quarta-feira, 21 de junho de 2017

Maria é mãe de Deus? Pr. Cláudio Duarte e a polêmica envolvendo os católicos





Essa semana uma polêmica deixou o pastor Cláudio Duarte no meio de um polêmico debate entre católicos e evangélicos. Uns o criticavam e outros o defendiam. O caso: Ele falou em um video que foi pregar em uma paróquia católica e lá não hesitou em refutar erros sobre Maria e condenar a adoração a ela. (Veja aqui).

O vídeo com o sermão chegou aos católicos e logo então a polêmica estava feita, uma vez que um site católico resolveu atacar o pastor e após isso publicou também um vídeo do falecido padre Léo para rebater o pastor Claudio, dando mais enfase ao debate. (Veja aqui).

O mesmo site disse ainda que o pastor havia mentido, pois a paróquia onde ele supostamente teria pregado havia negado que ele esteve lá e o chamaram de mentiroso(Veja aqui), mas o pastor Cláudio no primeiro vídeo abaixo nega que tenha falado onde ele pregou e disse que isso foi uma inverdade.

Pedido de perdão
O pastor Cláudio resolveu dar um fim a polêmica e resolveu pedir perdão aos católicos pelo o que ele chamou de “brincadeira desrespeitosa” e disse que naquele dia ele não devia ter feito isso e agiu como um tolo.


MEU COMENTÁRIO:
 Primeiro gostaria de dizer que o Pr. Cláudio Duarte deveria ter sido mais prudente no que dizer, como dizer e onde dizer. Segundo, a questão envolvendo a temática envolvendo a pessoa de Maria vem de longa data, mais precisamente desde o Concílio de Éfeso no ano de 431 da era cristã.

No novo testamento

O Novo Testamento relata sua humildade e obediência à mensagem de Deus e faz dela um exemplo para cristãos de todas as idades. Fora das informações fornecidas no Novo Testamento pelos Evangelhos sobre a dama da Galileia, a devoção cristã e a teologia construíram uma imagem de Maria, que cumpre a previsão atribuída a ela no Magnificat: «Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada.» (Lucas 1:48)
 
"Mary." Web: 29Sep2010 Encyclopædia Britannica Online..
O nome "Maria" vem do grego Μαρίας. O nome do Novo Testamento foi baseado em seu nome original em aramaico Maryām. Ambos, Μαρίας e Μαριάμ, aparecem no Novo Testamento.
Maria, a mãe de Jesus, é chamada pelo nome cerca de vinte vezes no Novo Testamento.

Referências específicas:

Século 5º

A devoção cristã a Maria mostra claros sinais no início do século II e antecede o surgimento de um sistema específico litúrgico mariano no século V, após o Primeiro Concílio de Éfeso em 431.


No site da TV católica Canção Nova diz o seguinte:
"Na mitologia pagã, acontecia com freqüência que alguma deusa fosse apresentada como Mãe de um deus. Zeus, por exemplo, deus supremo, tinha por Mãe a deusa Reia. Esse contexto facilitou talvez, entre os cristãos, o uso do título “Theotokos”, “Mãe de Deus”, para a Mãe de Jesus. Contudo, é preciso notar que este título não existia, mas foi criado pelos cristãos, para exprimir uma fé que não tinha nada a ver com a mitologia pagã, a fé na concepção virginal, no seio de Maria, d’Aquele que desde sempre era o Verbo Eterno de Deus.

No século IV, o termo Theotokos é já de uso freqüente no Oriente e no Ocidente. A piedade e a teologia fazem referência, de modo cada vez mais freqüente, a esse termo, já entrado no patrimônio de fé da Igreja.

Compreende-se, por isso, o grande movimento de protesto, que se manifestou no século V, quando Nestório pôs em dúvida a legitimidade do título “Mãe de Deus”. Ele de fato, propenso a considerar Maria somente como Mãe do homem Jesus, afirmava que só era doutrinalmente correta a expressão “Mãe de Cristo”. Nestório era induzido a este erro pela sua dificuldade de admitir a unidade da pessoa de Cristo, e pela interpretação errônea da distinção entre as duas naturezas – divina e humana – presentes n’Ele.

