Pastor presbiteriano já foi diagnosticado com Síndrome de Burnout
O reverendo Augustus Nicodemus Lopes, da Igreja Presbiteriana de Recife (PE), revelou que a agenda intensa a que ele era submetido o levou a um estágio de esgotamento, um cansaço intenso que tem acometido muitos pastores no país.
O cansaço agudo atingiu o pastor há dois anos, quando ele liderava a igreja em Goiânia (GO) e era responsável por muitos ministérios, além de seus compromissos como escritor, atendimento pastoral e ainda o compromisso com a família.
“Eram três expedientes, de manhã, de tarde e de noite. E muitas viagens, dentro do Brasil e muitas vezes em situações muito difíceis”, afirma ele dizendo que essas viagens eram longas e muito cansativas. “Fiz isso durante muitos anos e o combustível emocional e mental foi terminando e eu fui diagnosticado com síndrome de Burnout”, um distúrbio que esta semana foi classificado como doença pela Organização Mundial de Saúde.
A doença trata-se de um esgotamento físico e mental intensos, cujos sintomas são cansaço excessivos, insônia, estresse, estados depressivos, alterações no apetite, dores de cabeça, pressão alta, dores musculares, entre outros.
Nicodemus Lopes não é o único pastor a confessar que sofreu com esgotamento pastoral. A pastora e cantora Fernanda Brum também sofre deste problema e por várias vezes precisou cancelar apresentações e ministrações para poder descansar e recuperar suas forças.
Há muitos outros líderes religiosos que não conseguem reduzir o ritmo de seus trabalhos, pois têm medo de serem substituídos ou que tomem decisões que ele não esteja de acordo.
“Esse pastor gasta toda a energia que ele tem e entra nessa fase de apatia, depressão e a qualidade do ministério dele vai diminuindo, minguando e ele vai perdendo a motivação. E esse pode ser uma causa para o suicídio pastoral”, entende o reverendo.
Em entrevista ao canal Dois Dedos de Teologia, o reverendo falou sobre esgotamento pastoral e fez uma ligação com apóstolos e personagens bíblicos que também estiveram expostos a problemas do tipo. Nicodemus também fala sobre a importância do descanso.
“Se a gente trabalhar seis dias e descansar um, a gente tira esse Burnout, há uma sabedoria nisso”, declarou.
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