Entenda o que está acontecendo nesta quinta
- A delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do frigorífico JBS, levantou suspeitas sobre políticos e um procurador da República.
- Nesta quarta, "O Globo" informou que o dono da JBS gravou Temer dando aval para comprar o silêncio de Eduardo Cunha. O presidente disse que se reuniu com o empresário Joesley Batista, mas "jamais" tentou evitar a delação de Cunha.
- Aécio é investigado por pedir R$ 2 milhões à JBS para pagar pela sua defesa na Lava Jato. O tucano nega.
- Os depoimentos desencadearam decisões no STF e operações da Polícia Federal.
- A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu a prisão de Aécio Neves, mas o ministro Edson Fachin autorizou apenas o afastamento dele do Senado.
- O STF também autorizou o afastamento do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) . Ele teria sido indicado por Temer para receber propina.
- O Congresso ainda não se pronunciou sobre as decisões do STF.
- A PF faz buscas em endereços ligados a Aécio Neves no Rio, Brasília e em Minas Gerais.
- A irmã do senador tucano, Andrea Neves, foi presa em Belo Horizonte.
- O primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, foi preso em Minas Gerais. Também foram detidos Menderson Souza Lima, assessor do senador Zezé Perrela, e uma irmã do doleiro Lucio Funaro.
- Os gabinetes de Zezé Perrela e de Rocha Loures também são alvos de buscas.
- A PF prendeu o procurador da República Ângelo Goulart Villela, do TSE. Ele é suspeito de favorecer uma empresa do grupo J&F.
Fonte: http://g1.globo.com/
Meu Comentário: Oremos pelo Brasil, pois sem dúvida a Operação Lava Jato, está fazendo o que o jornalista Boris Casoy disse na época do impedimento do Collor em 1992: "O Brasil está sendo passado a limpo".
O tabuleiro político brasileiro vem sendo desmontado com a Operação Lava Jato, dando sequência ao que o episódio do Mensalão havia iniciado. Grandes partidos políticos estão perdendo um a um seus astros. No PT, só restou o Lula, e e isso se ele não for preso ou ir para a Ficha Suja até 2018. O PMDB e o PSDB também estão sendo duramente atingidos.
No caso do PSDB, que sempre se vangloriou de ter três candidatos a presidente: Aécio, Serra e Alckimin, agora estão assistindo os mesmos serem postos em xeque.
Agora diante das novas denúncias envolvendo o Presidente da República, o país pode novamente ter outra troca do mandatário maior da República. A última foi no ano passado com a queda de Dilma.
Pela Constituição, tanto na hipótese de renúncia quanto num eventual cenário de impeachment, deverão ser realizadas novas eleições.
Conforme o Artigo 81, como faltam menos de dois anos para o fim do mandato (que se encerra em dezembro de 2018), a eleição seria feita pelos deputados e senadores, 30 dias depois da vacância no cargo.
Até lá, assume interinamente o presidente da Câmara, posto atualmente ocupado por Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Numa eventual eleição indireta, feita pelos parlamentares, deverão ser eleitos o novo presidente e o novo vice-presidente da República.
Estariam aptos brasileiros natos com mais de 35 anos, filiados a partido político e que não se enquadrem em qualquer das restrições da Lei da Ficha Limpa – como, por exemplo, terem sido condenados por tribunal colegiado.
Quanto ao impacto eleitoral no que se refere a eleição em 2018, à primeira vista, parece favorecer a candidatura do ex-presidente Lula, mas tal impressão pode se revelar prematura, dado a situação político/jurídica que o mesmo se encontra, onde contraditoriamente está liderando as pesquisas de opinião, mas também tem elevados índices de rejeição.
As candidaturas mais favorecidas com a derrocada do campo governista de Temer, Aécio e companhia são as até agora poupadas pela Lava Jato que são: Marina Silva, João Doria, Jair Bolsonaro e Ciro Gomes. Esses dois últimos se beneficiariam ainda da piora no cenário econômico. A situação também se torna propícia para surgir um “salvador da pátria” de última hora, prometendo o impossível com um discurso messiânico. O Brasil já passou por isso – e não deu muito certo.
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