O Concílio de Éfeso, no ano 431, condenou as suas teses e, afirmando a subsistência da natureza divina e da natureza humana na única pessoa do Filho, proclamou Maria Mãe de Deus". https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/maria-mae-de-deus/

A Mariolatria não tem base bíblica

A encarnação do Verbo segundo o apóstolo Paulo é um  mistério, I Tim 3:16, e se deu de forma sobrenatural. Deus Filho se fez homem no ventre de Maria. A Santíssima Trindade (Deus, Filho e Espírito Santo) não teve começo nem terá fim. As três Pessoas possuem os mesmos atributos de onipresença, onipotência, onisciência, imutabilidade e eternidade.

Logo, o Filho não começou a existir somente a partir do momento em que foi concebido no ventre de Maria ou a partir do momento em que veio à luz, segundo Heb 7:3, ele não tem princípio de dias. Falando sobre a sua eternidade, Jesus disse: “Antes que Abraão existisse, eu sou” (Jo 8.58) e afirmou: “O Filho do Homem está no céu” (Jo 3.13).

A Bíblia trata Maria como mãe de Jesus (Mt 12.47), e o próprio Jesus, na cruz, tratou Maria como sua mãe (Jo 19.27). Apesar disso, a Palavra de Deus não nos dá suporte para afirmarmos que Maria é mãe de Deus. Quanto aos outros filhos de Maria, só podemos entender que José tenha sido o pai deles (Mt 13.55-56), pois José era casado com Maria.

Não há na Bíblia qualquer referência à eterna virgindade de Maria. Pelo contrário, diz a Palavra que a sua virgindade permaneceu ATÉ dar à luz o primogênito Jesus (Mt 1.25).

Chamar Maria de “Mãe de Deus”, seria como introduzi-la na Santíssima Trindade, transformando-a num Quarteto Santo. Geralmente os católicos se dirigem a Maria, e fazem preces a Maria e aos santos, mas quando indagados se adoram eles, respondem que não os adoram apenas os veneram que adoram só a Deus.

Há diferença entre “adorar e “prestar” culto? O dicionário de língua portuguesa Aurélio, classifica prestar culto e veneração como a mesma coisa. Se prostar diante de um ser, dirigir-se a ele em orações e ações de graça, fazer-lhe pedidos, cantar-lhe hinos de louvor não for adoração, fica difícil saber o que os católicos entendem por adoração. Chamar isso de veneração é subestimar a inteligência humana.

Cristo disse que tudo o que pedíssemos ao Pai em seu nome ele atenderia (Jo 14:13,14), entretanto os católicos aprenderam a orar pedindo a intercessão de Maria.


Os católicos acusam os evangélicos de desprezarem a Maria, quando nós altamente a honramos. Primeiro porque Deus o Pai a honrou sobremaneira, escolhendo-a para nela ser gerado o nosso Salvador. 
Agora observe o contraste entre as tradições católicas e a Bíblia sobre o que ambas ensinam sobre Maria:
Catolicismo:
Maria foi concebida sem pecado e ascendeu ao céu do mesmo modo como Jesus.
Maria é Mediadora e intercessora entre os homens e Deus.
A Bíblia:
Todos pecaram e carecem da Glória de Deus. Rm 3:23
Ela foi muito agraciada por Deus por ter sido escolhida para ser a mãe do Salvador, mas não imaculada, isto é, sem pecado. Ela invocou a Deus chamando-o “meu Salvador” ( Lc 1:47).
Jesus disse que o único que subiu ao céu foi também o único que desceu o Filho do Homem que está no céu. Jo 3:13
Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens. I Tim 2:5 e I Jo 2:1.


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