terça-feira, 16 de agosto de 2016

Brasil homenageia israelenses mortos no atentado de Munique, em 1972


Onze integrantes da delegação israelense mortos em um ataque terrorista nos Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha, em 1972, foram homenageados no fim da tarde deste domingo (14) no Palácio da Cidade, na Zona Sul do Rio.

O evento reuniu familiares das vítimas, autoridades brasileiras, representantes da delegação israelense e do Comitê Olímpico Internacional. É a primeira vez que acontece um reconhecimento oficial em memória das vítimas do atentado de Munique durante uma Olimpíada.

Durante a cerimônia, organizada pela Prefeitura do Rio, pelo Comitê Olímpico de Israel e pelo Comitê Olímpico do Brasil, os participantes fizeram um minuto de silêncio e duas orações em homenagens às vítimas (kadish e el mare rahamin). A cantora israelense Varda Usiglio também participou da solenidade cantando a música "Stars of September".

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, repudiou os episódios de intolerância religiosa e as reações de antissemitismo, como o caso do atleta egípcio de judô que se recusou a apertar a mão do rival israelense.
"Manifestações infelizes. Deploráveis. O fanatismo e a intolerância são péssimos ingredientes para que se chegue com eles a paz mundial, a convivência pacífica entre os povos, portanto, eu lamento que tenha acontecido. Nós repudiamos esse tipo de atitude", disse Serra.

Um dos momentos marcantes da cerimônia foi o acendimento de 11 velas que representavam os israelenses mortos no atentado. Entre as pessoas escolhidas para ascender as chamas estavam autoridades brasileiras e israelenses e integrantes da delegação de Israel nos Jogos Olímpicos do Rio, como Fernando Lottenberg, presidente da Confederação Israelense no Brasil; Yoram Arenstein, secretário de honra de Israel; e Paulo Maltz, presidente da Federação Israelense do Rio de Janeiro.

Atentado
O ataque aconteceu no dia 5 de setembro de 1972, quando oito palestinos do grupo "Setembro Negro" invadiram a área dos israelenses na Vila Olímpica. O atentado resultou na morte de 11 atletas, cinco terroristas e um policial alemão.
Dois atletas foram mortos logo na invasão. Os outros nove foram fuzilados depois que um acordo de fuga deu errado e os terroristas viram que era uma emboscada.

Fonte: http://guiame.com.br/

Meu Comentário: É a primeira vez que acontece um reconhecimento oficial em memória das vítimas do atentado de Munique durante uma Olimpíada. Portanto, ponto para o Presidente interino Michel Temer, para o ministro das relações exteriores José Serra, e para o comitê Olímpico. Diferente dos dois últimos governos seja o de Lula ou Dilma, que geralmente optavam por se afastar de Israel, a gestão Temer nesses poucos meses tem feito uma aproximação da nação judaica, talvez por influência da bancada evangélica.

No que tange as Olimpíadas, demorou exatos 44 anos, para haver um reconhecimento oficial em memória das vítimas do atentado de Munique. Num momento onde o terrorismo tem um destaque internacional até maior do que em 1972, foi importante a homenagem feita em solo brasileiro. Ponto para o Brasil.

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