Segundo a opinião dos adeptos da escola pré-tribulacionista e pré-milenista dispensacionalista, a igreja não passará pela grande tribulação, pois ela será arrebatada antes. Os mártires do período tribulacional são os “santos” que, o livro de Apocalipse se refere. Ou seja, os “santos” são os que não subiram no arrebamento da igreja, pois não estavam preparados.
Durante muito tempo acreditei nessa teoria, pois só conhecia ela. Geralmente é apresentada como a única verdadeira, que honra as Escrituras e segundo seus expositores, “não deixa dúvida”. Bom, não sei quanto às outras pessoas, mas eu não concordo de que esta abordagem não deixa dúvidas, muito pelo contrário. Alguém pode dizer: Mas o que é isso? Como você pode duvidar? O Pastor X, o teólogo Y e o escritor fulado tal, são a favor dessa interpretação. Ou então dizer: Isso não é “teoria”, é fato consumado, absoluto e ponto final. Bom para mim é uma “teoria” sim, e não me importa se os pregadores, escritores, teólogos, fulano e sicrano são a favor.
Tenho respeito e admiração por muitos deles, mas isso não significa que vou aceitando tudo que dizem e escrevem como verdade absoluta. E se fosse para citar teólogos, também posso citar alguns que também não concordam com dispensacionalismo, inclusive um renomado teólogo pentecostal. Deve-se entender que a Palavra de Deus é absoluta, mas a interpretação é relativa. Absolutizar uma interpretação particular, falar que a mesma é a única fonte de verdade e ponto final, é voltar à Idade Média.
Eu creio na segunda vinda de Cristo, no arrebatamento, que haverá um período de tribulação maior do que os anteriores e creio no Tribunal de Cristo. Das escolas teológicas de escatologia, me sinto mais próximo da pré-milenista histórica. O que sei com certeza é que dispensacionalista não sou. Vou fazer na próxima postagem, uma síntese de algumas “certezas” pré-milenistas dispensacionalistas e de alguns questionamentos. Faço isso, no intuito de compartilhar com todos que possuem dúvidas semelhantes, mas não tem coragem de questionar a interpretação imposta. Digo imposta, porque é isso que acontece quando alguns que se dizem teólogos, não dão chance para que se reflita na Palavra e seja apresentada uma opinião diferente da sua.
Pr. Juber,
ResponderExcluirGostei do seu posicionamento. É isso que sinto também, quando estudo o Apocalipse e vou tentar expressar minha opinião seja na Igreja ou em algum blog. Acompanharei com interesse a sequência do assunto. Parabéns pelo seu blog.
Paz do Senhor,
Antonio Fonseca Martins
Antonio,
ResponderExcluirObrigado pela visita e pela participação. De fato, em meio as minhas atividades do dia a dia, que são uma correria, estou tentando trabalhar com dois estudos difíceis, a Ordem de Melquisedeque e agora esse de Escatologia. Trabalho com escatologia e apologia à alguns anos, mas hoje tenho uma compreensão diferente de escatologia do que tinha antes. É isso que estarei compartilhando aqui no blog na medida do possível.
Graça e Paz.
Prezado pr. Juber
ResponderExcluirRealmente não concordo com essa dogmática absoluta dos pré-tribulacionistas. Escatologia é uma doutrina muito complexa. Assim como os judeus se equivocaram com relação às profecias que aparentemente anunciavam um Messias Rei na primeira vinda, também não podemos descartar a possibilidade de erros nas interpretações escatológicas atuais.
Quando ao dispensacionalismo também não sou adepto. Dizem que nós estamos na dispensação da graça, como se a graça fosse uma dádiva recente. Ora, Deus tem manifestado a sua graça desde os primórdios. Adão, Sete, Enoque, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, José, todos experimentaram a graça de Deus. A própria libertação do povo de Israel das garras de Faraó foi uma expressão da misericórdia e da graça de Deus. A própria Lei de Moisés foi dada em um contexto de graça.
Um abraço
Cristiano Santana
http://cristisantana.blogspot.com
Irmão Cristiano,
ResponderExcluirMeu prezado: Maranata! De fato, eu sei apenas que não sou dispensacionalista pela simples convicção essencial acerca da total impossibilidade humana de criar um roteiro para a volta de Cristo. Assim, eu digo: não sei nada sobre o roteiro da volta de Jesus. Mas sei que ELE VAI VOLTAR! Minha visão do Apocalípse é diferente. Vou ir dizendo aos poucos sobre o assunto. Quero, todavia, dizer que creio que Jesus pode voltar Hoje. Tudo o que diz respeito a Deus acontece num dia Chamado Hoje. É como um ladrão de noite!
Grande abraço.
Paz. Pr. Juber,
ResponderExcluirSoltei uma gargalhada santa, ao ver na minha lista de blogs este artigo estampado, pois também estou preparando um artigo sobre o assunto, pois um pastor amigo nosso, o qual admiro e partilho muitas opiniões e é adepto da escola pré-tribulacionista, me mandou estudar mais, e de forma exegética, e é o que estou tentando fazer, a exemplo dos demais comentaristas, também vou esperar ansioso o restante de seus posts sobre o assunto.
Em Cristo,
Ednaldo.
Ednaldo,
ResponderExcluirAcho muita arrogância a pessoa dizer: "é assim, somente assim e ponto final". Ora, tenho livros da EETAD, de Escatologia, de 1988, onde o Pr. Antonio Gilberto, por quem eu tenho o maior respeito e admiração, dizia que a Confederação de Reinos do Apocalipse, que formaria o Império da Besta era a União Soviética (que ainda existia na época). Lourenço Olson, outro pioneiro que eu muito estimo, lançou um livro e um disco (LP antigo) em 1980, relacionando o alinhamento dos planetas de 1982, com a volta de Cristo. Acreditavam sinceramente nisto, mas não ocorreu o que ambos disseram. A teoria do dispensaciolismo remonta o século XIX, com Derby e depois Scofild. Vem sofrendo reinterpretações, pois hoje existem os dispensacionlistas progressistas, os ultra-dispensacionlistas. Ou seja, nem entre eles existe acordo. Escatologia é um assunto sério, importante, mas que deve ser examinado cuidadosamente pelas Escrituras e sem a pretenção de ser a "única voz da verdade".
Grande abraço.
Só corrigindo o nome eu citeu no comentário anterior: O correto é N. Lawrence Olson e não Lourenço Olson. Desculpem a falha técnica.
ResponderExcluiraprendi como voce, sempre a mesma coisa...
ResponderExcluircomecei a questionar esse pensamento recentemente quando li teologia basica ao alcance de todos - charles c. ryrie.
Abracos!
Fica com Deus
Leo,
ResponderExcluirE tem que questionar mesmo, mas no espírito dos bereanos que está no livro de Atos 17:11: "De bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim".
Abraço e obrigado pela participação.
Pr. Juber,
ResponderExcluirSeu posicionamento é bíblico e peço que o Senho o abençoe ainda mais no esclarecimento da Igreja quanto a este assunto que tem sido monopolizado por muito tempo.
Tenho posicionamento semelhante do exposto em seu blog e, caso seja de seu interesse, visite meu blog que trata especificamente sobre este assunto:
http://postribulacionismo.blogspot.com/
Seja bem vindo e sinta-se a vontade para comentar os posts.
Deus o abençoe sempre