segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Morre Cesino Bernardino, fundador dos Gideões Missionários da Última Hora

 
O pastor Cesino Bernardino, 81 anos, conhecido por ter fundado os Gideões Missionários da Última Hora, é chamado por muitos de “Pai de missões”. No final de junho, após ter realizado uma cirurgia, ele entrou em coma profundo.
 
Foram feitas diversas campanhas de oração lideradas pelo seu filho, pastor Reuel Bernardino, na expectativa de um milagre. Cesino tinha sérios problemas nos rins e nos pulmões.
Na tarde deste sábado (30) ele entrou em óbito, após passar mais de um mês na UTI do hospital Santa Catarina, em Blumenau.
 
A Convenção de pastores do estado de Santa Catarina emitiu nota oficial, anunciando que o funeral do líder pentecostal será no pavilhão dos Gideões Missionários neste domingo. O sepultamento ocorrerá na segunda-feira, dia primeiro de agosto.
 
Desde o anúncio do falecimento, as redes sociais foram tomadas de mensagens de condolências de pastores, líderes evangélicos e políticos. O presidente da CGADB, pastor José Wellington Bezerra da Costa, manifestou seu pesar, bem como o pastor Samuel Câmara, presidente da Assembleia de Deus em Belém. O deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC/SP) escreveu um texto no Facebook onde chamou Cesino de “herói da fé”.

Pastor fez história

Os GMUH surgiram no final da década de 1970, idealizado por Bernardino, recém chegado para assumir a Assembleia de Deus em Camboriú, Santa Catarina. Devido às grandes dificuldades financeiras da congregação, ele iniciou uma campanha de oração para que Deus o orientasse.
Segundo a revelação dada aos membros da igreja, que faziam reuniões de oração em suas casas, anunciou-se que a pequena cidade se tornaria referência para o país. Seguindo a tradição pentecostal, o pastor Cesino pregava constantemente em sua igreja e nas cidades vizinhas sobre o batismo no Espírito Santo.
 
Logo, ele reuniu uma equipe que, compartilhando de sua visão começou a preparar encontros de avivamento. No início da década de 1980, Bernardino realiza um congresso para os membros da igreja de Camboriú, o 1º Encontro de Missões, na igreja sede.
Na ocasião, foi comissionada a primeira missionária do ministério, enviada para a Argentina. Em pouco tempo surgiram outros. Criou-se uma tradição, que continua até hoje de realizar a cada mês de abril um evento similar em Camboriú.
 
Em 2016, celebrou-se o 34º Encontro dos Gideões, considerado o maior evento do tipo no mundo. Seguindo um crescimento contínuo com o passar dos anos, o encontro sempre reúne pessoas de todo o Brasil e também exterior.
De acordo com a organização do evento, cerca de 150 mil pessoas participam do encontro.

Meu Comentário: Minhas condolências a família do Pr. Cesino e a igreja em Camburiú. Pr. Cesino contribuiu com a história da AD em Uberlândia, igreja a qual sou membro e ministro auxiliar. Em 1988, nos tornamos uma extensão do GMUH, quando Pr. Cesino e sua equipe estiverem em nossa cidade em cultos memoráveis. Nesse ano, enviamos nossos primeiros missionários para os estados do Acre e Amazonas. Em 1992, tive oportunidade de estar em Camburiú no grande congresso de missões que lá é feito anualmente. Foi a única vez que estive nesse evento.
 
A parceria com o GMUH durou dez anos. Em 1996, ainda com eles, enviamos nossos primeiros missionários transculturais para a Colômbia. Em 1998, findou a parceria mas ficou os laços fraternos, pois todo ano, vários irmãos de nossa cidade continuam a ir ao congresso em Santa Catarina. No ano de 1999, nossa igreja resolveu criar nossa própria secretaria de missões - a SEMAP- Secretaria de Missão aos Povos, da qual tenho a honra de ser membro da primeira diretoria que foi formada e também participante da equipe de seminários que durante os anos de 1999 a 2004, rodou por várias cidades do Brasil ministrando sobre missões.
 
Nosso diretor-executivo de missões local, Evangelista Saulo Gregório costuma dizer que com o Pr. Cesino aprendemos a fazer missão. É verdade, sua influência foi forte. Infelizmente, o evento em Camburiú vinha recebendo nos últimos anos críticas e denúncias das mais variadas, como pessoas que pagavam para pregar ou cantar, modismo e até heresias sendo pregadas nos congressos. O próprio líder do evento admitiu recentemente que havia pregadores e cantores que mantinham casos extraconjugais e tinha vícios. Seu filho Reuel que já atuava como vice-presidente assume o lugar do pai.
 
Minha oração é que Deus o abençoe na continuação do trabalho do Pr. Cesino e que o Senhor os conforte nesse momento, pois a lembrança maior que vive desse líder de missões é seu maior legado de ter enviado vários missionários e ter influenciado outras igrejas a fazê-lo.

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