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segunda-feira, 10 de novembro de 2008
PROFETIZANDO ÀS NAÇÕES
Gosto muito desta canção da Fernanda Brum, quando diz: "profetas que não vendem seus ministérios e nem negociam a sua unção". Quando se lê o Antigo Testamento, vemos que os profetas não foram meros microfones que amplificavam e decodificavam o falar de Deus, mas gente com uma cultura, temperamento e individualidade. A tarefa do profeta não se resumia em transmitir o ponto de vista divino. Ele era o referencial do povo. O profeta em Israel não vaticinava apenas. Ele era também poeta, pregador, patriota, crítico social. Iniciavam suas profecias com juízo mas sempre concluíam com esperança e redenção. O profeta não repetia jargões, não perpetuava o que já fora dito, mas pensava fora dos paradigmas. Não era convencional. A mágica de suas palavras vinha de sua intuição, de seu inconformismo e da largura de seus anseios. Inúmeras vezes a linguagem do profeta foi hiperbólica. O exagero era uma maneira de mostrar sua angústia, seu desespero de não se acovardar diante do iminente fracasso nacional. Meu apetite em ler os profetas fez nascer em mim o desejo de vê-los entre nós. Entendo que o ministério profético com autoridade canônica foi até João Batista (Mt 11.13). Sei também que o dom carismático da profecia (I Co 12) resume-se à função tríplice que Paulo nos deu em I Coríntios 14:3: edificar, exortar e consolar. Creio que o ministério profético que desejo não seja um título ou cargo. Sinto que a igreja evangélica brasileira, tem bons evangelistas, excelentes estrategistas eclesiásticos, já demonstramos alguma maturidade teológica, mas ainda somos carentes de líderes com a verve profética.
O Brasil necessita de pessoas, que sejam autênticos profetas do século XXI. Que impressionem pela coerência, bravura e profundo compromisso com os valores do reino de Deus e não pela performace. Que sejam "vozes" que clamam do deserto, e não "ecos" dos outros. Hoje, o termo profeta anda meio banalizado. O que se vê muito é, aquelas ou aqueles videntes de plantão, que ficam profetizando casamentos ou des-casamentos, usos e costumes, dinheiro, etc. São comuns em reuniões de oração, em residências, em festas nas igrejas, quando dão umas profetadas (bajulação,) para os pastores no púlpito. Tem uns, que têm até a cara de pau, de oferer consultas e cobrar por elas. Sugiro a leitura com calma, dos capítulos 26, 27 e 28 do livro de Jeremias e capítulos 5, 6 e 7 de Amós, para ver como era o verdadeiro ministério profético. Sei que ainda há "profeta em Israel". A necessidade atual é de profetas que falem a Palavra de Deus, sem temer o homem, e não de "picaretas" que não têm nenhum temor de Deus, ao dizer que estão falando em nome Dele.
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Caro Juber!
ResponderExcluirParabéns pelo artigo!
Coerente, necessário e profético!
Tenho percebio uma veia profética surgindo atgravés da blogosfera!
Profeta do Senhor não se vende, não muda de opinião, mesmo que todas as corrente pressionem.
Concordo plenamente!
Pr. Carlos Roberto
Prezado Pr. Carlos,
ResponderExcluirAmém. Como disse Moisés a Josué, "Quem dera, que todo o povo do Senhor, fosse profeta!". Hoje, a pergunta não é mais "Onde está o Deus de Elias?", pois Ele nós sabemos onde está, seja no céu ou em nossos corações. A pergunta que não quer calar é: "Onde estão os Elias de Deus?".
Abraço.
Juber, que artigo maravilhoso! Lendo acerca do acontece no Brasil evangélico penso que estamos vivendo os dias descritos em 1º Samuel 3.1;
ResponderExcluirSe a Palavra está escassa é porque faltam profetas.
Verdadeiros profetas falam o que o povo precisa ouvir e não o que o povo quer ouvir.
Caro Silvio,
ResponderExcluirVocê citou muito bem o tem texto de I Samuel 3:1, onde fala que a Palavra era escassa naqueles dias. Atualmente, nunca se produziu e vendeu tantas Bíblias, mas ao mesmo tempo, nunca se leu tão pouca Bíblia como hoje. Falar a Palavra sem as lentes da religião está sendo para poucos, infelizmente.
Obrigado pela participação.
Abraço.
Pr. Juber,
ResponderExcluirÉ mesmo um ótimo artigo, bem necessário em nossos dias. Há um ditado antigo que diz "Barba non facit philosophum" (a barba não faz o filósofo). Trazendo para nós, vejo profetas usando roupas específicas, raspando a cabeça, com uma linguagem oblíqua, apolínea. Apolo recebeu o epíteto de Lóxias (oblíquo), pois falava pelos seus profetas, e ninguém entendia, como se bêbados fossem. Somente iniciados entendiam o que dizia o profeta de Apolo. Há profetas evangélicos recebendo telefonema de Deus, criando dons e unções diferentes, andando de preto, etc. Cruzes!
Marcelo Hagah
João Pessoa-PB
Marcelo,
ResponderExcluirDe fato, anda acontecendo umas coisas esquisitas mesmo, levados por todo vento de doutrina que aparece. Creio na contemporaneidade dos dons espirituais, incluse o de profecia, todavia, a maior Revelação de Deus está escrito na Bíblia.
Obrigado pela participação.
Abraço.
Graça e Paz, Juber!
ResponderExcluirParece-me que, para ser
"boca de Deus", é
condição sine qua non
estar disposto a sentir
a realidade da maneira
como Deus a percebe...
...que o diga Oséias,
por exemplo!
Que o Espírito Santo
continue a conceder-te
criatividade e ousadia,
iluminando-te.
Um abraço fraterno,
Elias Aguiar
Elias,
ResponderExcluirObrigado pelas palavras de apoio e incentivo. Louvo a Deus por tudo que Ele está fazendo através desse simples blog. Os dons são Dele, a Obra é Dele, eu só coloco o pouco que tenho sobre o altar do Senhor.
Graça e Paz.