segunda-feira, 3 de abril de 2017

Caio Fábio e José Wellington juntos na AD do Belenzinho




Sim, essa foi a notícia da Revista Seara nº 10, de setembro de 1997, a 20 anos atrás. Você pensou que era notícia nova? Não, mas serve para lembrar de um tempo onde era possível ver um então pastor presbiteriano calvinista moderado, lançar seu livro autobiográfico "Confissões do Pastor", autografando os exemplares ao final  e ainda pregar num culto público no tempo sede da Assembléia de Deus ministério do Belenzinho.

A revista Seara que agora se chama Seara em Foco, é publicada pela CPAD e no ano da notícia acima a AD estava sendo anfitriã do 2º Congresso Mundial das Assembléias de Deus, e o um dos preletores do evento foi o Pr. David Yonggi Cho da Coréia do Sul. Cho aliás, é o entrevistado dessa edição da revista.

O título da matéria com Caio é "Confissões de Caio Fábio em Belenzinho", e o subtítulo abaixo da foto dos pastores José Wellington e Caio Fábio era "o lançamento reuniu dois dos maiores líderes evangélicos".

Há vinte anos atrás, a internet ainda estava engatinhando, o youtube, facebook, e as mídias sociais de hoje ainda não existiam. Os aparelhos celulares ainda eram aqueles tipo "tijolão". O Presidente da República era Fernando Henrique Cardoso, que em 1997, conseguiu aprovar a emenda da reeleição a custa de denúncias de compra de votos no Congresso Nacional - infelizmente histórias tristes envolvendo a classe política brasileira não é de hoje.

Pr. José Wellington estava presidência da Mesa Diretora da CGADB desde 1988, com exceção dos anos 1993-1995, quando continuou a fazer parte da Mesa como 1º Vice-Presidente, sendo o presidente o Pr. Sebastião Rodrigues de Cuiabá-MT. 

Já Caio Fábio era quase uma unanimidade no meio evangélico, foi o primeiro presidente da AEVB - Associação Evangélica Brasileira, sendo constantemente chamado para entrevistas nos jornais e revistas do Brasil, para falar explicar algo relacionado aos evangélicos. Apresentava na extinta TV Manchete o programa "Pare & Pense" em rede nacional com boa audiência. Seus livros estavam em todas as livrarias evangélicas pelo país afora.  

Ao ler essa matéria de 20 anos atrás, eu pergunto: 

Nós, pentecostais e assembleianos, éramos menos intolerantes? 

Digo isso, porque mesmo não existindo mídias sociais naquele período, não me lembro de ler pelos meios que eram disponíveis sobre ter levantado alguns paladidos da doutrina para criticarem o fato de um pastor presbiteriano, que não professa o armenianismo pregar na sede de um grande  ministério assembleiano. E diga-se de passagem, levado pela mão do presidente da CGADB.  Porque agora, até palestra em evento de Loja e aula magna em Faculdade virou motivo para ser o maior escândalo. 








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