A onde crescente de ataques terroristas islâmicos no mundo tem causado diferentes reações. Desde o surgimento de milícias cristãs, até campanhas de oração, os cristãos procuram se posicionar de várias formas. Quando foi divulgado que terroristas islâmicos fizeram um ataque suicida visando apenas os cristãos no Paquistão, o saldo foi 70 mortos e cerca de 350 feridos, a maioria mulheres e crianças.
Imediatamente, o pastor Franklin Graham, líder a Associação Evangelística Billy Graham, usou seu perfil no Facebook para trazer uma mensagem de conforto:
“Como cristãos, sabemos que quando a morte chega para alguém que confiou em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, somos conduzidos à presença de nosso Pai Celestial e viveremos eternamente em Sua presença. A sepultura não tem poder sobre o crente!”, escreveu.
No mesmo texto, após dizer que soube da ameaça do grupo terrorista em fazer outros atentados em breve, lembrou: “Os muçulmanos querem a sharia… para que o mundo inteiro se curve ao Islã. Isso não vai acontecer. A Palavra de Deus nos diz que um dia ‘ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai’. (Filipenses 2: 10-11). Eu sirvo um Salvador ressuscitado!”.
O papa Francisco também falou de modo genérico sobre o terrorismo em sua mensagem pascal no domingo.
“Confiamos ao poder do Senhor ressuscitado as conversações em curso, de modo que, com a boa vontade e a cooperação de todos, seja possível colher os frutos da paz e dar início à construção de uma sociedade fraterna, que respeite a dignidade e os direitos de cada cidadão. A mensagem de vida proclamada pelo anjo junto da pedra rolada do sepulcro vença a dureza dos corações e promova um encontro fecundo entre povos e culturas”, diz o documento.
Curiosamente, na quinta (24), o pontífice fez na cerimônia do lava-pés, um discursou enfatizando: “Todos nós, juntos: muçulmanos, hindus, católicos, coptas e evangélicos. Somos irmãos, filhos do mesmo Deus. Queremos viver em paz, integrados”, disse Francisco.
Outro aspecto que chama atenção é o fato de que no dia anterior (25), o papa Francisco ter pedido perdão aos protestantes e membros de outras igrejas cristãs pela perseguição de católicos no passado. Anunciou ainda que irá participar do lançamento das comemorações do 500º aniversário da Reforma.
Dia 31 de outubro, o pontífice estará na cidade sueca de Lund, na sede da Federação Luterana Mundial. Já foi anunciado que será usada uma “oração comum” que ambas as denominações cristãs irão usar durante as comemorações de 2017.
Francisco volta a buscar aproximação com grupos religiosos que no passado eram inimigos mortais do catolicismo. Isso mostra que sua agenda ecumênica avança. Se uma união total ainda não é possível, essa situação seria impensável séculos atrás, quando os cruzados católicos travavam guerras contra os muçulmanos. Ou ainda quando protestantes e católicos derramavam mutuamente sangue nas guerras religiosas na Europa entre 1525 e 1648.
Em visita a Turquia no ano passado, o papa disse que cristãos e muçulmanos são “irmãos e irmãs viajando pelo mesmo caminho”.
Em reunião com Bartolomeu I, um dos mais importantes líderes da igreja ortodoxa falou sobre a tentativa de reunificação das duas vertentes do cristianismo, separadas há quase mil anos.
No último outubro, uma cerimônia no Vaticano reuniu líderes, de mais de uma dezena de tradições religiosas, incluindo sikhs e hindus. Francisco pediu na ocasião que “Todos os crentes, de todas as religiões, juntos, podemos adorar ao criador por ter nos dado o jardim que é esse mundo”.
No final, pediu que cada um fizesse orações, “conforme sua própria tradição religiosa” e conclamou aos representantes das diferentes fés presentes que pedissem ao “seu deus” que os fizesse “mais irmãos”. Perto da virada do ano, incluiu os ateus nesse grupo.
No início de 2016, o Vaticano publicou um vídeo com o papa afirmando “só há uma certeza que temos para todos: somos todos filhos de Deus”. Com informações de EFE e Reuters.
O contraste da mensagem do evangélico Franklin Graham é óbvio, pois este não deixa de fora o imperativo bíblico que se reconheça Jesus como Senhor e que somente os que creem nele podem ser chamados “filhos de Deus” (Jo 1:12 e 3:18). Com informações de Christian Post.
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