de
Cristo também ainda não havia chegado (vs. 3, 4 e 9).
Como um segundo
argumento contra a injustificada insistência na expectação de imediata e
iminente vinda de Cristo, Paulo recorda aos tessalonicenses o bem conhecido
poder restritivo que deteve o aparecimento público do “homem da iniqüidade”
naquele tempo (II Tes. 2:4-7). [12] Para compreender apropriadamente a predição
paulina de uma apostasia maciça ou afastamento da fé cristã antes do Dia do
Senhor, devemos reconhecer a aplicação que ele faz das profecias de Daniel
sobre o inimigo de Deus (caps. 7, 8, 11 e 12).
O texto apocalíptico de Paulo assemelha-se muito ao de
Cristo em Mat. 24:21-31. Jesus e Paulo apresentam a segunda vinda e o
arrebatamento da Igreja como um só evento que ocorrerá imediatamente à tribulação
patrocinada pelo anticristo. Enquanto o Mestre advertiu particularmente contra
o engano de uma parusia secreta e invisível (Mat. 24:26 e 27), Paulo fez o
mesmo especificamente contra o engano de uma parousia a qualquer momento (II
Tes. 2:3-8).
Referências:
Referências:
1. John F. Walvoord, The Blessed Hope and the Tribulation, Grand Rapids,
MI: Zondervan, 1976, pág. 48; An Investigation of Dispensational
Premillennialism: An Analysis and Evaluation of the Eschatology of John F.
Walvoord, tese de doutorado na Universidade Andrews, Berrien Springs.
MI: 1992, pág. 12.
MI: 1992, pág. 12.
2. C. C. Ryrie, Dispensationalism Today, Chicago: Moody Press, 1965,
págs. 44 e 45.
5. Dictionary of the New Testament. C. Brown (editor), Grand Rapids:
Zondervan, 1976, vol. 2, págs. 898-901; A Greek-English Lexicon of the New
Testament, Chicago: University of Chicago Press, 1957, pág. 635.
6. John F. Walvoord, Op. Cit., págs. 34 e 35.
7. Ibidem, pág. 59.
12. H. K. LaRondelle, "The Middle Ages Within the Scope of
Apocalyptic Prophecy", Journal of the Evangelical Theological Society
32/3, 1989, págs. 345-354; How to Understand the End-Time Prophecies of the
Bible, 1ª ed., Sarasota, Fl.: 1997, cap. 7.
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